Cortejo e aula-espetáculo na Bienal do Livro Rio 2025 resgataram o legado de Ariano Suassuna para a arte brasileira
Se estivesse vivo, Ariano Suassuna teria completado 98 anos na última segunda-feira, 16. E a Bienal do Livro Rio 2025, aproveitou a data para celebrar a vida e a obra dessa importante figura brasileira, com um cortejo e uma aula-espetáculo com seu neto, João Suassuna.
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Ariano Suassuna e a realidade brasileira
Ariano Suassuna foi um intelectual, escritor, filósofo, dramaturgo, professor, romancista, artista plástico, ensaísta, poeta, político e advogado brasileiro. Imortal da Academia Brasileira de Letras, é mais conhecido pela obra “O Auto da Compadecida”, que foi adaptada para os cinemas e ganhou uma sequência.
Para além das obras que provocam o riso consciente face à dura realidade do povo nordestino, Ariano Suassuna dedicou sua vida à defesa de nossa cultura popular brasileira e, sobretudo, à valorização da língua portuguesa. E cabe à João Suassuna, neto de Ariano, transmitir o legado desse personagem tão importante da arte popular.

Após um animado cortejo que seguiu pelos pavilhões da Bienal do Livro Rio, João Suassuna fez uma aula-espetáculo, como seu avô costumava fazer. Esbanjando simpatia, apesar dos imprevistos que enfrentou para estar lá, João relembrou os “causos” de seu avô, conectando com muita coesão histórias pessoais e familiares com a obra e o ativismo de Ariano. Interagindo muito com a plateia, ele conta que começou a divulgar a obra do avô completamente por acaso, quando ele o designou para comparecer em seu lugar em algumas homenagens que não pôde comparecer após sofrer um infarto.
Utilizando imagens de arquivo em alguns momentos, João pontuou aspectos importantes da construção literária de Ariano, e da importância de ler o texto original de “O Auto da Compadecida”, uma vez que ele traz algumas intenções na representação dos personagens que foram modificadas na adaptação para o cinema. Ele aproveita que está diante de uma plateia intergeracional, para destacar a importância de estimular o hábito da leitura de histórias brasileiras, desde a infância. Por fim, João escolheu a palavra “sonho” como a que melhor representa Ariano Suassuna, pois segundo ele, “é o sonho que leva a gente pra frente”.
Imagem Destacada: Divulgação/Bienal do Livro Rio (Crédito: Amanda Moura)
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