“Peer Gynt”, espetáculo do norueguês Henrik Ibsen
reestreia no Teatro do Sesi, em São Paulo.
Ibsen escreveu o personagem “Peer Gynt” em 1867, inspirado em um personagem do folclore nórdico. Sua narrativa começa na juventude do camponês Gynt e trafega entre tempo e espaço acompanhando-o em suas viagens ao redor do mundo. O personagem central passa por terras fantásticas e, durante suas viagens encontra pelo caminho duendes e ninfas, é coroado imperador e enriquece por meios ilícitos traficando mercadorias e escravos, enquanto na Noruega, sua amada Solveig o espera. Ao retornar para casa, percebe que o que ele realmente precisava estava bem ali. Sua única salvação é o amor e suas imperfeições revelam muito sobre o homem.
Na montagem de Gabriel Villela, embarcamos numa viagem de aproximadamente duas horas onde o jogo cênico se concentra nas artimanhas do anti herói. Gabriel, já conhecido por usar a música como uma ferramenta muito presente em seu trabalho, opta pelo inconvencional. A trilha sonora desta remontagem aposta na mistura de gêneros modernos: ouvimos de clássicos do Rock, como Beatles em especial, a marchinhas carnavalescas, por exemplo. A direção musical é assinada por Marcos França e se destaca pelos arranjos surpreendentes. As músicas são cantadas e tocadas pelo próprio elenco que busca suavidade nas interpretações.
O espetáculo que ganhou inúmeras montagens em vários países e sua trama ainda é muito atual. Gabriel também assina o cenário e os figurinos e se inspira no artesanato brasileiro para compor os figurinos do espetáculo sem deixar de lado outras influências como estampas peruanas, colombianas, incas e asiáticas, trazendo a tona a personalidade cosmopolita do protagonista e um visual incrível realçado pela iluminação inteligente e lúdica de Wagner Freire. A direção de movimento criativa de Ricardo Rizzo ajuda no requinte e harmonia da cena.
Em cena vemos um elenco entrosado. O ator Chico Carvalho interpreta Gynt numa interpretação irreverente e carismática enquanto sua amada é interpretada por Helô Cintra, que substitui Mel Lisboa com maestria. O espetáculo recebeu em 2016 o Grande Prêmio da Crítica de Teatro Infanto-juvenil na premiação da APCA.
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Por Thiago Pach
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