Em 2016, “Tomb Raider” completou 20 anos de existência neste planeta! Enquanto duas décadas de Lara Croft podem fazer a gente pensar na idade, a personagem mais icônica dos games pôde aproveitar do privilégio de não envelhecer tanto, sofrendo em 2013 um reboot – tecnologia ainda não disponível para meros seres humanos como nós. O recomeço foi bem-vindo, principalmente devido ao pouco sucesso que a série vinha fazendo, bem diferente do que víamos em seu surgimento na segunda metade dos anos 90.
Vamos relembrar a trajetória – nos jogos e nos cinemas – da heroína mais conhecida do universo gamer! Como a história é longa, dividimos em duas partes. Primeiramente vamos conferir a “Lara Clássica”, falando dos lançamentos até 2003.
A revolução e o sucesso de Tomb Raider nos anos 90
O primeiro game, “Tomb Raider”, foi lançado em 1996, para PC, Machintosh e PlayStation 1, revolucionando para sempre os games de ação e aventura. Gráficos e jogabilidade inovadoras – lembrando a vocês que estamos falando dos anos 90 – além de uma história envolvente, aliada a animações e trilha sonora acima da média que garantiram o sucesso absoluto do título.
Além dos recursos tecnológicos, tão incomuns naquela época, o jogo também chamava a atenção por ter uma mulher como protagonista. Enquanto cabe às mulheres, gamers ou não, discutirem o quanto a arqueóloga mais famosa da cultura pop significa e representa, é impossível não mencionar o impacto que ela causou na mídia.
O sucesso rendeu sequências nos próximos anos, como “Tomb Raider II: The Dagger of Xian” (1997), “Tomb Raider III: The Adventures of Lara Croft” (1998) e “Tomb Raider: The Last Revelation” (1999).
Entre cada título, haviam graduais melhorias gráficas, gerando jogos cada vez mais belos (repetindo: para padrões da época), e sempre mantendo os elementos que fizeram do primeiro TR um sucesso: exploração de fases ao redor do planeta, tumbas, cidades perdidas e metrópoles, enfrentando inimigos humanos, animais selvagens ou até criaturas sobrenaturais.
Os TR’s clássicos nunca foram considerados necessariamente violentos, apesar de Lara aparecer sempre equipada com suas pistolas, além de contar com um arsenal cada vez diverso. O curioso, na verdade, era como uma arqueóloga sempre matava dinossauros e outras espécies raras que apareciam em seu caminho, bem como as tumbas destruídas…
A Decadência de Tomb Raider
Lançado em 2000, “Tomb Raider Chronicles” era, de fato, como um game da década anterior a seu surgimento. Apesar de haver uma típica e discreta melhoria em mecânicas e gráficos, o gênero de ação e aventura já haviam evoluído bastante, tornando a “Fórmula TR” ultrapassada. Além disto, “Chronicles” era curto demais, com história pouco inspirada, além dos bugs e do som e dublagens de qualidade abaixo da média. O título não emplacou com a crítica, tampouco com os fãs.
Depois de cinco lançamentos anuais (além das expansões lançadas para os três primeiros games), a série entraria pela primeira vez num sério processo de reformulação. Somente em 2003 (após dois spin-offs para o portátil “Game Boy Color”, em 2001 e 2002), é que seria lançado o novo título na franquia principal.
“Tomb Raider: The Angel of Darkness” foi marcado por uma história mais sombria, envolvendo um serial killer, e uma Lara Croft injustamente acusada pelo assassinato de seu mentor, mais fria e distante dos seus dias felizes de exploração de tumbas. Pela primeira vez, vemos uma tentativa de humanização da lendária personagem – o que havia sido apenas sugerido em “Last Revelation”.
Primeiro game da geração PS2, teve gráficos superiores aos anteriores, além de finalmente haverem mudanças significativas na jogabilidade: um discreto sistema de melhoria de algumas habilidades de Lara e a possibilidade inédita de controlar outro personagem.
“Tomb Raider: AOD” deveria ser o primeiro de uma trilogia que marcaria uma nova fase. Infelizmente, ela nunca aconteceu, tornando-se um fracasso comercial e de crítica. Há rumores fortes de que os inúmeros defeitos e inconsistências no design de fases é resultado de um desenvolvimento apressado e marcado por prazos que prejudicaram o produto final. É claro que videogames são, no final do dia, um negócio. Mas foi uma pena ver uma reformulação que poderia servir bem à uma personagem tão querida nos games dar errado por causa de negócios.
Com dois fracassos seguidos, muitos se perguntavam se os dias da já consagrada franquia estavam contados. No entanto, a série voltaria com tudo, alguns anos depois. Essa história fica para semana que vem, neste mesmo dia, nesta mesma página e horário! Vamos falar na segunda e última parte sobre a trilogia Legends que ainda deu uma sobrevida para a “Lara Clássica”. Também abordaremos as adaptações de Tomb Raider ao cinema e seu bem sucedido ressurgimento em 2013.
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