Muito mais que “Tower of God” e “Beleza Verdadeira”, entenda por que eles são tão influentes dentro e fora da internet
A Revolução das Webtoons já trouxe seus efeitos definitivos para a indústria. Fizemos um apanhado histórico do que porquê essa mudança veio para ficar, e como é que esses títulos vem atraído tantas multidões.
Uma nova forma de consumir
Elas não são uma novidade há mais de uma década, mas para o público ocidental foi só em anos recentes que vêm recebido aclamação popular. As Webtoons são como os clássicos mangás, mas possuem uma outra lógica na forma de consumir, e isso explica em partes seu apelo crescente com o público ocidental.
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Enquanto os mangás são lidos da direita para a esquerda e pensados para o formato de revistas, as Webtoons são formatadas para a leitura em celulares — embora funcionem igualmente bem por computador — a lógica é a do scroll; arrastando a página para baixo para uma nova cena, bem como a leitura na ordem da esquerda para a direita, mais confortável para falantes de línguas europeias, como inglês e português.
Pode parecer pouca coisa, mas quem estuda arte e/ou trabalha com essas formas de entretenimento sabe que o formato faz toda a diferença. O mangá é feito para a revista, e as páginas são pensadas para causar impacto de uma forma específica, já tendo em mente que os olhos do leitor vão escapar e ver os painéis do lado, criando vez ou outra páginas especiais duplas, mostrando cenas de destaque.
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As Webtoons são diferentes: ainda é possível pensar em páginas de destaque, como os mangás, mas cada scroll é uma construção de suspense única, com painéis de transição que brincam entre as cenas. Na hora de formatar para versão física, porém, a história é outra, e os editores precisam pensar — embora hoje não seja grande novidade — em formas fora do tradicional para adaptar a obra para um meio a princípio inapropriado.
Este não é um formato exclusivamente coreano, embora tenha se popularizado através do sucesso de títulos do país. Autores anglófonos (como “Lore Olympus”), japoneses (“ReLife”), chineses (“Here U Are”), de tantas outras nacionalidades vêm experimentado na arte, que quase sempre acompanha plataformas amigáveis à leitura em interface mobile. Apoiar os autores fica mais fácil, seja por doações ou pela compra de capítulos individuais, prática recorrente no meio.
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Não podemos esquecer do apelo que, publicando de forma independente e pela internet, os autores tem muita liberdade mais para criar, com as devidas ressalvas que devem ser feitas a censura — como a materiais “Boys Love” (yaoi) — e a replicação de obras pelo apelo popular — como as várias cópias de “Solo Leveling” (2016). Afinal, para que ser recusado em uma grande revista quando é possível se provar e criar seu próprio público?
Imagem Destacada: Divulgação/Crunchyroll
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