Axel Foley, John McClane e muito mais
Em um passado recente, os filmes policiais eram frequentes nas telas de todo mundo. Esse gênero existente desde os primórdios da 7ª Arte, traz o fascínio pela justiça imposta por um ou mais indivíduos abnegados e rebeldes, e, geralmente, carrega em seu final a catarse que se espera com direto a muita ação, suspense e momentos que fazem os espectadores pularem na cadeira – sempre torcendo para que o malfeitor da vez pague pelos seus crimes.
Como há centenas de filmes clássicos e importantes, seguem algumas regras para entendimento da lista do site Woo Magazine:
- Tem que ter um(a) policial com distintivo ativo em uma organização oficial.
- Ele precisar perseguir diretamente o bandido, um real transgressor da lei.
- De alguma forma, ele se destaca e se torna um exemplo de quebra dos paradigmas dentro do que se espera de um filme policial.
Avisamos que cada um deles merece uma crítica por si só e pode haver ausências sentidas, mas convidamos vocês, nossos leitores e leitoras, a comentar, debater e nos trazer seus favoritos.
Um Tira da Pesada (1985) | Direção: Martin Brest
Ah, o humor… Se os filmes policiais são sempre marcados por temas densos e pelo drama inerente à profissão, o humor é algo que geralmente não se preza a essa mistura.
Mas eis que Eddie Murphy, egresso do famoso e longevo show de comédia da tv “Saturday Nigth Live”, traz à vida o sagaz e criativo Axel Foley, policial de uma tradicional selva de pedra (Detroit), que para investigar a morte do seu amigo de infância, vai à Beverly Hills (sofisticada) onde como se dizia nas chamadas publicitárias da “Sessão da Tarde“, “apronta altas confusões”.
O contraste entre a urbana Detroit e a ensolarada Beverly Hills e com um elenco de apoio carismático e competente, Eddie chutou as portas de Hollywood com o sucesso desse filme e das seguintes continuações, se tornando o maior astro dos anos 80.
O quarto filme já finalizado com o ator vivendo o personagem, chega esse ano na Netflix.
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Os Intocáveis – (1987) | Direção: Brian de Palma
Surgida como um show da tv americana a história do policial Eliot Ness, que juntou um grupo de policiais que realmente existiram no período de Lei Seca, para simplesmente combater Al Capone em uma Chicago corrupta e violenta dos anos 30, se transformou em um filme espetacular. A produção ajudou a popularizar a onda que se seguiu nos anos seguintes das versões para cinema de séries clássicas da Tv.
Além de ajudar a solidificar a carreira do jovem astro Kevin Costner, trouxe atuações maravilhosas de Robert De Niro como Al Capone e do saudoso Sean Connery (o eterno 007 que, inclusive, ganhou seu Oscar de coadjuvante pelo papel do veterano policial Jim Malone, mentor de Ness).
É importante destacar espetacular trilha sonora de, “Il Maestro“, Ennio Morricone, com no mínimo dois temas, o de abertura e o da “ação”, que é impossível sair da cabeça quando o filme acaba, e mesmo muitas décadas depois… É de arrepiar.
Máquina Mortífera (1987) | Direção: Richard Donner
Já houve no cinema diversas duplas de policiais, geralmente um é o certinho e o outro mais descolado, mas nunca uma como Martin Riggs e Roger Murtaugh!
Mel Gibson encarna o papel da sua vida, como o policial potencialmente suicida que é transferido para trabalhar como parceiro de Danny Glover que está prestes a se aposentar.
E que encontro feliz de atores!
O icônico diretor Richard Donner que nos brindou com “Superman, O Filme” traz ação, emoção, humor e uma química poucas vezes vistas no cinema.
Está tudo aqui, trilha descolada, cenas de ação empolgantes e vilões realmente maus, que já se sabe qual o fim merecido deles.
Houve mais três sequências que não tem a mesma pegada desse primeiro, mas são todas de qualidade, com os mesmos protagonistas, dirigidas pelo mesmo diretor e nunca menos que divertidas.
