E hoje termina o Festival de Cannes já deixando saudades. Este evento do cinema tão aguardado completou suas Bodas de Vinho em sua 70ª edição e foi recheado de novidades e atrações que encantaram todos os que estiveram presentes e que acompanharam, mesmo que de longe, esta grande festa que começou em 17 de maio e está se despedindo.
E, para matar a saudades que fica, vamos fazer um tour pelos principais destaques destes dias e o que rolou de mais interessante?
O filme que abriu o Festival foi “Les Fantomes D’Ismael” (Os Fantasmas de Ismael), dirigido por Arnaud Desplechin e estrelado por Mathieu Amalric, Marion Cotillard, Charlotte Gainsbourg e Louis Garrel, porém, foi aceito com indiferença por parte de críticos e da imprensa, considerado como uma má escolha dos organizadores.
Outro fato que teve destaque neste primeiro dia foi a coletiva de imprensa antes da abertura do Festival, em que Pedro Almodóvar, presidente do juri deste ano, foi enfático ao afirmar ser inadmissível que filmes como “Okja”, do diretor Bong Joon-Ho, e “The Meyerowitz Stories”, de Noah Baumbach, não possam ser exibidos em sala de cinema caso vierem a ser premiados. E esta polêmica, inclusive, fez com que os organizadores do Festival mudassem algumas regras para o próximo ano, como não permitir que filmes que não tiverem exibição no cinema não concorram à Palma de Ouro.
Mas claro, não só de polêmicas e indiferença a abertura contou. Teve o bom humor de Will Smith, na banca de jurados; e claro, os looks polêmicos, como o deslize da modelo Bella Hadid, eleita a modelo do ano de 2016, ao mostrar sua peça íntima enquanto posava para fotógrafos, e o vestido polêmico da Ministra da Cultura israelense que retratou paisagens de Jerusalém em um momento frágil em que Israel reivindica soberania de toda a região e aflige milhares com suas guerras.
Já pela manhã do dia 18 foi exibido o filme “Wonderstruck”, de Todd Haynes, um drama que se passa em duas épocas diferentes e com duas crianças, uma surda que vive na década de 20 e foge de casa atrás de sua estrela de cinema favorita e um garoto na década de 70 que também foge de casa, mas em busca de encontrar seu pai.
Um dos acontecidos que mais chamou atenção foi a coletiva de imprensa que contou com a presença da atriz-mirim Millicent Simmonds, que é surda na vida real e não abriu mão da linguagem de sinais para responder à imprensa.
E a primeira sexta-feira do Festival foi marcada pela exibição do tão criticado, comentado e polêmico filme da Netflix: “Okja”. Narra a história de uma empresa de produção de porcos geneticamente modificados que se utiliza de um marketing manipulatório para alavancar as vendas.
No Festival, foi a primeira e única vez que foi exibido em telas grandes, já que, só estará disponível nas plataformas móveis via Netflix. O início de sua exibição foi um pouco tumultuado, já que, assim que começou percebeu-se um problema técnico e precisou ser interrompido e retomando só depois de mais de 15 minutos. A recepção se deu em meio a vaias e aplausos de um público bastante divido em opiniões contra e a favor deste estar concorrendo à Palma de Ouro.
O fim de semana deu o que falar com uma ameaça de bomba antes da exibição do filme “Le Redoutable”, do diretor Michel Hazanavicius, que levou a evacuarem o local, deixando artistas, críticos e toda a imprensa em um alvoroço. Porém, descobriu-se que tudo não havia passado de um boato, supostamente inventado por Jean Luc-Godard, já que o filme retrata um período de sua vida, exibição esta, nada aprovada pelo artista, uma vez que não mostra a realidade como é.
Mas o que mais chamou a tenção e nos deixou orgulhosos foi a exibição do filme brasileiro “Gabriel e a Montanha”, de Fellipe Barbosa, que conta a história real de um jovem que largou tudo para viver o sonho de conhecer a África, porém, morreu feliz em sua longa viagem.
A semana correu com novidades e outros destaques, entre eles:
A homenagem com um minuto de silêncio às vitimas ao ataque terrorista de Manchester e o cancelamento da queima de fogos na grande Festa de Gala que ocorreu na noite de terça-feira.
Na quinta-feira, as atrizes mirim Brooklynn Kimberly, 7 anos, e Valeria Cotto, de 6, emocionaram o público e arrancaram lágrima e aplausos com a exibição do filme “The Florida Project”, dirigido por Sean S. Baker, que retrata a vida na periferia dos Estados Unidos pelo olhar fantasioso das crianças.
E a exibição de mais um curta-metragem brasileiro na sexta-feira, “Nada”, do diretor Gabriel Martins e estrelado pela jovem rapper brasileira de 17 anos, MC Clara Lima.
E depois de tantos destaques, agora é só aguardar a revelação dos premiados deste grande Festival de Cannes, vamos às apostas?
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