O início do fim finalmente chegou; depois de anos acompanhando a franquia, os fãs vão poder ver o final sendo animado. “Attack on Titan”, que logo quando estreou em 2013 já se tornou um clássico absoluto, vai ao ar com a última temporada, que dará desfecho ao mangá concluído ano passado. Confira a seguir um resumo com spoilers do que rolou no primeiro capítulo de “Shingeki no Kyojin” (Finale — Episódio 1), disponível na Crunchyroll.
O estrondo
Não se poderia começar a falar da série sem falar de suas aberturas sempre icônicas. Dessa vez, “The Rumbling”, provável última opening, é a primeira com letra cem por cento em inglês, uma canção que mistura os vocais energéticos, comuns à maioria de suas aberturas, com picos solísticos de metal. Os versos por vezes chegam a ser literais e avisam ao telespectador: o estrondo está vindo.
Com uma horda de colossais começa e da mesma forma termina. Para quem acompanhou o mangá as referências estão gritantes, e com certeza vão fazer sentido no momento que for chegada a hora. Algumas revelações de enredo estão mais claras, com Annie finalmente descongelada — e por cômico que pareça, acompanhada dos versos “diga-me o que foi que eu perdi” — enquanto outras muito mais sutis, como a recorrência dos pombos e da árvore.
Existe, claro, margem para discussão aqui, mas uma interpretação possível é que ao passo que a abertura traz várias cenas com todos destruídos psicologicamente pela guerra — e as vezes física também: olá para o túmulo de Sasha — assumindo a voz da canção, “The Rumbling” em alguma medida ressoa muito como um grande desabafo de Eren, que nunca quis assumir essa posição de “rei” (inclusive antagonizar o irmão, vide segundo quinze em que estão com faces opostas).
Por fim, ao passo que Attack on Titan é uma obra sobre o ciclo da violência, a abertura dá vazão para entender que o anime seguirá por um caminho fiel ao mangá, uma sutil apologia a Eren Yeager — seja como o leitor preferir interpretá-lo. Ao mesmo tempo, o esmagar da borboleta pelo colossal pode ser o ponto da argumentação que teria faltado nos últimos capítulos para amarrar a história — afinal, anteriormente Isayama mesmo afirmou ter escrito sob pressão e expressado sua insatisfação por não ter conseguido entregar o final que queria.
Não há dúvidas que as coisas ficarão um pouco pesadas a partir daqui.
Batalha em Shiganshina… mais uma vez
A primeira cena se dá em clima chuvoso, com Hange encontrando Levi Ackermann completamente ferido ao lado de um titã caído. Mas Hange não está só: estando em cerco pelos Yeageristas, afirma que o capitão está morto, no entanto, Flosch se oferece para checar seu pulso, ao que Zoe parece hesitante em mostrar o corpo de seu capitão. Uma trombeta apocalíptica soa de repente: o titã ao lado começa não a derreter, mas a absorver a energia dos arredores, incluindo as nuvens de chuva, abrindo um dia ensolarado.
Zeke Yeagar se “destransforma” sem ferimentos, aparecendo ao grupo assim como veio ao mundo. Ele então explica que não sabe o que aconteceu, mas como se uma garota desconhecida — Ymir Fritz, a fundadora — reconstruísse seu corpo e que anos passaram diante de seus olhos, sugerindo que isso poderia ser obra dos “caminhos”. Quando menos puderam se dar conta, Hange havia aproveitado para fugir com Levi. Como os trinta titãs que Zeke transformara na outra temporada foram mortos por Levi, a única coisa que eles têm por fazer é se reunir com Eren.
“Nós apenas seguimos em frente, não é, Eren?”
Zeke Yeagar, Episódio 76, tradução própria.
Logo após a abertura, a cena corta para Shiganshina, com Eren na forma titã em luta contra Porco Galliard e Pick Finger. Gabi também está lá e quase é morta, não fosse por Pieck, que a salva e eventualmente se destransforma. Surpresa, pois até então acreditava que a titã cargueiro era uma traidora, a garota é confrontada pela colega a afirmar que embora não confie em Marley, ela confia em seus companheiros e não os abandonaria.
Aeronaves aparecem no céu: Theo Magath comanda o ataque aéreo que irá tentar botar um freio em Yeagar. Centenas de soldados pulam armados dos dirigíveis e entre eles está Reiner, o ás na manga dos Marleyanos. Pieck está aérea e Gabi chama sua atenção de volta, ao que a cargueiro solicita pela ajuda de Galliard, que arranca seu braço fora e a faz gritar de dor, se jogando do alto da construção. Finger retorna transformada e vem buscar Gabi para fugir. Galliard não dá conta de Eren sozinho.
Com a situação cada vez mais complicada, Yelena implora para que Eren se destransforme e fuja com eles, fazendo uma retirada estratégica. Eren não dá ouvidos e corre para o centro da cidade, onde Reiner está prestes a virar o Titã Encouraçado.
Ao que Reiner vai ao ataque, Yelena ordena para que seu exército vá em auxílio de Eren. Pieck leva Gabi a um local seguro e a dupla explica a Magath e Colt a situação: Falco está aprisionado e tanto ele quanto cerca de trezentos soldados ingeriram o fluído de Zeke, podendo ser transformados em titãs a qualquer momento. É levantada a hipótese do poder do fundador ser a carta na manga, mas como não foi utilizado até então, que devia haver uma condição para que esse fosse ativado.
Gabi então se lembra de escutar sobre Eren precisar de sangue real para seu plano. O grupo liga os pontos e deduz que Zeke seria esse alguém, precisando a todo custo barrar o encontro dos dois. Magath continua esclarecendo que o plano não é matar o Eren e procrastinar o problema, mas capturá-lo e dar fim a esse horror de dois milênios.
Enquanto a conversa rola, Eren está com problemas enfrentando Reiner e Galliard ao mesmo tempo, mas o protagonista dá um jeito e utiliza o poder do martelo de guerra para perfurá-los e se livrar o ataque… mas não por muito tempo. Pieck está na retaguarda com um canhão a atirar em Eren, libertando os outros companheiros.
Em contraponto, os Yeageristas chegam com seu armamento de enfrentar titãs, mas logo uma grande chacina ocorre quando os soldados dos dirigíveis repelem a ofensa inimiga e matam um a um. Eren está mais uma vez cercado, esperando quiçá um milagre para livrá-lo dessa situação.
A prisão dos aliados
Vendo a cena sem nada poder fazer senão contemplar o horror, Onyankopon foge em direção ao quartel general, onde ele liberta os opositores, incluindo os prisioneiros da tropa de exploração, Mikasa, Armin, Connie e Jean, implorando para que ajudem e impeçam o fundador de ser devorado. Mal a cela foi aberta e Connie voa no pescoço de Onyankopon, que tenta se explicar. Armin intervém e pede para que ouçam o que o homem tem a dizer.
Onyankopon argumenta não ter conhecimento até então do vinho, do plano de eutanásia, nem do exército de voluntários. Armin se recorda de uma fala do Yeagarista em seu primeiro encontro e diz confiar em suas palavras. O grupo se sente em um impasse, pois ainda que Armin seja uma força de liderança, caso ajudem Eren e Zeke os eldianos serão esterilizados, ao passo que se não o fizerem não haverá futuro para Paradis. Armin acredita que Eren está mentindo e tem boas intenções, pois isso seria contraditório com seu próprio discurso. Todos ficam em silêncio. A câmera então retorna para Eren, prestes a ser derrotado.
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