Começamos a contar a história dos games de “Tomb Raider” na semana passada, falando sobre os clássicos que revolucionaram o gênero de ação e aventura e fomos até o sexto game principal da série, “Angel of Darkness”: uma tentativa fracassada de reformulação da série que terminou sendo considerada seu fundo do poço.
Felizmente, não foi aí que Lara Croft parou: sua fórmula passaria ainda por diversas alterações, até finalmente acertarem num radical reboot, anos depois. Preparem suas pistolas duplas!
A sobrevida de Lara na trilogia Legends
“Tomb Raider: Legend” foi o primeiro jogo da franquia que não foi produzido pela Core Design. Desenvolvido pela Crystal Dynamics, o lançamento de 2006 trouxe um discreto reboot na série, alterando apenas alguns pequenos detalhes na história da protagonista. Pela sanidade mental de nossos leitores, não vamos entrar em detalhes, até porque são irrelevantes agora.
O importante é que: Lara Croft ainda é a típica heroína sexy e badass; experiente arqueóloga detonadora de relíquias e locais históricos. Desta vez, ela investiga o sobrenatural desaparecimento de sua mãe, numa trama que seria a chave para a bela sequência, “Underworld”, que viria dois anos depois.
Não só a jogabilidade se desenvolveu amplamente, trazendo movimentos fluídos, ambientes e gráficos mais realistas e novos equipamentos, como também desenvolveu mais Lara como uma personagem, ainda que de forma um tanto rasa. O game (e os dois que vieram depois) são marcados por sequências dignas de bons filmes de ação. As inovações foram bem recebidas pela crítica e gamers.
“Tomb Raider: Anniversary” veio em 2007, comemorando uma década da série, com um remake do primeiro jogo. Usando uma versão melhorada da engine de “Legends”, ele trouxe todos os ambientes do “TR” original, com belos gráficos, mas usando todos os recursos novos de movimentos, equipamentos e jogabilidade que surgiram neste novo momento da série.
“Tomb Raider: Underworld”, de 2009, foi o último jogo contendo a “Lara Croft clássica”. Explorando elementos da mitologia nórdica (Lara chega a usar o de Martelo de Thor, OI MARVEL!), o título foi bem recebido pela crítica e público.
Ainda assim, mesmo com toda sua força, a Crystal Dynamics já sabia que Lara Croft não era imortal e começou a preparar uma nova revolução na lendária série.
O Renascimento de Lara Croft
Nos anos que se seguiram entre “Underworld” e o maior reboot de Tomb Raider, os games single-player estavam investindo em melhores histórias e personagens mais críveis e melhor construídos. Para Lara Croft manter seu posto como ícone gamer, ela precisaria de um novo começo.
“Tomb Raider”, de 2013 pode se gabar por ser um dos melhores reboots já vistos na história dos games. Sem exageros. Aqui, toda a história e personalidades anteriores (que eram, afinal, bem irrelevantes) da heroína foram descartados. Vemos uma Lara jovem, inexperiente e vulnerável, que se vê, contra sua vontade numa situação em que contará apenas com sua determinação em sobreviver.
Das mudanças na protagonista, é claro que a primeira é a visual. A nova Lara é claramente baseada na antiga, mas com toques de realismo que simplesmente não existiam na original. Quem empresta a voz à Lara é a atriz Camilla Luddington, com uma performance que reforça a credibilidade da personagem, num jogo de ação, aventura extremamente consistente. Seus traços físicos são realistas, sem o busto sobrenatural de sua versão clássica.
Sua sequência, o igualmente imperdível “The Rise of the Tomb Raider” traria os mesmos elementos num jogo maior, com mais histórias, locais, além de modos alternativos de jogo. Enquanto o anterior tinha mais personagens, este é mais centrado na protagonista, visivelmente fortalecida pelo game anterior.
Os dois últimos lançamentos da série tiveram ótimo desempenho, sendo Rise um tanto prejudicado pela estratégia de exclusividade de um ano para a plataforma Xbox One – afinal, a franquia ficou conhecida por sempre ter sido lançada em diversas plataformas.
Com Tomb Raider voltando a ocupar seu lugar de destaque, resta-nos esperar o que a Crystal Dynamics está preparando. Em cerca de um ano, teremos uma adaptação para os cinemas, baseada no reboot de 2013, onde a atriz Alicia Vikander viverá a icônica personagem. É claro que muitos que estão lendo já sabem que essa não foi, no entanto, a primeira vez que uma grande atriz assume a responsabilidade de representar um personagem tão importante para nós, gamers.
Tomb Raider nos cinemas
Em 2001 o mundo conheceu “Lara Croft: Tomb Raider”, a adaptação aos cinemas da lendária franquia, onde Angelina Jolie viveu a icônica personagem. Enquanto o filme e sua sequência, “A Origem da Vida” estão longe de serem verdadeiras obras da sétima arte – que na verdade foram massacradas pela crítica – fizeram bons números de bilheteria e funcionaram em divertir o público.
O carisma de Angelina certamente retratou bem a Lara Croft clássica e seu senso de humor, é ainda uma ótima pedida para aqueles dias que você quer ver algo sem precisar de grandes esforços mentais. Se nada mais servir para te convencer, lembre: uma grande atriz consegue tornar os dois filmes minimamente toleráveis. Seria isso um consolo, caso a próxima adaptação, com Alicia (assim como Jolie, vencedora de um Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante).
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