O Prêmio Shell de Teatro foi criado em 1988, para contemplar, todos os anos, os artistas e espetáculos de melhor desempenho nas temporadas teatrais do Rio de Janeiro e de São Paulo.
Em sua primeira versão, era composto por seis categorias: Autor, Diretor, Ator, Atriz, Cenografia e Especial, esta última abrangendo todos os demais segmentos ligados ao “fazer” teatral. Mas já em 89 surgia mais uma categoria: a de Figurinista. Em 92, foi a vez de incluir Iluminação e, em 96, Música.
Desde então, a categoria Especial não deixou de contemplar contribuições diretamente ligadas à cena, como Direção de Movimento, mas abriu um vasto leque de possibilidades.
Receberam este prêmio, dentre muitos outros, autores de publicações referentes ao teatro, profissionais ligados à preparação vocal e corporal, e até mesmo uma fábrica de tecidos, a Werner, uma fiel e constante parceira do teatro (RJ, 1999).
Para a 26ª edição, os organizadores do Prêmio renomearam a Categoria Especial, que passa a ser chamada de Inovação, já que, historicamente, tal categoria acabava por premiar os projetos mais inovadores da cena teatral.
Nela concorrem todos os espetáculos, textos, grupos, ou profissionais de teatro que tenham apresentado trabalhos ousados quanto à forma ou conteúdo.
A mudança, alinhada à visão da Shell de ser a empresa internacional de energia mais inovadora e competitiva do mundo, visa reconhecer a criatividade dos artistas e seu impacto positivo na mudança da forma como é vista a produção teatral no país.
O Prêmio Shell de Teatro do Rio de Janeiro anunciou, nessa semana, os indicados no segundo semestre de 2016. Sua 29ª edição acontecerá em março de 2017 e homenageará o Grupo Galpão, de Belo Horizonte, por seus 35 anos.
O júri do Rio de Janeiro é composto por Ana Achcar, Ana Luisa Lima, Bia Junqueira, Macksen Luiz e Moacir Chaves. Os vitoriosos em cada categoria receberão uma escultura em metal do artista plástico Domenico Calabroni e uma premiação individual de R$ 8.000.
[divider]Indicados do segundo semestre[/divider]
- Autor
Felipe Vidal por “Cabeça [um documentário cênico]”
Grace Passô por “Vaga carne”
- Direção
Aderbal Freire-Filho por “A paz perpétua”
Ana Teixeira e Stéphane Brodt por “Os cadernos de Kindzu”
André Curti e Artur Luanda Ribeiro por “Gritos”
- Ator
Joelson Gusson por “Tran-se”
Marcos Caruso por “O escândalo de Philippe Dussaert”
Thiago Catarino por “Os cadernos de Kindzu”
- Atriz
Fernanda Nobre por “O corpo da mulher como campo de batalha”
Vilma Melo por “Chica da Silva, o musical”
- Cenário
André Curti e Artur Luanda Ribeiro por “Gritos”
André Cortez por “Noés”
- Figurino
Marcelo Olinto por “A invenção do amor”
Paula Ströher por “Tran-se”
- Iluminação
Paulo Cesar Pinheiro por “Imagina esse palco que se mexe”
Renato Machado por “Uma praça entre dois prédios próximo de um chaveiro, grafites na parede e uma árvore”
- Música
Luciano Moreira e Felipe Vidal por “Cabeça [um documentário cênico]”
Stéphane Brodt e atores por “Os cadernos de Kindzu”
- Inovação:
“Rede Baixada em Cena” pelo movimento de discutir a criação estética e o poder de mobilização de 18 coletivos de 13 cidades da Baixada Fluminense.
“Grupo Teatro da Laje” pela criação da Escola de Teatro da Laje e residência artística na Arena Carioca Dicró em 2016.
“Projeto Ocupação Rio Diversidade” por fomentar a discussão em torno da identidade de gênero através do teatro.
[divider]Indicados do primeiro semestre[/divider]
- Autor
Marcia Zanelatto, Jô Bilac e Pedro Kosovski por ”Fatal”
Diogo Liberano por ”Os sonhadores”
- Direção
Duda Maia por ”Auê”
Vinícius Arneiro por ”Os sonhadores”
- Ator
Marcelo Escorel por ”Vaidades e tolices”
Matheus Nachtergaele por ”Processo de conscerto do desejo”
- Atriz
Adassa Martins por ”Se eu fosse Iracema”
Debora Bloch por ”Os realistas”
Helena Varvaki por ”A outra casa”
- Cenário
Adriano Guimarães, Fernando Guimarães e Ismael
Monticelli por ” Hamlet – processo de revelação”
Aurora dos Campos por ”Os sonhadores”
- Figurino
Kika Lopes por ”Gota D’Água (a seco)”
Luiza Fradin por ” Se eu fosse Iracema”
- Iluminação
Irmãos Fernanda e Tiago Mantovani por ”Missa para Clarice”
Renato Machado por ”Auê”
- Música
Alfredo Del-Penho e Beto Lemos por ”Auê”
Pedro Luís por ”Gota D’Água (a seco)”
- Inovação:
Fernando Libonati e Marco Nanini, pelo espírito empreendedor de investir no próprio setor teatral através do conjunto de iniciativas Galpão e Garagem Gamboa, Reduto e Hospedaria.
Boa sorte a todos !!!
Por André Lamare
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