Não há como negar: na vida, quase todo mundo já viu algum projeto de Jim Carrey. Mais conhecido por seus personagens bonachões, como “O Máscara” e “Debi & Loide”, o ator também atuou em “dramédias” (um conceito que mistura drama e comédia em um mesmo filme) como “Brilho Eterno de Uma Mente Sem Lembranças”; “O Show de Truman – O Show da Vida”; Sim, Senhor, e até mesmo se enveredou no suspense com “Número 23”.
Ele faz, sem dúvidas, parte da infância e adolescência de muita gente que nasceu em meados dos anos 90. A figura divertida e o jeito bobalhão deu muito pano para bons longas, mas também existem muitas coisas ruins entre seus projetos. Para cada Todo Poderoso, existe um “As Loucuras de Dick e Jane”, para cada “O Mentiroso”, há um “Os Pinguins do Papai”. Mas, pode se dizer com segurança que Jim Carrey deixou seu nome marcado no cinema e será sempre lembrado com carinho.
Por seus papéis cômicos, Carrey sempre teve fãs e os mais variados defensores mundo afora. Gente que segue seu trabalho e defendem a pessoa que ele é não são difíceis de se encontrar. O ator sempre apareceu muito educado e suas caras e bocas arrancam gargalhadas antes mesmo que ele resolva contar uma piada. E, ainda que ela seja ruim, provavelmente no final terá o mesmo efeito: a platéia vai rir e comentar como o ator é um ótimo comediante.
Com uma vasta carreira que começou nos anos 90, como muitos atores de sua geração com papéis pequenos, o ator foi visto quase que anualmente no cinema até muito recentemente. Basicamente, todo verão norte-americano – para brasileiros, todo inverno – tinha um filme dele estreando. Normalmente, grandes produções são reservadas para estrear na época mais quente do ano no hemisfério norte porque é quando o público está de férias e vai ao cinema.
Mas, há algum tempo, o ator tem diminuído consideravelmente suas aparições, chegando a não ter nenhum filme lançado desde 2015, quando “Debi & Lóide 2” chegou aos cinemas. A vida pessoal dele, nesse período, passou por um turbilhão ao perder uma ex-namorada, que Carrey considerava uma grande amiga. Ele foi visto no enterro bastante triste e sentido pela perda. Lidando com o processo de luto, segundo a imprensa americana, acabou com uma forte depressão, o que fez com que fugisse de todo fator celebridade e fama (aquele que expõe atores a fofocas e paparazzis) que sempre esteve envolvido por causa de sua carreira como ator.
Ao mesmo tempo que as pessoas o respeitaram, também se preocuparam. O ator aparecia abatido e desgastado, como se tivesse perdendo uma dura batalha. Mais algum tempo de reclusão até que, finalmente, no começo de agosto ele apareceu em um pequeno documentário sobre sua nova face artística: a pintura. No curta “Jim Carrey: I Needed Color” é possível ver o ator criando e pintando, mostrando um novo lado até então desconhecido e muito sensível.
Porém, a sensibilidade de Carrey não é tão desconhecida assim. O ator já demonstrou ser uma pessoa com uma alma extremamente boa e profunda, mas que acabava deixando isso escondido por trás do carisma e do senso de humor. Porém, se alguém tivesse o interesse de saber um pouco de sua história, poderia acabar encontrando alguém que dedicou-se a mãe, a família e as pessoas que se divertiam com seu sorriso.
O documentário foi um projeto maravilhoso para quem estava preocupado com seu “aparente” sumiço, que nada mais era que umas boas e merecidas férias. Depois de muitos anos atuando, ele se deu a oportunidade de descobrir-se, encontrar-se, e aproveitou tanto quanto podia. O documentário mostra ele divagando sobre sua vida, enveredando por este novo mundo e chegando a descoberta de que precisava de cor para viver. O filme é curto, mas sensível. Mostra que Carrey está tornando-se aquilo que provavelmente sempre quis ser, mesmo que não soubesse. Se antes havia uma pequena preocupação sobre sua saúde, agora há uma chama de esperança porque parece que tudo ficará bem.
Não há como prever e dizer que Jim Carrey voltará a atuar em algum projeto futuro, mas ele ainda tem filme a lançar e poderá ser visto em “The Bad Batch”, filme com Jason Momoa e Keanu Reeves, sem data prevista para estrear. Aos fãs resta só esperar, afinal, quem não ama Jim Carrey?
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