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Crítica – 50 Tons de preto

Disputa direta com o original 

“Cinquenta tons de cinza” atraiu multidões que compraram os livros sobre a sádica vida de Christian Grey e a sodomizada Anastasia Steele. Entretanto, a opinião do público ficou dividida em relação à qualidade literária da obra. Mesmo assim, não foi o suficiente para impedir a adaptação do mesmo para o cinema que, mesmo com um roteiro fraco, direção sem sal e atuações ínfimas, obteve um faturamento quatro vezes maior que seu orçamento. Em toda produção, o que se destacava mais era a excelente trilha sonora e uma belíssima fotografia.

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Como o filme tornou-se um blockbuster, continuações ainda estão por vir de modo que a história do casal seja finalizada. Com essas sequências, o cinema acaba recebendo também produções semelhantes, em busca de um espaço entre os buracos deixados pelo original, e as infames paródias.

A primeira que chegou ao mercado, surge através de um dos produtores e roteiristas responsável por renovar o mercado da comédia satírica com os ótimos “Todo mundo em pânico” e as “Branquelas”. Todavia, em Cinquenta Tons de Preto, Marlon Wayans e equipe falham tanto quanto o filme original, com abordagens mais que exageradas ligadas a uma falta de senso e direção que precisa ser revisto.

A produção aparenta ser quase toda feita dentro de um estúdio, fornecendo um ar meio televisivo a história. Em alguns momentos do filme, parece que estamos sendo apresentados a um novo quadro das antigas versões do “Zorra Total” da Rede Globo.

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50 tons de preto até adapta com certa fidelidade o ritmo da história original, relembrando diferentes cenas do filme, não se esquecendo das mais importantes, mas o roteiro é extremamente fraco, com diálogos forçados que resultam em piadas exageradas e desnecessária (até mesmo para temática). As melhores “tiradas” do filme, aparecem nos momentos mais simples, sem esforço, como quando ele está lendo o livro “Cinquenta tons de cinza”.A direção de Michael Tiddes não é de tudo ruim, embora ele erre tentando acrescentar demais, seja nos planos e/ou na fracassada tentativa de certos ângulos desproporcionais. A proposta oferecida pelo diretor é algo mais simplista e, em alguns pontos, principalmente nas cenas de sadomasoquismo, ele acerta com planos mais fechados que tendem a explorar as caras e bocas das personagens.

O elenco torna-se o mais esforçado do filme, do início ao fim da projeção. Marlon Wayans, que assina também a produção e roteiro, interpreta Christian Black e consegue diferenciar em diversos momentos o humorista excessivo do ator de comédia, valorizando sua personagem e, se bem dizer, o filme. Suas mudanças repentinas de humor (algo notado em bons comediantes) proporcionam as melhores e mais engraçadas cenas. Já Kali Hawk (Da série Black Jesus) está muito bem na pele da personagem Hannah, com uma atuação homogênea e interessante. O resto do elenco cai completamente no caricato, mas felizmente (Ponto positivo dos roteiristas) os personagens não fixam muito tempo no filme.

Por fim, 50 tons de preto é feito para quem gosta de uma overdose de comédia absurda. Funciona como passatempo e para aliviar o estresse do dia a dia. Provavelmente, as piadas do filme dublado devem ser mais interessantes que o original, uma vez que no legendado eles utilizam abordagens mais americanas. De qualquer forma, a produção não supera os últimos projetos do gênero.

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Daniel Gravelli é especialista em comunicação de alta performance, apaixonado pela arte e pelo seu potencial na conexão humana. É diretor, produtor, ator, roteirista, e acumula mais de 30 anos de experiência no mercado cultural. Adora cozinhar e descobrir novidades sobre o mundo.

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