A satisfação e o debate criados pelo “simultâneo”
Show anunciado, data confirmada, empolgação a mil. Mas detalhe, será em outra cidade. A data caiu justamente em um dia com compromisso marcado. Vai ser impossível chegar no horário anunciado. Tem ainda o fator custos. Pode ser o show dos sonhos ou o festival da vida, mas se irá acontecer em um momento de crise financeira, nada feito. Bate a depressão e o desânimo toma conta. Mas, nos últimos tempos, uma solução plenamente cabível e possível apareceu: a transmissão ao vivo das apresentações pela televisão ou internet.
A transmissão ao vivo de shows e eventos satisfaz os espectadores que não puderam estar presentes naquele local. Isso gera uma fidelização desse público ao canal. Esse formato ainda amplia o alcance daquela programação. Claro que nada substituirá a sensação de estar presente de corpo e alma no evento, mas a presença remota já é um grande passo.
Saber o que está rolando no evento no mesmo instante de quem está fisicamente lá é instigante. Quebrar essa barreira da presença física com o uso da tecnologia é um recurso poderoso. Além da fidelização de audiência, programações como essa aumentam o engajamento do espectador. A avalanche de comentários nas redes sociais e a repercussão no círculo social e grandes mídias é um marketing importantíssimo para quem transmite. Assim, canais de televisão e internet garantem a permanência de seu público durante aquele período, estabilizando o nível de audiência. Essa estabilidade amplia as possibilidades econômicas daquele horário. Ou seja, a satisfação e a realização se proliferam para todos os lados envolvidos.
O artista também é um grande beneficiário desse formato. A divulgação de seu trabalho se dá para um número ilimitado de pessoas. Ao mesmo tempo, o público presente no local direciona o espetáculo como termômetro da apresentação. Porém, por mais vantagens que a transmissão ao vivo tenha, alguns artistas ainda se recusam a liberá-la ou a limitam.
Há casos como o show do Eminem, no Lolapalloza Brasil 2016. O rapper não autorizou a transmissão de seu show, revoltando alguns fãs, mas dividindo opiniões. Aliás, o festival Lollapalloza Brasil já teve alguns casos como esse.
Outro exemplo foi o da equipe da cantora Ana Carolina. A assessoria da artista divulgou um comunicado em agosto desse ano proibindo a gravação de áudios e vídeos das apresentações, bem como a transmissão ao vivo. A alegação foi a dos direitos autorais. A atitude também gerou uma discussão nas redes sociais.
Ultimamente, grandes festivais de música são transmitidos pelos canais de televisão e ganharam destaque nas lives da Internet. Um grande e recente exemplo é o festival Rock in Rio que há anos tem transmissão ao vivo realizada pelos canais GloboSat, especialmente pelo canal Multishow.
Além dos grandes festivais, canais segmentados de música estão investindo na transmissão de shows menores e pontuais. Caso da transmissão ao vivo da gravação do DVD do Trinca de Ases realizada pelo Multishow. No dia 25 de novembro os espectadores do canal acompanharem ao vivo a gravação que estava acontecendo no Espaço das Américas, em São Paulo.
No último final de semana, entre os dias 1 e 3 de dezembro, o Multishow e o BIS (ambos do grupo GloboPlay), fizeram a transmissão do Festival Combina MPB. O evento foi realizado em Salvador, mas teve repercussão mundial graças a essa possibilidade de transmissão. Nesse caso, o canal BIS fez a transmissão na íntegra, enquanto o Multishow exibiu apenas as apresentações principais de cada noite.
Outra vantagem de acompanhar os shows e eventos pela transmissão ao vivo são os comentários de especialistas. Na maioria dos casos, os canais de transmissão convidam conhecedores do assunto para pontuar, destacar e contar curiosidades sobre aquele artista, aquela apresentação. Essa é uma forma de acompanhar o espetáculo com noções do que de fato está acontecendo. Diferente de assistir diretamente do local, onde a diversão é garantida, mas o aproveitamento é outro.
Essa prática também é um incentivo à realização de novos eventos. Nessas situações, o espaço publicitário, por exemplo, é amplamente valorizado. Seja em mídias físicas no próprio evento ou ainda durante os intervalos comerciais da transmissão. Por ter um alcance ilimitado, esse formato de conteúdo abrange a satisfação de marketing, de público e de artista.
Por Helena Ometto
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