Um programão para quem gosta de filmes policiais.
Duro de Matar (1988) | Direção: Jonh McTiernan
Este caso poderia ser o filme definitivo de polícia e ladrão, se não fosse também considerado o maior filme de ação da história.
Bruce Willis, no auge do carisma, era um ator de comédia da tv e ganhou o maior salário pago na época para interpretar o papel da sua vida, emprestando todo seu charme e talento à John Mc Clane, um policial que atravessa os Estados Unidos, de Nova York à Los Angeles, para tentar se reconciliar com a esposa na noite de Natal. Em meio a essa “aventura, ele acaba sendo cercado por terroristas que atacam um prédio, o inesquecível Nakatomi Plaza (que na realidade era chamado de Fox Plaza), onde sua esposa trabalha.
A ação se passa toda e inteiramente dentro do edifício e o cinema não estava acostumado a ver um herói como ele, que se machuca, falha, tem medo.
Isso sem contar o maravilhoso vilão interpretado com maestria, elegância, e o mesmo carisma do herói por Alan Rickman, o Severo Snape da franquia “Harry Potter”.
Uma obra prima do gênero, que trouxe novo fôlego ao filme do herói solitário. E, por mais incrível que pareça, se tornou meme daqueles filmes imperdíveis para assistir no Natal.
Gerou continuações, algumas boas e outras medíocres, mas o primeiro e melhor não foi superado.
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Justiça Cega (1990) | Direção: Mike Figgis
Essa pérola, que apresenta a melhor interpretação da carreira de Richard Gere, traz algo inédito nessa lista: policial contra policial.
Gere é Dennis Peck, policial que trabalha nas ruas e comanda um grande esquema de corrupção, chantagem, aliciamento, entre outros crimes tenebrosos em Los Angeles.
“Charmoso, sedutor, frio, impiedoso”, como está no pôster do filme, o Peck de Richard Gere é nada menos que envolvente e manipulador nesse filme policial com pitadas de um suspense excepcional, em que o seu adversário é o policial da corregedoria, Raymond Avila, defendido com muita garra e energia por um jovem Andy Garcia.
Um confronto de paralelos, muito bem conduzido pelo diretor, com ótimos atores e atrizes coadjuvantes em um embate tenso e emocionante até o final.
É um filmaço policial raiz que merece ser conhecido ou redescoberto e apreciado.
O Silêncio dos Inocentes (1991) | Direção: Jonathan Demme
Um clássico que levou a uma onda de filmes com “super seriais killers”, e o último grande vencedor dos 5 Oscars principais: Filme, Direção, Ator, Atriz e Roteiro Adaptado.
Anthony Hopkins ganhou seu primeiro Oscar com apenas 16 minutos da tela, pela sua criação hipnotizante e aterrorizante de Hannibal, “O Canibal”, Lecter, um famoso psiquiatra forense que está preso em uma prisão de segurança máxima pelos crimes que cometeu. Na trama, ele é a única chance do FBI para localizar um outro serial killer que raptou uma pessoa importante.
Como uma última medida para sensibilizar Hannibal, o encarregado da investigação envia à toca desse lobo, Clarice Starling, uma aspirante a agente, contida, porém inteligente e perceptiva, que acaba sendo o único elo do criminoso com QI acima da média. A partir daí, a polícia passa a depender das suas observações e deduções para chegar ao criminoso e resgatar a vítima, antes do seu fim que parece cada vez mais inevitável.
Jodie Foster está fenomenal como a introspectiva Clarice e também foi premiada com o seu primeiro Oscar.
Um clima de tensão e corrida contra o tempo, em que o diretor Jonathan Demme usa o melhor das suas habilidades e do seu elenco para cravar seu nome na história do Cinema.
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Heat – Fogo Contra Fogo (1996) | Direção: Michael Mann
Era uma vez, a expectativa do encontro entre duas lendas americanas da interpretação: Al Pacino e Robert De Niro.
