Ontem eu assisti “A Chegada”, que é um filme de ficção científica dirigido por Dennis Villeneuve que estreou no Brasil no dia 24 de Novembro desse ano. O filme conta a história da Dra. Louise Banks (interpretada maravilhosamente por Amy Adams), que é uma conceituada professora e estudiosa de linguística recrutada para tentar decifrar a língua dos aliens que chegaram, pairando com suas naves em 12 pontos do globo.
A primeira vista, o filme parece um novo Independence Day (o que não é nenhum problema, na minha opinião, já que eu amo esse filme), mas a premissa vai muito além disso. Como não é minha função nessa coluna fazer uma resenha do filme (se você quiser saber mais, pode clicar aqui) venho contar algo que descobri depois de assisti-lo: ele é baseado em um conto, escrito por Ted Chiang e publicado pela primeira vez em 1998.
Isso não é muito comum. Normalmente, o que nós mais vemos nessas histórias de filme-que-vira-livro-que-vira-filme são histórias atuais, recém-publicadas, que fazem um grande boom no mercado literário e acabam tendo os direitos comprados para adaptações – que geralmente são feitas rapidamente, para aproveitar a fama (por exemplo, Como Eu Era Antes de Você). O caminho inverso também funciona: filmes que fizeram um sucesso absurdo e que tem livros lançados “inspirados” na história (veja Animais Fantásticos e Onde Habitam, por exemplo).
Esse conto foi publicado originalmente em 1998, veja bem! Adormecido desde então! Ele se chama História da sua vida (Story of Your Life, no original) e faz parte de uma coletânea. No Brasil, a coletânea chegou às prateleiras das livrarias na primeira quinzena de novembro, chamando-se História da sua vida e outros contos – lançado pela Editora Intrínseca. Sabendo bem como aproveitar a onda do filme, a editora ainda fez um campanha de marketing, envolvendo o livro com uma pequena jacket com a foto do filme.
Pois bem, gostei tanto do filme que fui atrás do livro! A coletânea contém os seguintes contos: a torre da Babilônia, Entenda, Divisão por zero, História da sua vida, Setenta e duas letras, A evolução da ciência humana, O Inferno é a ausência de Deus e Gostando do que vê: um documentário.
Eu ainda não terminei de ler a obra, mas já estou considerando-a extremamente interessante. Todos os contos que eu já li me deixaram com uma forte sensação de “quero mais” e aquela certeza de que era possível escrever até um livro de cada uma daquelas histórias. A maioria dos contos tem um final um pouco aberto – o que eu amo. Acho que o livro vale até para quem não é fã de narrativas de ficção científica (eu não sou muito, por exemplo), mas fica a ressalva: como grande parte desse tipo de narrativa, a escrita tende a ser um pouco cansativa.
Por Clara Savelli
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