Segundo Camille Paglia em “Personas Sexuais”, “(…)a natureza continua sendo o maior problema da moral humana”.
Nestes tempos onde a discussão acerca da diversidade sexual se faz tão necessária e importante, recomendo esse ensaio da crítica de arte norte americana Camille Paglia. Nele, de forma simples e contundente, a autora problematiza as heranças pagãs na sociedade moderna. É neste livro que ficam claras suas divergências com o feminismo quando ela destaca o que chama de “aversão às leis naturais”, as quais não podemos compreender.
Embora há contradições ao afirmar que reagimos aos nossos instintos quando criamos uma sociedade artificial. Ora, na defesa clara da natureza instintiva, do “ser em si”, como fica claro no livro, como separar mente e corpo já que um está inserido no outro? Sendo assim, a natureza biológica não poderia estar separada da psiquê humana.
Essa análise não é uma crítica, mas uma recomendação à todos que se interessam pelo tema. De fato, as civilizações antigas possuíam um contato mais propício ao natural, assim como as contradições que também fazem parte do todo.
Há passagens realmente interessantes que colocam os problemas de ordem estética menos relevantes, pois o ser humano tinha a certeza da superioridade da natureza em relação a ele. Enquanto nós, civilizados, boicotamos essa superioridade e nos perdemos em nós mesmos.
“A vida civilizada exige um estado de ilusão”
Por Susana Savedra
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