Diretor de teatro e cinema britânico (21/3/1925-). Um dos mais respeitados profissionais de teatro da atualidade. Nasce em Londres e estuda em Oxford. Começa a se interessar por teatro ainda na universidade, época em que é influenciado pelo trabalho de dramaturgos como Bertolt Brecht e Antonin Artaud. Propõe um teatro de caracterização psicológica dos personagens que torne visível a “invisível” alma humana.
Sempre procurando imprimir caráter crítico e polêmico às montagens, substituindo a passividade do espectador pela participação do público no espetáculo. Faz sucesso a partir de 1955, quando dirige o ator Laurence Olivier na montagem de Titus Andronicus, de Shakespeare.
Quando, nos anos 60, passou a ser diretor da Royal Shakespeare Company, Brook tornou-se célebre no mundo do teatro com suas adaptações dos clássicos shakespearianos, como Rei Lear (1962). Nesse mesmo ano, adaptou ao cinema o romance O Senhor das Moscas, de William Golding, e muitas de suas obras dramáticas foram levadas ao cinema. Atualmente, pesquisa as origens do teatro à frente do seu próprio centro de estudo em Paris, o Centro Internacional para a Investigação Teatral, e nas suas viagens à África, onde observou as representações cênicas populares.

Cena do filme ‘The Tightrope’ – 2012. Direção Simon Brook
Nos anos 70, funda em Paris o Centro de Pesquisa Teatral, o qual dirige até hoje. Sua carreira é marcada por encenação de peças no circuito teatral nova-iorquino do West End e da Broadway, além de em Paris e Londres. Leva o teatro e a literatura para o cinema com A Sombra da Forca (1953), peça de John Gay, Moderato Cantabile (1960), romance de Marguerite Duras, e O Senhor das Moscas (1962), romance de William Styron. Em 1966 monta Marat-Sade, de Peter Weiss, cuja filmagem também dirige.
Sua produção teatral considerada a mais ambiciosa foi o Mahâbhârata (estreou em Avignon em 1985), um espetáculo de nove horas baseado na história épica indiana, que recorria a fogo correndo sobre a areia e chuveiro de flechas no palco para representar batalhas britânicas. Tipicamente, ele respondeu ao sucesso da produção mudando o rumo, e partindo para jornadas mais introspectivas.
Peter Brook, que procurou estreitar os laços entre o teatro e a vida, colocando a arte como fator essencial para o convívio humano. Assim como o mestre Grotowski, os seguidores do Teatro Pobre procuraram trabalhar a expressão corporal do atores ao invés de utilizar textos, eliminando todos os componentes tradicionais do teatro como a iluminação, o palco e o figurino. O Teatro Pobre configurou-se na reinvenção do teatro, pois propôs uma concepção trabalhada conjuntamente, com detalhes simples compondo a roupagem dos personagens, além de romper com a barreira do proscênio para ir aonde o público estava, atuando tanto no teatro quanto nas praças públicas.
[divider]Principais trabalhos[/divider]
Peças teatrais
- 1962 – King Lear (Rei Lear);
- 1970 – A Midsummer Night’s Dream (Sonhos de Uma Noite de Verão);
- 1990 – The Tempest (A Tempestade);
- 2011 – Uma flauta mágica.
Filmes
- 1953 – The Beggar’s Opera (Ao Pé do Cadafalso);
- 1960 – Moderato cantábile;
- 1963 – Lord of the Flies;
- 1967 – Marat/Sade;
- 1971 – King Lear;
- 1979 – Meetings with Remarkable Men (Encontro com Homens Notáveis).
Por André Lamare

Maria Aparecida
31 de outubro de 2016 at 18:59
Assisti esse filme dele Meetings with Remarkable Men, realmente bom.