Sabe aquela nostalgia que bate quando algo te faz lembrar os belos anos de inocência, quando sua preocupação era apenas brincar e deixar a imaginação correr solta? Pode ser através de um cheiro, de uma comida, uma imagem… são infinitas as possibilidades. Uma delas, no entanto, é uma das formas mais gostosas de se voltar no tempo: A leitura.
Os livros que lemos nessa fase onde começamos a ter certa autonomia no mundo literário ganham maior importância quando podemos nos identificar com o personagem, que costuma ter mais ou menos a nossa idade e vive os mesmos dilemas que só uma criança conseguiria entender. Que tal embarcar numa viagem ao passado através de algumas leituras da infância?
Bem do seu tamanho (Ana Maria Machado)
É bem difícil entender os adultos às vezes. E Helena, protagonista do livro “Bem do seu tamanho”, sabia bem disso. Seus pais aparentavam ter uma grande dificuldade para definir qual era o seu tamanho. Para nadar na parte funda do rio ou ficar ouvindo a conversa de adultos, ela era pequena. Para ajudar nas tarefas de casa quando queria continuar brincando, ela era grande. Afinal de contas, ela era grande ou pequena? Helena estava determinada a descobrir. Por isso, parte na companhia de Bolão, seu boi de mamão, em uma viagem em busca de respostas, fazendo novos amigos e novas descobertas pelo caminho.
Abobrinha quando cresce (Carlos Queiros Telles)
Que tal ser iniciado na poesia de uma forma muito bem-humorada? É o que acontece ao ler “Abobrinha quando cresce” (viu só? Até rimou!). O livro reúne vários poemas divertidos que retratam diversas situações do cotidiano da criança. “Papai papaia comprou”, “Meu pé a galinha sujou”, Chorei de medo do escuro”, “Briguei com o mano capeta”, são vários versos que te divertem só de ler o título. Com certeza quem leu na infância sabe pelo menos um ou dois versos desse livro.
As cores de Laurinha (Pedro Bandeira)
Ah, Pedro Bandeira, muitos adultos de hoje devem te agradecer mentalmente pela simples menção do seu nome. Esse autor fez (e continua fazendo) parte da infância, pré-adolescência e adolescência de gerações.
Em “As cores de Laurinha”, é impossível não se identificar com essa garotinha que se vê às vésperas do dia das mães e se entristece por não ser adulta ainda para poder trabalhar e ter dinheiro para comprar um presente. É aí que ela tem uma ideia genial. Laurinha gosta de desenhar, então, porque não vender seus desenhos para arrecadar o dinheiro? Essa ideia rende uma história deliciosa de se ler, com direito à uma conversa entre Laurinha e seus lápis de cor.
A Terra das coisas perdidas (Carlos Augusto Segato)
Esse é para exercitar bem a imaginação, coisa que criança sabe fazer como ninguém. Em “A terra das coisas perdidas”, nos unimos à Marcelinho e Joel, dois meninos de 8 anos de idade com energia e imaginação de sobra, que adoram brincar no quintal cheio de quinquilharias do professor Cataventi, um inventor meio maluco que mora na última casa da rua Bem-te-vi, que termina em um misterioso muro alto. O muro gera várias especulações sobre o que pode ter do outro lado, o que desperta certo medo nas crianças. Um dia, porém, o professor desaparece e os dois meninos resolvem tomar coragem e pular o muro para desvendar o sumiço, jamais imaginando que seriam transportados para a terra das coisas perdidas.
O céu é um espelho lá longe (Guilherme Cunha Pinto)
Sabe as Três Marias, aquelas três estrelas para as quais você apontava sem medo de nascer uma verruga no dedo? Pois é, imagine que elas são três irmãs estrelas que pegam uma carona no cometa Halley para ir à uma festa. O problema é que o Sol também deu as caras por lá e resolveu se apaixonar por uma estrela e fugir com ela. E agora?
Isso você irá descobrir em “O céu é um espelho lá longe.”
Vamos te contar um segredo: Essas histórias são ainda mais gostosas de se ler depois de grande, então, não tenha medo nem vergonha de embarcar novamente na literatura infantil.
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