Parem as máquinas! Lançado nessa quinta (27), Romantic Killer é o mais novo anime exclusivo da Netflix, um original produzido para a plataforma. Seja você alguém que apenas simpatia pelo gênero, ou um fanático das comédias românticas, esse autor que vos fala — pós-doutorado em shoujo ruim — irá te falar: é bom ou é bomba?
O amor não é fácil para os otakus
Se tem algo que apela ao público otaku é a autoidentificação por um protagonista fissurado por anime/mangá/games/BL, que invariavelmente leva a situações de perfeito desastre — o estereótipo de um público sem semancol e antissocial. Tanto nos mais queridinhos — como Wotakoi — quanto nos nem-tão-consenso-assim — como Gamers! — isso já é um clichê até enjoativo.
O que fazer para criar uma quebra de expectativas, então?
Em Romantic Killer a heroína Anzu Hoshino é uma estudante normal: ela ama seu gato, chocolate e jogar vídeo-game o dia todo. Por causa disso, não tem nenhum interesse em garotos que não sejam 2D. Quando jogando um estranho simulador de relacionamento, uma criatura chamada Riri surge da tela de seu monitor para virar sua vida de cabeça para baixo.
Enquanto Anzu não encontrar um romance, Riri fará que tudo conspire em sua vida para transformá-la em protagonista de jogo de romance: suas paixões — até seu gato! — serão confiscadas, seus pais se mudarão para os EUA e, a contragosto garotos bonitões vão esbarrar no seu caminho, literalmente.
Para sabotar os planos dessa entidade quase diabólica, Anzu lutará bravamente para resistir à suas tramoias; tudo para ter seu velha rotina de volta. No seu caminho? O gentil popular de coração gelado, O apaixonante amigo de infância, O audacioso ligado-no-220v.
Plot device ridiculamente agradável
E se o recurso do acaso, que faz com que mocinhas desastradas esbarrem nos seus paqueras, fosse um personagem… imparável? Riri pode não ser exatamente uma novidade de roteiro, porém é uma surpresa agradável: consciente da própria palhaçada, o anime brinca com os clichês de forma irreverente, sem tornar algo mais sério do que deve ser, revisitando-os como se fossem novos.
Sozinha em casa, a primeiranista irá lidar com desde terríveis baratas, quanto inundações na casa do mocinho — que, claro, vão obrigá-lo a passar a noite em outro lugar. A trama é um grande trem desgovernado, e a audiência não sente o peso disso — pois é convencida a aceitar a galhofa.
Um sucesso da Jump+
Adaptado de obra homônima em mangá, Romantic Killer está disponível na Netflix no formato dublado e legendado. Originalmente, a obra foi publicada na plataforma LINE Manga, mas seu autor Wataru Momose conseguiu que a mesma fosse serializada pela famosa Shounen Jump+.
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