E chegamos à season finale de “Loki”. Sem reviravoltas ou teorias sobre tempo e espaço, o último capítulo da série foi acertadamente direcionado para consolidar o desenvolvimento dos personagens e realçar a competência dramática dos atores em longos e emotivos diálogos. Confira o resumo:
[O TEXTO CONTÉM SPOILERS]
Episódio 6: Por Todo. Sempre
A introdução já foi em si uma prévia do tom do episódio final, um passeio pela história de Loki no MCU e também pela história da humanidade, num resgate de dores e afetos. Loki e Sylvie conseguem encantar Alioth mas acabam hesitando se abrem ou não o portal à frente dela. Essa oposição entre o fazer e o não fazer acompanhará os dois durante todo o episódio. Quando a porta se abre, Miss Minutes aparece e diz que Aquele Que Permanece (interpretado pelo sensacional Jonathan Majors) está impressionado com o que fizeram para chegar até ele. E oferece um acordo para que os dois sejam colocados na mesma linha do tempo sem grandes problemas.
Esse acordo significaria muito para os dois, considerando a aproximação dos dois. Mas é já nesse ponto que as coisas mudam. Enquanto Sylvie duvida da capacidade de Loki de caminhar junto com ela e quer destruir a AVT, Loki quer abandonar mudar suas atitudes e objetivos por um bem maior e para ter uma oportunidade de ficar com Sylvie. Quem diria.
Quando finalmente encontram Aquele Que Permanece, Sylvie tenta imediatamente matá-lo, o que logo se mostra bem difícil. Numa longa exposição, ele fala sobre a história dos dois. Desde o início da conversa, Sylvie e Loki se transformam em polos opostos. Enquanto Sylvie não se desliga de seu objetivo, que é se vingar, movida por seus traumas e emoções, Loki adota um tom mais conciliador, movido pelo arrependimento e pela oportunidade de fazer algo bom para si próprio. Aquele Que Permanece conta sua história, que é muito semelhante à do próprio Loki.
A bipolaridade Loki-Sylvie
O mais interessante de toda essa conversa é que, além de desenvolver muito bem quem é Aquele Que Permanece, traz consigo questões sociais e até políticas. Com a frase “ordem sufocante ou caos cataclísmico” temos uma alusão tanto ao momento de Loki e Sylvie quanto à bipolaridade do debate político da atualidade. Nessa pegada, ele tenta convencê-los que coisas terríveis precisam ser feitas.
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A divergência entre controlar o universo com a AVT ou destruí-la matando Aquele Que Permanece gerando o caos, leva Loki e Sylvie ao inevitável embate físico. E o confronto entre os dois só materializa essa polaridade. Enquanto Loki mais se defende do que ataca, Sylvie parte para cima dele com tudo para seguir com seu objetivo. E no jogo de confiança, Sylvie não confia em Loki enquanto ele confia em Sylvie, que consegue enganá-lo com um beijo e mandá-lo de volta para a AVT.
Na AVT não acontece muita coisa. Mobius confronta Ravonna que segue em busca de informações. Ela o deixa para trás levando tudo que encontrou. Enquanto isso, B-15 mostra a verdade sobre a AVT e Ravonna para outro minuteman (ou caçador). Na AVT, Loki demonstra toda sua decepção e tristeza. Mas se vê obrigado a agir rápido diante do ato de Sylvie que gerou ramificações na linha do tempo nunca vistas antes. Além disso, mais um duro golpe para Loki no fim do episódio. Mobius não se lembra de Loki e da amizade que construíram, se vendo sozinho mundo outra vez. Felizmente, tivemos uma história tão bem desenvolvida que a cena pós-crédito anuncia que a série foi renovada para a segunda temporada! O Deus da Trapaça tem mesmo seus esquemas.
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