Nicole Kidman se Joga em Trama sobre Paixão e Sedução com “Babygirl”
Em “Babygirl” a estrela Nicole Kidman é a CEO poderosa e empoderada de uma empresa de automação que, numa situação fortuita, se vê enredada em uma paixão avassaladora por um de seus estagiários.
A primeira cena do filme já nos dá o cartão de visita com a roteirista e diretora holandesa Halina Reijn nos mostrando como é a rotina do casal formado por Nicole e Antonio Banderas, que, após um momento íntimo, tem um final inusitado e curioso que será a guia para entender a protagonista Romy ao longo do filme.
Halina do recente hit “Morte, Morte, Morte”, de 2022, traz de volta aqueles thrillers com certa carga erótica dos anos 80 e 90, como os clássicos “9 e Meia Semanas de Amor” (1986) e “Instinto Selvagem” (1992), mas dessa vez de uma perspectiva feminina e feminista, com embasamento e mostrando que, assim como os homens que dirigiram os dois filmes citados, as mulheres também tem algo a dizer sobre o desejo.
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Ao acompanharmos as primeiras interações do casal, sendo o rapaz, Samuel, mais novo, maduro em algumas situações e imaturo em outras, percebemos que ele é o único que consegue abalar a autoridade de Romy e deixá-la intrigada, invertendo algo que lhe é muito caro: sua autoridade.

Pode ser visto também como um estado das coisas em que o jovem da geração Z é menos propensa a aceitar essa autoridade patriarcal que vinha sendo a gênese das relações trabalhistas, ou retrato de pessoas menos preocupadas com uma posição pessoal e mais interessadas em sentir do que pensar.
Fato é que Romy se envolve com Samuel num clima de amor de perdição até que, claro, como em todo conto dessa natureza, as ações começam a cobrar suas consequências, pois desejos são normais e as pessoas estão sujeitas a isso, mas isso é o que o filme nos mostra e não especifica muito os limites dessa relação e, além do clichê da descoberta, da vergonha, não traz muito mais do que vimos em filmes anteriores sobre o tema, pois somente Romy sente-se desconfortável.
Quanto aos coadjuvantes, em determinado momento Romy faz uma revelação que, após um longo casamento, nenhum marido quer ouvir e cabe à Antonio Banderas, correto e apagado,e a posição de mero espectador na história da sua esposa.
Claro que há cenas corajosas de Nicole em posição de presa sexual (consensual) bem mais de que do jovem e promissor ator Harris Dickson, mas não há química o suficiente entre os dois para justificar a torcida pelo casal.
E por falar em Samuel, este tem algumas atitudes infantis e realmente irritantes em alguns momentos. Mesmo sabendo que pela juventude age-se sem pensar, fica difícil entender como esse rapaz conseguiu despertar em Romy o salto de fé para essa paixão avassaladora.
Infelizmente muito cedo tem-se a impressão que não é um casal que vai durar, não pelas diferenças, mas pela falta de envolvimento na trama.
Imaginava-se que a narrativa poderia ser diferente, com um final diferente do que vemos nesses contos até pela expectativa que vinha do trabalho anterior da diretora, e embora a protagonista reafirme seu poder de escolha, realmente falta algo mais ousado, mais pegado que justifique a torcida pelo casal, pois é ruim acompanhar alguns tipos de romance que sabemos como vai acabar.
Sinceramente, a trilha sonora pulsante de Cristobal Tapia de Veer e as músicas escolhidas para alguns momentos entre os amantes, com destaque para “Father Figure” do saudoso George Michael e “Never Tear Us Apart“ do INXS, são mais sugestivas, sexys e encaixam melhor do o que vemos na tela de “Babygirl”.
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E não haveria problema de ter somente uma forma sobre o conteúdo, o fetiche sobre o erótico, desde que gerasse envolvimento.
Meio ousado, meio sexy e meio tema não fazem um filme inteiro.
É bem vinda a proposta de trazer de volta esses thrillers eróticos com bons atores e Nicole está muito bem, mas a proposta tem que se encaixar com o que tem em tela.
“Babygirl”. Imagem: Divulgação/A24 (via TMDB)

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