E quem além do impressionante diretor Michael Mann (“Colateral” e “Ferrari”), para materializar esse embate?
Um clássico moderno com uma sequência de ação insana nas ruas de Los Angeles, até hoje muito imitada e nunca superada.
O ladrão interpretado por De Niro é frio, calculista e não se apega a nada que não possa abandonar em 30 segundos. Ele comanda uma série de assaltos a banco com ações cada vez mais ambiciosas e violentas, desafiando a força policial liderada por um energético Pacino e ampliando a tensão de inevitável embate.
Não apenas os dois estão excelentes, como todo um elenco de apoio composto pelos melhores da época. Sob a batuta do ambicioso diretor, com um domínio cênico e de cinematografia absurda, o filme serve de padrão até hoje para filmes urbanos e de assaltos em geral.
Já há preparativos para uma prequela planejada pelo mesmo diretor e com Adam Driver interpretando a versão mais jovem do personagem de Val Kilmer.
Tropa de Elite (2007) | Direção: José Padilha
O representante brasileiro da lista é um dos filmes mais famosos mundialmente da nossa cinematografia, trazendo até hoje termos e jargões inseridos à linguagem cotidiana das pessoas.
Para quem ainda não conhece a história, o grande Wagner Moura é o comandante de um esquadrão policial de elite no Rio de Janeiro, encarregado de preparar o terreno para a iminente visita do Papa em meio à violência das comunidades do morro.
Esgotado, com alguns sintomas da síndrome do pânico, e em meio a um treinamento brutal de alguns recrutas, o impulsivo Capitão Nascimento trabalha contra o tempo para encontrar um sucessor.
Inesquecível exemplar do cinema nacional, que demonstra não haver limites para uma boa história e esmerada condução.
Tudo isso filmado com atores jovens, promissores e pelo pulso firme de José Padilha, que também dirigiu a continuação que é melhor ainda ao se aprofundar no centro da corrupção entre as ruas e as comunidades do Rio de Janeiro.
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The Raid – Operação Invasão (2011) | Direção: Gareth Evans
Um policial é destacado junto com seu comandante e demais colegas da sua unidade, para adentrar em um conjunto de prédios e percorrer 30 andares, para prender um acastelado barão do crime na Indonésia e entregá-lo à justiça.
Porém as coisas não são tão simples assim pois, além do meliante já estar ciente da invasão, tem um exército a sua disposição esperando pelos 20 policiais.
Um petardo de ação do início ao fim, com coreografias de luta até então nunca vistas, dirigido pelo inglês Gareth Evans, e protagonizado pelo espetacular lutador Iko Uwais – que nos apresenta a excepcional, e não tão conhecida, arte marcial Silat.
É uma mistura explosiva da claustrofobia do filme “Duro de Matar”, misturada com embates alucinantes de arte marcial dos filmes orientais. Tem uma continuação ainda mais complexa, abrangente e violenta que vale a pena conhecer.
Infiltrado na Klan (2018) | Direção: Spike Lee
Baseada em uma história absurdamente real, a qual em plena luta pelos direitos civis, no final anos 70, um policial negro interpretado por John David Washington (filho de Denzel Washington), entra em contato com uma célula local da organização racista Ku Klux Klan (aquela dos capuzes brancos, pontudos e ridículos) e se passa por um candidato a membro.
Através de telefonemas e cartas, se comunica com o líder da seita e pelo seu excelente serviço policial, consegue desarticular e prevenir ataques e outros crimes de ódio.
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Mas há um detalhe muito importante: quando precisava participar das reuniões presenciais, enviava um policial branco e judeu não praticante, interpretado pelo sempre interessante Adam Driver, o que gera um misto de comédia de absurdos com muita tensão, conduzida pelo grande diretor Spike Lee, bastante conhecido por suas importantes obras contra o racismo nos Estados Unidos. O diretor foi agraciado com seu primeiro Oscar co-roteirizando essa obra importante e além do seu tempo.
Imagem Destacada: Divulgação/20th Century Studios
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