A representação feminina na televisão é um tema que felizmente tem ganhado cada vez mais destaque. Historicamente, as mulheres sempre foram retratadas de maneira estereotipada e limitada a papéis secundários, muitas vezes relegadas a personagens sem profundidade ou complexidade e outras vezes apenas com o objetivo de ser um interesse do protagonista. No entanto, ao longo das últimas décadas, vem acontecendo uma revolução na maneira como as mulheres são retratadas na televisão, com personagens ganhando cada vez mais destaque e sendo representadas de forma fiel e respeitosa.
Uma das principais características dessa revolução é a diversidade de papéis desempenhados por mulheres nas séries televisivas. Antes limitadas a arquétipos como a dona de casa, a femme fatale ou a sidekick do herói masculino, as personagens femininas agora ocupam uma gama muito mais ampla de papéis, desde protagonistas de ação até líderes políticas, cientistas renomadas, CEOs de sucesso e muito mais.
Séries como “Grey’s Anatomy”, “Orange Is the New Black”, “Scandal”, “Killing Eve” e “The Handmaid’s Tale” são apenas alguns exemplos que apresentam personagens femininas multifacetadas e complexas, que desafiam estereótipos e oferecem representações mais autênticas das mulheres na sociedade contemporânea.
“Grey’s Anatomy” e “Scandal” trazem protagonistas mulheres em funções super importantes (cirurgiã e assessora, respectivamente), e são duas séries criadas e produzidas por Shonda Rhimes, um dos maiores nomes da indústria televisiva nas últimas duas décadas.
“Killing Eve” também tem mulheres no comando na frente e atrás das câmeras com as brilhantes Sandra Oh e Jodie Comer protagonizando a série. O roteiro é da maravilhosa Phoebe Waller-Bridge.
Além da diversidade de papéis, também houve uma mudança significativa na forma como as narrativas abordam questões relacionadas à feminilidade, sexualidade e poder. Antes relegadas a subtramas ou temas secundários, essas questões agora são frequentemente exploradas de maneira mais profunda e sensível, proporcionando uma visão mais completa das experiências femininas.
Séries como “Big Little Lies”, “The Marvelous Mrs. Maisel” e “Fleabag” abordam questões como maternidade, relacionamentos abusivos, igualdade de gênero e auto aceitação de uma maneira que faz com que as mulheres se sintam representadas e ouvidas.
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“Fleabag”, também criada por Phoebe Waller-Bridge, é uma representação incrível do humor feminino, muito fiel do que é ser mulher na sociedade.
Além disso, é importante notar que essa revolução na representação feminina na TV não se limita apenas às personagens fictícias, mas também se estende aos bastidores. Cada vez mais, vemos mulheres assumindo papéis de destaque como showrunners, diretoras, roteiristas e produtoras, desempenhando um papel crucial na criação de histórias mais autênticas e inclusivas. Isso não apenas contribui para uma maior diversidade de perspectivas nas telas, mas também inspira uma nova geração de mulheres a seguir carreiras na indústria do entretenimento.
No entanto, apesar dos avanços significativos que podemos constatar, ainda existe muito caminho para percorrer. Ainda há uma falta de representação de mulheres de cor, mulheres LGBTQIA+ e mulheres com deficiência, que muitas vezes são marginalizadas ou estereotipadas. Além disso, persistem desafios relacionados à disparidade salarial, ao assédio sexual nos bastidores e à falta de oportunidades de avanço para mulheres em posições de liderança.
A revolução da representação feminina na TV é um processo contínuo. Ao mesmo tempo em que é possível reconhecer e celebrar as conquistas alcançadas, é importante continuar lutando por uma maior igualdade de gênero na indústria do entretenimento.
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