Legado artístico e político da banda, renovações, formação, e curiosidades inéditas apresentadas pelos próprios membros na docussérie “Primavera nos Dentes”
O documentário em quatro capítulos “Primavera nos Dentes” está chegando no Canal Brasil a partir desta sexta-feira, 31 de outubro, em uma série única para quem tem interesse na trajetória dos Secos & Molhados — promessa de agradar tanto fãs raiz quanto curiosos. A estreia fica para as 21h30, com reexibições aos domingos, 19h, e sábados, 17h, com um episódio novo toda semana.
A pré-estreia se deu nesta quarta-feira (29), com exibição para imprensa dos dois primeiros episódios no Cine Marquise pela manhã, e contou com a presença, de Ney Matogrosso, Gérson Conrad, Willy Verdaguer (baixo), Emilio Carrera (produtor), Miguel de Almeida (autor do livro de mesmo nome, diretor e roteirista), que comentaram a alegria de poder retornar ao estúdio após 50 anos. Houve também uma exibição noturna na Cinemateca Brasileira como parte do circuito da 49ª Mostra de Cinema de São Paulo.
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Sim, você não leu errado no parágrafo anterior, mas um pouco de contexto antes: para a feitura do documentário não houve liberação do uso das músicas com coautoria de João Ricardo — que também não quis participar (embora tenha deixado depoimentos na ocasião do lançamento do livro que deu origem ao projeto) — o que lhes deu a ideia de fazer disso uma limonada: criaram oito temas inéditos o documentário — e que estão muito boas, por sinal! Nos dois primeiros episódios, apenas “Rosa de Hiroshima”, do álbum de estreia, foi reproduzida.
O imbróglio judicial se arrastou até o último momento — durante a coletiva, Almeida comentou como a série precisou ser refeita após a recusa de um dos sete compositores, e ainda comentou com otimismo sobre uma abertura jurisprudencial com a recente vitória de Paula Toller na justiça contra Leoni, autorizando-a ao uso de suas canções do Kid Abelha em novo projeto.
Isso não pareceu gerar desconforto entre os membros da formação mais clássica do grupo. Ney, assim que pegou no microfone pela primeira vez durante a entrevista, até brincou que estava com medo de que, ao assistir a série, visse alguém falando mal de alguém, mas esse não é o clima entre eles, e tanto ele quanto Conrad deixaram claro que este é um direito de João Ricardo, embora quisessem que ele estivesse também presente.
Produzida pela Santa Rita Filmes, especializada em true crime, o documentário traz artistas de diferentes gerações para falar sobre o impacto da formação do Secos de 1973-1974, contextualizando o caldo cultural que propiciou seu surgimento, e dá dimensão do milagre — desse encontro de mentes — mas também corpo político do poder da arte.
Imagem Destacada: Divulgação/Woo! Magazine (Fotografia: Nick de Angelo)
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