A experiência de estar vivo é complexa, mas alguns filmes podem nos ensinar muito sobre a essência da humanidade
Colocar em palavras o quê nos faz humano é uma tarefa árdua. E se não conseguimos colocar em palavras a experiência do existir, apelamos para as representações! Através da arte, podemos tentar captar parte do sentimento de estar vivo, seja as pequenas alegrias presentes em um amor tranquilo, as dores na perda de alguém próximo, ou os horrores nefastos da mente humana. Toda arte que se propõe a representar algo, por mais exotérico que seja, possui em si parte da essência da humanidade. Mas são poucas que se propõem a discutir essa experiência, e nos questionar como vivemos e experienciamos a nossa vida, nos emocionando e transformando como enxergamos ao redor. Então por quê não assistir a alguns filmes que fazem essa tarefa com maestria?
Serviço de Entregas da Kiki
Aqui está a cota do estúdio Ghibli! Eu poderia colocar no lugar de “Serviços de Entregas da Kiki” qualquer outro filme da produtora, mas este em específico fala de uma fase muito importante para todo indivíduo, o de sair de casa e se tornar independente. De forma linda e poética, Hayao Miyazaki consegue, como sempre, capturar com maestria a essência da humanidade. Como indicação bônus, recomendo assistir “April Story”, um filme também nipônico, sobre uma garota que sai do ensino médio e começa uma nova vida em uma cidade distante dos pais.
Moonlight
Explorando três fases da vida de um jovem negro norte americano, “Moonlight” se tornou um clássico do cinema moderno em muito pouco tempo. Tendo como um dos temas centrais os perigos que cercam a existência de um homem preto enquanto descobre o amor e procura por afeto nas suas relações. Crescer, e se tornar adulto, é extremamente sozinho. Mas somos nós quem escolhemos se continuamos sozinhos, ou nos abrimos para a possibilidade de novos amores, inclusive aquele que não iremos achar em nenhum outro lugar se não no espelho. Com atuações memoráveis, moonlight é facilmente uma das obras primas mais relevantes dos últimos tempos.
Com Amor, Van Gogh
Não focado em contar a vida do pintor pós-impressionista, mas sim o que ficou pós sua morte, “Com Amor, Van Gogh” é um espetáculo a parte. Animado através de quadros de tinta a óleo, acompanhamos um homem investigar o aparente suicídio do artista. Esse homem não conhecia Vincent, e muito menos sabia de sua vida, o que lhe interessava era a curiosa morte do pintor. O que ele acha no lugar de uma lógica por de trás desse trágico acidente é muito mais impactante.
Cinema Paradiso
Filme obrigatório no repertório de todo cinéfilo de carteirinha. “Cinema Paradiso” é em poucas palavras uma Ode a arte do cinema. Mas poucas palavras não são capazes de sintetizar tudo o que esse longa transmite. Vemos Totó, um jovem menino Italiano, crescer, se apaixonar e se desiludir. E para continuar crescendo, ele deve abrir mão de muito do que o define. O telespectador revisita a própria infância através das memórias do personagem, aumentando ainda mais o nosso amor pela sétima arte.
Pequena miss Sunshine
Uma família parte numa road-trip para que a caçula possa participar de uma competição de beleza mirim. Com todos os membros a beira de um ataque devido aos problemas pessoais, a minivan da família nos leva em uma jornada de autoconhecimento que irá nos causar muita angustia, mas nos presentar com a possibilidade de um destino feliz.
Imagem da capa: Divulgação/Good Deed Entertainement
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