O mês de Julho traz uma grande felicidade para a maioria das pessoas: as férias. É nesse tempo no meio do ano que as escolas param, o período da faculdade termina e muitos tiram alguns dias de folga do trabalho. E nada melhor para essa época de mais friozinho e para recarregar as energias do que colocar os filmes em dia. Dependendo do seu humor, um gênero irá se encaixar melhor no seu gosto.
Tentando colocar a lista de filmes em dia, uma animação do final de 2016 foi a escolhida do final de semana. “Sing – Quem Canta Seus Males Espanta” conta a história de um coala chamado Buster dono de um antigo teatro. Ele cria uma competição de canto para aumentar os rendimentos do lugar. Todos os animais da cidade recebem a notícia e diversos talentos são revelados e cobiçam a promessa do prêmio de US$ 100 mil dólares.
Sabe aquela história que todo mundo já imaginou mas ninguém tinha feito um filme sobre? Pois é, este é exatamente Sing. O longa metragem de animação é unido a ideia de um reality show. Se você assiste programas como “The Voice”, “The X Factor” ou “American Idol”, logo reconhecerá a mesma premissa no filme. A diferença é que, ao invés de vermos seres humanos soltando a voz, quem toma conta do palco são divertidos animais talentosos. Uma combinação de dois conceitos já conhecidos e deu muito certo. Animação + Reality Show = Sing – Quem Canta Seus Males Espanta.
Isso sem falar na seleção musical. Se você é daqueles que não sabe se segurar e sai cantando junto com o filme, prepare-se. A playlist de Sing conta com diversas músicas conhecidas e que estão nos Ipods e listas de Spotify da maioria das pessoas. O filme tem uma hora e quarenta de duração e é todo encaminhado por 85 músicas em seu repertório, e ainda uma canção original.
Além disso, é muito interessante notar a forma como a história é toda costurada. São diferentes personagens, sendo nenhum deles o único principal. Logo no início do filme, a viagem rápida que a câmera faz pelas ruas da cidade chegando em cada um dos animais cantores: uma porquinha, um gorila, uma porca-espinho, um rato e uma elefanta. E ainda há diversos personagens coadjuvantes que ajudam a contar toda a história. Esses diferentes núcleos dentro da mesma é algo que não havia sido visto ou feito em filmes infantis.
A antiga fórmula de “a música salva” é retomada nessa narrativa. E ainda, ela é o que permite todos os sonhos se realizem e resolver todas as brigas dos personagens. Chama a atenção a personagem da porquinha, Rosita.
Ela é uma mãe de 25 porquinhos, cuida da casa, de todos eles e do marido. Tudo que ela quer é realizar seu sonho de cantar, mas ninguém dá o braço a torcer. O concurso aparece como sua grande chance. No entanto, ele foi muito mais do que subir no palco para ela. Podemos acompanhar uma evolução de Rosita, impulsionado pela sua força de vontade e, claro, a música.
É interessante como o filme, mesmo em um curto tempo, mostra essa progressão dos personagens. O roteiro consegue ir muito bem costurando cada uma das histórias em uma só. E a direção coloca como “grand finale” o espetáculo final, com os antigos concorrentes, agora amigos, soltando a voz em um cenário em ruínas. O local fica lotado por conta do grande clichê de “a música pode unir a todos”. A porquinha Rosita por exemplo, chega a vestir um collant preto purpurinado, literalmente “divando”. “Empoderamento porquíneas” quem sabe.
Desde o lançamento de “O cantor de Jazz” (1927), o primeiro filme com canções sincronizadas, que o gênero musical se tornou parte do repertório fílmico de muitas pessoas. A Disney já investe a tempos nessa fórmula, ganhar o público pelos ouvidos. São muitas de suas animações cercadas por canções que sabemos cantar até hoje, seja “Hakuna Matata” a “Let it go”. Parece que o investimento da Illumination em Sing deu muito certo também.
Por Gabi Fischer
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