17 de dezembro de 2012. Uma data triste para os fãs de “Gossip Girl”. Enquanto o último episódio da série norte-americana passava, todos se preparavam para dizer adeus aos seus personagens preferidos, lembrando de que seria possivelmente a última vez que escutaríamos a icônica frase: “I’m Chuck Bass”. Contudo, quase 4 anos e meio depois, Ed Westwick volta às telinhas como Vicent Swan, na série inglesa “White Gold”.
Primeiramente, é preciso alertar que apesar do charme irresistível a qual nós conhecemos pertencer a persona de Ed, não veremos o queridinho de Manhattan nesse novo projeto. Além da parte boa que é escutá-lo com seu sotaque original, não é possível ver algum resquício de uma alma romântica em seu novo personagem. Ou seja, meninas e meninos, Chuck Bass não está de volta em outro corpo!
“White Gold” estreou no final de maio no Reino Unido, contando a história de Vincent Swan, considerado esperto e ótimo – se não o melhor – vendedor de vidros duplos de Essex no ano de 1983. Conhecendo todas as táticas possíveis para fazer um bom negócio, Vincent passa seus truques para seus dois subordinados, apelidados de Débi e Lóide: Martin Lavender (Joe Thomas), a parte da dupla de vendedores que tenta ser honesto e gentil com os clientes e Brian Fitzpatrick (James Buckley), o cara de pau e que não se importa de enganar seus vizinhos para conseguir ultrapassar seu colega em número de vendas.Em uma atmosfera predominantemente masculina – no caso, existe a recepcionista Carol (Lauren O’Rourke), mas que é tratada por todos, inclusive por ela mesma, como uma espécie de bicho de estimação –, já era de se esperar um certo linguajar, principalmente, por ser uma comédia. Todavia, mesmo sem uma surpresa de fato, há um exagero nas piadas e referências. Damon Beesley (criador da série), em pleno ano de 2017, já não perdeu a graça falar sempre as mesmas besteiras constantemente? É um clássico da comédia, seja norte-americana ou não, ter um personagem desbocado, deixando quase que o papel de “engraçado da turma”, mas fazer com que todos utilizem, na maior parte do tempo, palavras do gênero chega a ser exaustivo, além da vontade de berrar para tela “você não sabe falar outra coisa? ”.
Uma parte interessante da obra seria a questão de botar o personagem de Ed para falar com as câmeras em quase todas as cenas, como se fosse uma espécie de documentário de sua vida. Contudo, apesar de no início parecer ser uma característica que fará a série vingar, nos minutos finais, já é nítido o pouco desenvolvimento do roteiro para essa parte. Os comentários feitos ao público poderiam ser menos forçados, visto que, em algumas cenas, são facilmente descartáveis.
Em relação aos personagens, não há, supostamente, nenhum que carregará a série como sendo sua ou marcará presença efetivamente. A princípio, poderia se pensar que Vincent Swan entraria em nossos corações, batalhando espaço com Chuck Bass ou até mesmo Damon Salvatore, mas não. Não foi dessa vez que conquistamos mais um personagem charmoso e considerado “bad boy”.
Outro aspecto curioso seria o de Vincent ter uma família. Mulher e dois filhos. A primeira cena – a melhor parte para os fãs de Ed Westick – demonstra uma espécie de solteirice que acaba, algumas cenas depois, com a família Swan caindo de paraquedas no showroom onde Vincent, Brian e Martin trabalham. Forçado ou não, o trio aparece em mais uma ou duas cenas, mostrando mais um defeito do novo personagem de Westwick: pai e marido ausente. Com a famosa desculpa de que está indo trabalhar para sustentar o que é deles, com presentes e alimento, Vincent prova que sua carreira está em primeiro lugar, tendo realmente algo para fazer no escritório ou somente por querer uma farra com seus companheiros da empresa ou com outras mulheres.
Pode ser que haja um certo exagero, mas, ao que tudo indica, a série não será nenhum grande sucesso da BBC.
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