Divas do Teatro Brasileiro | Parte III

Conheça mais cinco divas do teatro brasileiro que encantaram o público com suas atuações

Esta é a terceira matéria da série em homenagem às grandes divas do teatro brasileiro. Na lista a seguir, cinco atrizes que iluminaram e ainda iluminam os palcos do Brasil, cada qual com suas características marcantes, evidenciando a diversidade de talentos femininos nas artes cênicas:

Nydia Licia (1930-2000)

Nydia Licia foi uma atriz, diretora e produtora. Italiana de origem judaica, chega ao Brasil com a família em 1939, fugindo do fascismo. Se destaca como atriz na primeira fase do Teatro Brasileiro de Comédia (TBC) e projeta-se juntamente com o marido Sergio Cardoso em companhia própria, a partir de meados dos anos 1950. A montagem de “Chá de Simpatia” de R. Anderson, proporciona grande destaque para a atriz, que arrebata todos os prêmios do ano. Igualmente notável é a remontagem de “Vestido de Noiva”, dirigida por Sergio Cardoso, em 1958. Ao separar-se de Sérgio, atuou também como produtora independente e diretora teatral.

Leia Mais: Divas do teatro brasileiro | Parte II

Léa Garcia (1933-2023)

Léa Garcia teve uma extensa carreira em teatro, cinema e televisão. Ao se envolver com Abdias do Nascimento, participou de diversas montagens de sucesso do Teatro Experimental do Negro nos anos 1950, como “Rapsódia Negra” e “Orfeu da Conceição”. Nos anos 1980, atua com Bibi Ferreira em “Piaf – A Vida de uma Estrela da Canção” e participa de “A Missa dos Quilombos”, com direção de João das Neves e música de Milton Nascimento. Léa deixa também um extenso legado para a luta antirracista, com uma postura questionadora sobre o lugar do negro na sociedade e na arte.

Maria Della Costa (1920-2015)

Atriz e produtora, Maria Della Costa foi a idealizadora de uma das primeiras companhias de teatro modernas no Brasil, o Teatro Popular de Arte, que passa a se chamar Teatro Maria Della Costa em sua homenagem. Foi ela quem convidou Gianni Ratto a vir para o Brasil pela primeira vez, na década de 1950. Além disso, Maria ficou conhecida pela sua beleza e atuações potentes, cria um dos melhores repositórios do teatro brasileiro, junto ao seu marido e empresário Sandro Polloni.

Leia Também: Bastidores em Evidência | Séries com Produção Turbulenta

Cláudia Raia (1966- )

A atriz e produtora Cláudia Raia se notabilizou como intérprete de musicais importados do modelo americano da Broadway. No entanto, cria um estilo único na década de 1990, com espetáculos que misturam programa de auditório, esquetes de humor e números musicais, centrados em sua personalidade e aspectos da sua vida. Os espetáculos “Não Fuja da Raia” (1991); “Nas Raias da Loucura” (1993) e “Caia na Raia” (1996) conquistaram enorme sucesso de público. Cláudia ainda se destacou na TV, em diversas novelas da Rede Globo. Atualmente, interpreta a artista Tarsila do Amaral no musical “Tarsila, a brasileira”.

Compre Agora: Teatro completo Nelson Rodrigues - Box: Obra em dois volumes

Nathália Timberg (1929- )

Uma das maiores atrizes em atividade, Nathália Timberg esteve em diversas produções de destaque no teatro e na televisão. Nos palcos, a atuação em “A Cerimônia do Adeus” (1987), de Mauro Rasi (1949-2003), lhe valeu o Prêmio Mambembe de atriz coadjuvante. Volta a ser premiada com um Molière pela atuação em “Meu Querido Mentiroso” (1988), direção de Wolf Maya (1951). Outros papeis de destaque incluem “Conduzindo Miss Daisy” ao lado de Milton Gonçalves e como o compositor polonês Frédéric Chopin em “Chopin ou o Tormento do Ideal”.

E então, já conhecia um pouco da história dessas grandes divas do teatro brasileiro? Deixe um comentário!

_{Imagem Destacada: Reprodução}