Foi difícil assistir alguns deles, mas bem que tentamos
Nem tudo foram flores nesse ano, apesar dos excelentes títulos que tivemos o prazer de assistir. Com a chegada de dezembro, viemos eleger quais foram os piores animes de 2024; os piorais. Esta é uma lista focada em títulos “inéditos”, com continuações aparecendo apenas marginalmente. Bora conferir?
Ore dake Level Up na Ken (Solo Leveling)
Estamos entrando em terreno pantanoso.
A A-1 Pictures anima trabalhos de encher os olhos — “Shigatsu wa Kimi no Uso” (2014), “Kaguya-sama wa Kokurasetai” (2019), “Magi: The Labyrinth of Magic” (2012), etc. — e aqui não é diferente; uma pena que uma boa história não se faça só de visuais e, diferente dos títulos citados, “Solo Leveling” deixa a desejar no quesito principal.
Um frigobar duas portas tem mais desenvolvimento de personagem que a totalidade de Solo Leveling (cujo problema se arrasta do manhwa), que gasta suas fichas em TODOS os possíveis apelos de mídia: um protagonista “fraco” e genérico para fácil identificação, porém que se torna excessivamente poderoso através do esforço próprio, e vertendo-se frio e calculista.
Sung Jin-Woo não é só um personagem de ficção: é uma fantasia masculina de salvador único, uma piada de mau gosto que cresceu além do controle. Não há profundidade em um universo em que a existência dos personagens gira em torno do propósito narrativo de fazer o protagonista soar grandioso — e quem diria que a falta de critério coroaria um título em que o personagem principal triunfa sobre, e subjuga, os demais em um mundo cada vez mais focado no “eu”?
Mas a animação é mesmo muito boa! Deixando no mudo e sem legendas, talvez melhore a experiência para focar no que presta.
Sinopse: Há alguns anos a humanidade viu a conexão desse mundo com o da magia, trazendo criaturas assustadoras para nós. Sung Jin-Woo é um dos humanos dedicados a caçar esses monstros. Fraco e sem reconhecimento, ele caça monstros de rank baixo para pagar as custas com a saúde de sua mãe enferma. Um acidente ocorre e o rapaz ganha uma tarefa impossível, mas que o permite aumentar seu poder sem contrapartida. Começa aí a sua jornada individual para tornar-se o caçador mais poderoso de todos.
Uzumaki
Crime, que crime.
Adaptar os trabalhos de Junji Ito a essa altura já deve ter virado alguma história de terror na sua cabeça, isso porque o homem não tem tido sossego com um título sequer: todos são fiacos retumbantes. Com “Uzumaki” não foi falta de tentar, mas de investir em uma direção competente e um bom orçamento, o que foi o principal problema a partir do segundo episódio. Vamos tentar não chutar cachorro morto.
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Sinopse: A pitoresca Kurouzu-chou é vítima de uma maldição misteriosa: toda a cidade é permeada pelo horror cósmico das espirais. Involuntariamente, animais, as casas, e pessoas aos poucos vertem suas formas à espirais, enlouquecendo sem escape. O casal de protagonistas tenta escapar, apenas para descobrir que estão presos em um ciclo sem início nem fim, condenando-os à eternidade de dor e sofrimento.
Shikanoko Nokonoko Koshitantan (My Deer Friend Nokotan)
Quem diria que resumir um anime de comédia a uma única piada daria errado, não é? Ao contrário de “Dandadan”, que… tem uma insistência com o genital do protagonista — porém o colocamos como um dos destaques positivo do ano — Shika não saiu muito isso. Se o leitor chegou a ficar interessado pela abertura, que é muito divertidinha, mas não viu, é melhor ficar na curiosidade. Muito potencial, mas decepcionante.
Sinopse: Em “Shikanoko”, a garota mais popular do colégio é também impecável academicamente: Torako Koshi tenta de tudo para manter sua reputação no alto. Ela, porém, tem um segredo obscuro do passado, e a chegada da jovem Noko Shikanoko vai virar sua vida de ponta-cabeça, incluindo fazendo-a tornar-se presidente do novo “Clube dos Veados”.
Giji Harem (Pseudo Harem)
“Giji Harem” até que possui um esforço, digamos, lacônico para abordar um “A Megera Domada” com papéis invertidos, porém, diferente de seus colegas do sub-gênero de “love status-quo”, em que a não progressão da relação funciona em prol da comédia, o título fica no meio do caminho e não entrega nem humor, enquanto exagera no açúcar que, sem progressão, é só cansativo.
Sinopse: Eiji Kitahama tem o sonho de ter um harém só para ele. Sua nova amiga, Rin Nanakura, é a pessoa certa para isso: oriunda do clube de teatro, ela está disposta a ajudá-lo a realizar seu sonho enquanto impersona diferentes tipos de namoradas ideais.
Continuações
Embora desejemos prestigiar (negativamente) títulos lançados totalmente este ano, não poderíamos de citar trabalhos que estrearem outro ano mas cuja nova temporada derrapou este ano.
Boku no Hero Academia (My Hero Academy) — Temporada 7
Não, não fomos influenciados pelo — no mínimo polêmico — final do mangá, que já comentamos por aqui. O problema de “Boku no Hero Academia” também se arrasta do material original, e sua montagem narrativa em montanha russa — com longos períodos anticlimáticos, não ajuda em nada sua reputação. Os personagens são divertidos, mas extremamente subaproveitados. Uma pena!
Sinopse: Em um mundo em que pessoas nascem com superpoderes e habilidades sobrehumanas, superheróis existem e lutam contra o crime. Midoriya Izuku sempre sonhou em seguir os passos de All Might, o número um do Japão. Uma visita ao médico revela que ele não desenvolverá uma habilidade, mas isso não apagará o sonho de se tornar o símbolo da paz.
Kimetsu no Yaiba (Demon Slayer) — Temporada 4
Para além do final de “Kimetsu no Yaiba” no mangá ter decepcionado os fãs, o que em nossa humilde opinião não foi um final ruim, Demon Slayer entrou numa esteira negativa com uma temporada morna, de pouca ação, e que não empolgou os fãs que aguardavam ansiosamente pelo confronto final. Curioso para quem já esteve em uma lista de melhores do ano!
Sinopse: Em Demon Slayer, demônios existem e se alimentam de carne humana para ficarem mais poderosos. Tanjirou Kamado faz parte do grupo de resistência responsável por combater essa ameaça, obstinados a assassinar o Rei Demônio, Muzan, e acabar com a maldição, trazendo de volta sua irmã, Nezuko, um caso raro de demônio que não perdeu a consciência após a transformação.
Imagem Destacada: Divulgação/Crunchyroll
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