Hoje o Exposé traz uma entrevista com o Reckoning Hour, banda de death metal melódico do Rio de Janeiro, que está há seis anos na estrada. A banda lançou recentemente o álbum Between Death and Courage, que está sendo bastante elogiado pela mídia especializada em rock e heavy metal e é formada por JP nos vocais, Philip Leander na guitarra e vocais, Lucas Brum na guitarra, Johnny Kings na bateria e Cavi Montenegro no baixo.
Conta um pouco sobre a história da banda. Como vocês começaram, como foi juntar os componentes e etc?
Foi meio que um reencontro pois eu e o Philip somos amigos de infância. Nós nos reencontramos depois de uns 5 anos e ele tinha esse projeto de fazer uma banda com alguns amigos. Ele já tinha tido experiência com bandas anteriores e eu também e queríamos fazer o nosso som juntos. Foi engraçado, porque eu meio que fui fazer um “teste” com eles e o Philip já me queria na banda, então acho que tudo fluiu bem a partir disso.
O “Between Death and Courage” (BDAC) é um álbum pesado, mas conta com harmonia, mesclando o gutural com canto mais harmônico. Quais as principais influências de vocês e como funciona o processo de composição das músicas e também das letras? E o que vocês destacam como diferenças em relação ao “Rise of the Fallen” (ROTF)?
As influências são das mais variadas, pelo menos dentro do metal, rs.
Eu curto mais groove e djent (estilo dentro do metal progressivo), o Philip curte mais uns lances de metal extremo e outras vibes mais modernas. Já o Lucas tá na mais na vibe do tech-death e o Cavi curte um som mais moderno, também meio djent. O Johnny curte mais a vibe do metalcore mesmo, resumindo bem. Mas a gente ouve de tudo e procura sempre se atualizar.
O processo de composição geralmente é feito a partir das guitarras, eles escrevem os riffs, trazem para os ensaios e aí fazemos algumas jam sessions a partir disso. Os temas das letras nós nos reunimos pra discutir sobre e já fazemos uma pré da pré-produção, pra seguirmos um caminho sem ficar compondo a esmo. Normalmente, quem escreve as letras somos eu e o Philip, até por termos um tempo maior de estrada juntos.
A principal diferença do BDAC pro ROTF é que madurecemos como músicos, não fazemos isso mais apenas por paixão, mas porque realmente trabalhamos com música e buscamos sempre evoluir. A partir desse princípio, queremos nos desprender mais de estilos e estereótipos e fazer metal que é o que a gente curte.
Qual a principal dificuldade de fazer metal (especialmente death metal melódico) no Brasil (principalmente sendo cariocas, onde o funk, pagode e sertanejo dominam) na opinião de vocês? Alguma dica para os que amam metal na cidade maravilhosa?
Não acho que exista muito esse lance de diferença, quem faz metal no Rio de Janeiro faz porque gosta e não porque é moda – nenhuma vertente do metal é moda no Brasil. Uma dica é: invista em você o máximo que puder e acredite na sua música.
O que a galera que segue o trabalho de vocês pode esperar para 2017?
Estamos fechando algumas parcerias com algumas marcas de instrumentos e estamos na segunda parte da tour do BDAC, pois lançamos esse álbum em abril de 2016, então esse ano ainda vamos divulgar as músicas desse álbum. Possivelmente, teremos um novo álbum em 2018, já começamos a compor pra esse trabalho.
Vocês têm algum conselho para quem está em busca de um lugar no metal nacional?
Procure sempre estar antenado no mercado e não faça por fazer. Busque inspiração no que você gosta, faça o seu som crie a sua identidade, para que você também possa inspirar outras pessoas.
Pra acompanhar a banda, basta seguir o @reckoninghour nas redes sociais. Para os produtores interessados, entrem em contato através do email [email protected]
Por Thais Isel
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