No Escurinho: “Diário de um Exorcista – Zero”

A porta de abertura para uma trilogia sobre exorcismo

Há um tempo atrás publicamos aqui em nossa revista o problema que o cinema brasileiro sofre ao não acreditar, e investir, em produções de outros gêneros, situação que afeta diretamente algumas mentes criativas que pretendem pensar fora da caixinha manipulada por muitos. Na ocasião, falamos sobre o filme brasileiro “Condado Macabro” que através de uma pegada trash, traz para o nosso cinema um tipo de produto desvalorizado por aqui. Mesmo que existam muitos brasileiros que são extremamente apaixonados pelo gênero do terror, inflamando as bilheterias de filmes norte-americanos, ainda sim são poucas as produções realizadas nesse seguimento.

Um filme que vem tentando forçar e ajudar a quebrar essa barreira é o primeiro filme sobre exorcismo realizado no Brasil. Dirigido pelo cineasta Renato Siqueira, a produção nacional passou por uma profunda pesquisa e inúmeras entrevistas sobre casos reais de exorcismos relatados no Brasil, antes da construção do roteiro e a realização do Filme. O trabalho resultou também no livro “Diário de um Exorcista”, escrito por Renato e Luciano Milici, lançando em 2013.

O projeto colabora para o aprofundamento do gênero no mercado cinematográfico brasileiro e funciona como o pontapé inicial para uma trilogia que vem sendo produzida para estrear em 2017. “Diário de um Exorcista – Zero” será lançado diretamente em VOD (Video on Demand) e DVD. A Europa acreditou no projeto e irá distribuir o filme que mostra com realismo e riqueza em detalhes histórias que não foram contadas pela igreja católica.

“Respeitando a biografia real, adaptei para o cinema o que era mais relevante e aterrorizante.”, diz Renato Siqueira.

A continuação conta com três outros filmes que serão lançados nos cinemas a partir do próximo ano: ‘Diário de um Exorcista – Gênese do Mal’, ‘Diário de um Exorcista – Possuídos’ e ‘Diário de um Exorcista – Apocalipse’.

“Há novos personagens, arcos, efeitos e muito mais terror, além de surpresas que não estão no livro e nem no Diário de um Exorcista – Zero”, comenta Siqueira.

Agora é conferir o árduo trabalho realizado pelo equipe do filme e valorizar o cinema nacional para que diferentes gêneros passem a fazer parte da lista dos filmes produzidos pelo país.

https://youtu.be/vAmAgCQ4tIo

Daniel Gravelli é um brazuca que parle français e roda uns filmes por aí. Apaixonado pelo universo da escrita, tem um caso com o teatro e morre de amores pelo cinema. Fotógrafo e crítico nas horas vagas, gosta de cozinhar, apreciar um bom vinho e trocar ideias interessantes.