Vampiros talvez sejam o tipo de monstro mais utilizado na história do cinema, por inúmeros motivos. Podem ser charmosos, ameaçadores, ter vários tipos de formas e versões e também pode ser adicionado qualquer tipo de mitologia para os antecedentes deles. Quase todo mundo já viu um filme de vampiro e tem algum que defenda como seu preferido desde Edward Cullen até o Nosferatu. Por isso, essa lista traz 5 sugestões de filmes de vampiros que conseguem entreter qualquer fã desses chupadores de sangue.
5 – Drink no inferno (1996)
Filme de Robert Rodriguez que acompanha dois fugitivos da cadeia que sequestram uma família até um bar na fronteira do México. Lá chegando, descobrem que o lugar está cheio de vampiros.
Por que vale a pena assistir?
O filme é recheado de diálogos incríveis bem no estilo que o Tarantino gosta de escrever (o roteiro é dele). O elenco é muito bom e também tem os velhos clichês do gênero de vampiros, apresentados de forma que você nunca antes imaginou, como água benta em bexigas de camisinha ou uma estaca britadeira. Se esse filme pode ser resumido em poucas palavras seria: “Uma orquestra de absurdos em que vampiros tocam a música”.
4 – Deixe ela entrar (2008)
Um garoto tímido, (Oskar) que sofre bullying na escola acaba fazendo amizade com uma menina (Eli) que se muda pra sua cidade, junto com um senhor de idade. Tudo parece normal, até que se descobre que o homem em questão mata pessoas para recolher o sangue das vítimas para alimentar a menina.
Por que vale a pena assistir?
O filme é muito íntimo e traz um conflito muito interessante com seus personagens. A vampira em questão Eli, percebe que seu guardião já está velho e não o terá por perto por muito mais tempo e precisará substituí-lo, então a questão é trazida à tona, será que Oskar poderá preencher essa lacuna? O garoto tem características muito peculiares, gosta de ler sobre assassinatos e tem falas que até poderiam amedrontar pessoas no meio de suas brincadeiras solitárias, como “Grite como um porco” no momento que esfaqueia uma árvore. Essa obra do cinema sueco realmente vale a pena ser vista para o espectador conseguir acompanhar a evolução do laço entre esses dois personagens que tanto fogem do comum.
3 – Vampire Hunter D. (2000)
Animação japonesa que é a continuação de um anime dos anos 1980, conta a trajetória de um caçador que atende pelo nome de “D.”, é um meio vampiro que foi contratado para resgatar uma jovem que aparentemente foi sequestrada por um vampiro chamado “Meier Link”. Durante o enredo o espectador descobre que não foi um sequestro, os personagens em questão se encontram apaixonados e querem fugir para o espaço, onde acreditam que ficarão a salvo de todos que podem atrapalhar seu amor.
Por que vale a pena assistir?
Essa animação, mesmo que seja constituída de vários clichês de romances vampirescos, consegue ser graficamente surpreendente, com ótimas cenas de ação e personagens secundários que conseguem fugir bem do comum, tanto o “D” como outros caçadores que aparecem tem habilidades muito interessantes que acabam trazendo cenas que o espectador acaba guardando na memória.
2 – Drácula de Bram Stoker (1992)
Adaptação do livro que é o pilar fundamental da ideia de vampiro moderno, dirigida pelo Francis Ford Coppola, conta a história de Drácula que vai para Londres vitoriana, onde acaba encontrando a reencarnação de sua amada que morreu tragicamente muitos séculos antes.
Por que vale a pena assistir?
Drácula de Bram Stoker é mais que um filme de terror banhado em vários litros de sangue, consegue ser um romance que divide a opinião de quem assistir no decorrer do seu enredo. O personagem que é apresentado como sanguinário e cruel, também pode ser visto como um amante torturado pela saudade do amor que já foi sentido séculos atrás. Hora a torcida pode ser pela morte do personagem e em certo momento ele até pode cativar o público e fazer com que o mesmo queira que ele saia vitorioso.
Coppola foi muito delicado na elaboração desse filme, já que ele optou por uma estética bem fora de seu tempo, com efeitos visuais que lembrassem o início do cinema, para assim homenagear a época retratada, na qual foi a mesma que a sétima arte do cinema acabou tendo seu início.
1- Amantes Eternos (2013)
Um casal de vampiros que se amam, porém que se encontram em continentes diferentes, tendo um oceano de distância entre eles. São mais que apenas dois vampiros, são os primeiros de sua raça. Eles podem viver nas sombras, mas acabam mostrando no decorrer da história (quando se encontram e relembram das coisas que viveram) que influenciaram as mentes que mais brilharam no decorrer da história da humanidade. Um romance contemplativo, com personagens muito estranhos que conseguem ser extremamente carismáticos.
Por que vale a pena assistir?
É um filme claramente inspirado em Sandman e nas obras de Neil Gaiman, apresenta vampiros de forma nova, que estão cansados da cultura pop (que eles mesmos contribuíram para elaboração). A atmosfera de solidão é contínua, mesmo quando os personagens estão juntos e se amando, a fotografia escura, trilha sonora nada convencional e o ritmo lento contribuem para isso.
Os personagens são intelectualizados e virtuosos e parecem estar deslocados no tempo a todo mundo, desde quando falam de seu legado até a hora que sofrem para se alimentar, já que são reféns do medo das doenças que a humanidade carrega, eles tem que recorrer a comprar bolsas de sangue em hospitais no meio da noite ao invés de caçar como era feito em outros tempos.
O casal protagonista olha a humanidade com um desinteresse constante, ao contrário da maioria dos filmes do gênero, onde o vampiro costuma sempre querer seduzir o humano ou despertar qualquer outro sentimento do mesmo, aqui os monstros noturnos querem passar despercebidos porque não conseguem ver nada de interessante na atenção que a humanidade possa lhes dar.
Gostou das dicas? Tem mais filmes de vampiros que você acha que poderia estar nessa lista? Nos conte, adoramos esses chupadores de sangue e se vocês quiserem ler mais sobre eles, vamos continuar escrevendo sobre esses monstros que tanto gostamos de assistir.
Por Fernando Targino
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