Os trabalhos no palco Skyline do Festival The Town começaram com a apresentação da roqueira Pitty, que veio com um show para comemorar os 20 anos de seu primeiro álbum: “Admirável Chip Novo”. De início, a cantora baiana até que animou o público, principalmente seus fãs, com os hits que a levaram, no passado, ao estrelato, mas devido ao tempo curto de apresentação, cerca de uma hora apenas, e a pouca interação com a plateia, o resultado foi apenas morno.
A animação inicial citada acima foi quando ela cantou a música que dá nome ao álbum e outras como “Teto de Vidro”, “Semana que vem” e “Máscara”. Nesses momentos, o público se animou, já que são obras imensamente conhecidas pelo fato de terem sido tocadas incessantemente nas rádios durante os anos 2000. O problema é que em vários momentos, Pitty preferiu encenar e dançar para as câmeras, além de ficar no fundo do palco, se afastando da multidão que estava lá para vê-la.
Outro fator que prejudicou a apresentação foi o mau ajuste do som, que fez com que a voz da cantora fosse abafada pela potência das guitarras e baterias. Portanto, se as suas letras não fossem massivamente conhecidas, seria difícil compreender o que saía da boca da artista.
Já no finalzinho do Show, quando se esgotaram as faixas mais conhecidas de “Admirável Mundo novo”, ela soltou “Na sua estante” do álbum “Anacrônico” (2005) e “Me adora” do “Chiaroacuro” (2009). Neste ponto, ela começou a falar mais com a plateia e até organizou animadas rodas de bate cabeça. No entanto, não foi o suficiente para afastar a sensação de que tudo seria melhor se a apresentação tivesse pelo menos mais 30 minutos.
Pode-se dizer então que Pitty levou os fãs no banho-maria até quase perto do final de seu show no Festival The Town, para então elevar as expectativas e desligar o microfone quando todo mundo esperava a catarse.
