Uma das atrações da última E3 que não poderíamos deixar de mencionar foram os vinte e cinco anos de Mortal Kombat! Podemos dar uma pausa para os leitores se sentirem velhos? Sim! O tempo passa e a marca que é uma das maiores responsáveis pela criação de um sistema de classificação etária para games vem derramando muito sangue virtual desde 1992!
São muitos jogos da série, incluindo alguns spin-offs e até HQ’s que complementam canonicamente a história criada por Ed Boon e John Tobias, mas aqui na Woo! Magazine nós gostamos de falar muito de cinema e séries, então… Vamos começar relembrando algumas das adaptações cinematográficas.
Sim, é conhecido amplamente que os filmes não são exatamente obras-primas da sétima arte, mas também não podemos negar que eles ajudaram mais ainda o MK a ser estabelecido como um ícone da cultura pop deste nosso mundo maravilhoso e globalizado, não?
Mortal Kombat – O Filme (1995)
O primeiro filme foi dirigido por Paul W. S. Anderson, o mesmíssimo diretor, produtor e roteirista (não necessariamente nesta ordem) dos filmes de “Meu Nome É Alic…” queremos dizer… dos filmes de “Resident Evil”. E foi certamente o sucesso comercial deste primeiro longa inspirado por MK que o levou até lá. Fica para vocês, leitoras e leitores decidirem se isso é bom ou ruim.
O que importa é que o filme é divertido. Enquanto os jogos de Mortal Kombat à época (“Mortal Kombat 3” era o jogo mais recente, então) não eram focados em contar realmente uma trama, o longa terminaria influenciando sua inspiração.
Para dar um exemplo rápido: o romance entre Kitana e Liu Kang. Até então, no universo de MK o maior ato de intimidade entre dois personagens era um arrancar o coração do outro, literalmente, num Fatality (podem rir, sabemos que essa foi boa). Mas, supostamente, para contar uma história típica para cinema e com heróis com os quais supostamente nos identificamos tem que ter um crush, não? E terminou que esse interesse romântico seria posteriormente migrado para os jogos, de forma canônica.
Um desalinhamento, no entanto, entre as duas mídias é que o filme, obviamente não traz um por cento da carnificina tarantinesca que vemos nos games em que se basearam. Compreensível, afinal, os filmes eram visivelmente direcionado a um público jovem. O que vem a seguir é que não deveria ter sido visto por nenhum ser humano de idade alguma, de acordo com a crítica e o grande público.
Mortal Kombat: A Aniquilação
É no mínimo interessante quando um filme faz jus ao título. E é este provavelmente o maior ponto positivo que público e crítica encontrou neste filme. Enquanto o primeiro era tão ruim que chegava a ser bom, o filme de 1997 é tão ruim, que não chegava a lugar algum. Dirigido por John R. Leonetti, tentou trazer um pouco mais de fan-service, com mais personagens dos jogos, em figurinos que pareciam mais fantasias baratas (ou cospobres, se preferirem). Os efeitos especiais não eram lá muito bons, mesmo para a época, e as atuações eram simplesmente estranhas – e as mudanças de elenco para alguns personagens não ajudaram em nada.
A história é quase que diretamente adaptada de “Mortal Kombat 3″, focando na invasão do reino da terra pelas mãos de Shao Khan, o vilão dos games de luta que você respeita e detesta.
O fracasso de “Aniquilação” em todos os níveis parecia fechar o caixão cinematográfico de Mortal Kombat para sempre. Nos anos seguintes, a própria série de games passaria por uma década de relevância menor, com jogos que não chegariam aos pés dos clássicos dos anos 90. No entanto, em 2010, uma ousada nova visão para MK surgiria e mudaria todas nossas expectativas. Mas esta história, ficará para a próxima semana!
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