A dificuldade de seguir em frente
Fernando (Fernando Alves Pinto), cria seu filho sozinho depois que sua mulher morreu. Além disso, possui uma rotina de arrumar as roupas da falecida todos os dias para se lembrar dela, um detalhe muito interessante que retrata a dor de alguém que perdeu a pessoa amada e a dificuldade de seguir em frente. Em uma dessas arrumações, encontra algumas fitas de vídeo e uma delas possui um conteúdo que revela um segredo de sua esposa e faz com que ele duvide do amor que ela sentia. É então que tudo começa a mudar de rumo, fazendo-o deixar de lado a rotina do luto para investigar o passado de sua mulher que até então ele desconhecia.
O filme, sempre que parece que vai seguir para um caminho opta por outro, mesmo que comecem de uma maneira esperada causando certa tensão. Até porque o protagonista começa a agir, mas não parece ter um plano, a todo momento ele tem que decidir o que vai fazer conforme se aprofunda nas descobertas.
Todas as cenas são lentas, mas nem sempre é um arrastado ruim. Em alguns momentos a lentidão é necessária, em outros não. O elenco todo é muito competente, mesmo a atriz mais nova, Giuly Biancato, mostra sua atuação no mesmo nível dos companheiros de cena.
“Para minha amada morta” não apresenta todo o confronto esperado, mas mantém a curiosidade sobre o rumo dos acontecimentos e se torna interessante por ter um desfecho diferente do previsto.
Gleicy Favacho é uma maquiadora com alma de artista. Quando pequena sonhava em descobrir um mundo fantástico através do armário muito antes de se ouvir falar em Nárnia. Essa imaginação a levou a seguir uma profissão onde ela pudesse participar da construção de vários mundos e histórias diferentes, sendo apaixonada por cinema, teatro e outras artes. Claro que, sendo adulta, já mantém um pouco mais os pés no chão, mas sempre olha dentro de um armário ou outro, afinal, vai que… né?
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