Em Novembro, a ONU define diversas datas relacionadas a lutas contra a violência e a intolerância – como o Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra a Mulher (25) e o Dia Internacional para a Tolerância (16) . No Brasil, temos o Dia da Consciência Negra (20). Mais do que celebrações, estas datas tem como objetivo uma conscientização que não seja apenas momentânea. Confira abaixo cinco filmes que levantam o debate contra as opressões nos 365 dias do ano.
1.Cinco Graças, de Deniz Gamze Ergüven
Num vilarejo no norte da Turquia, a vida de cinco irmãs vira de cabeça para baixo depois que o grupo é visto brincando numa praia com alguns meninos do colégio. A cena escandaliza os vizinhos e as garotas passam a viver trancafiadas em casa pela avó e o tio opressivo, sem contato com o mundo exterior e sofrendo casamentos forçados. O longa de estréia da diretora Deniz Gamze Ergüven mostra as consequências devastadoras do machismo – que não se limita à Turquia – sem perder a delicadeza, expressa no relacionamento das irmãs e na trilha sonora assinada por Warren Ellis.
2.A 13ª Emenda, de Ava DuVernay
Como indica o título, o documentário lançado recentemente pela Netflix se baseia na emenda responsável pela Abolição da Escravatura nos Estados Unidos para mostrar a relação cruel entre o racismo e o sistema carcerário do país. Entrevistando professores, advogados e ativistas – como a filosofa e militante Angela Davis – a cineasta Ava DuVernay (diretora de “Selma”) cria um panorama histórico que vai até os dias atuais – incluindo a última eleição presidencial do país – para desvendar a reinvenção do racismo, que culmina numa cultura de medo e encarceramento de negros, latinos e imigrantes.
3.Hotel Ruanda, de Terry George
O filme é baseado na história de Paul Rusesabagina (interpretado por Don Cheadle), gerente de um hotel de luxo que abrigou centenas de refugiados Tutsi durante o genocídio em Ruanda, em 1994. Na ocasião, mílicias hutus – grupo étnico majoritário no país – promoveram um massacre contra os Tutsi – minoria étnica, que durante anos, oprimiu os hutus. Além de uma história humanitária, o filme é um retrato das consequências do Imperialismo e do descaso que Ruanda e os outros países africanos sofrem das potências mundiais.
4.Em Nome do Pai, de Jim Sheridan
Segunda colaboração de Jim Sheridan com o ator Daniel Day-Lewis, “Em Nome do Pai” é baseado na história de Gerry Conlon, jovem norte – irlandês que passa 15 anos na prisão, acusado injustamente de participar de um atentado do IRA (Exército Republicano Irlandês) na Inglaterra, em 1974, no célebre caso dos “Guildford Four”. A única esperança para Gerry e seu pai – também preso- é a advogada Gareth Peirce (Emma Thompson), que precisa enfrentar uma conspiração da polícia inglesa para libertá-los. A atuação tocante de Day-Lewis dá um rosto ao conflito entre a o IRA e o Reino Unido, que se arrastou até 2005, com o desmantelamento oficial do grupo paramilitar.
5.Incêndios, de Denis Villeneuve
Antes de ficar conhecido por seus filmes “Os Suspeitos” e “Sicario – Terra de Ninguém”, o canadense Denis Villeneuve realizou “Incêndios”(foto em destaque), que acompanha a jornada dos gêmeos Jeanne e Simon , para realizar os últimos desejos de Nawal, sua mãe recém-falecida. Ao voltarem para a terra natal de Nawal, a dupla desvenda todo o passado trágico da família. Embora devastador, o longa é uma fábula emotiva e sincera sobre a capacidade humana de superar as mais terríveis violências, através do amor pelo outro.
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