Podemos afirmar que é uma das poucas atividades que envolve o uso de todo o cérebro. Está no íntimo de todas as culturas e pode ter benefícios surpreendentes não só para aprender um idioma, melhorar a memória e focar a atenção, mas também para a coordenação motora e desenvolvimento.
De norte ao sul do globo, ela atingiu todos os cantos e povos, culturas e religiões. Seus encantos embalam os sonhos e povoam os corações de milhares de pessoas. Cada nota, cada som, faz a transformação de uma vida necessitada de amor, de carinho, de atenção.
Essa semana fui apresentado virtualmente por uma grande amiga a um projeto chamado Be Happy Music Club, que é realizado do outro lado do mundo, mais precisamente em Fiji (a República de Fiji é um país insular da Oceania, composto por 332 ilhas no Oceano Pacífico). Um projeto incrível que une música e inclusão social, mas sobretudo muito amor!
O Be Happy Music Club foi criado no dia 22 de Agosto de 2016 pelo brasileiro, cearense, radicado na Austrália, André Comaru, que decidiu morar em Fiji por um período de 1 ano para prestar trabalho voluntario.
Já em Fiji, André foi convidado para tocar música para as crianças da Fiji School of the Blind, onde teve a mais incrível experiencia com música da sua vida. Após ser tocado pela “vibe” e felicidade das crianças, André decidiu criar o Be Happy Music Club.
A missão do projeto é levar música para a vida de crianças com algum tipo de deficiência física, mental ou emocional com o objetivo de aumentar a auto-estima, inclusão social, expressão corporal e criatividade musical. “Nós tocamos, cantamos e dançamos, além de dar aulas de violão, ukulele, percussão e teclado” explica o criador do projeto.
O projeto hoje está levando música para as crianças da Fiji Shcool of the Blind, localizada na capital das Ilhas Fiji, Suva. Hoje, conseguem ajudar em torno de 20 crianças cegas ou com problemas de visão. Algumas dessas crianças também apresentam um certo grau de autismo.
Em 2016, o projeto alcançou grandes objetivos como, por exemplo, pela primeira vez um país do Pacifico participou do evento “Playing for Change Day” organizado pela Fundação “Playing for Change”. Diversos eventos sociais acontecem simultaneamente no mundo nesse projeto totalmente voltado para ações sociais. Além disso, fizeram a gravação do clássico Don’t Worry, Be Happy (Bobby Mcferrin) com a autorização dos diretos autorias por parte da label BMI, conseguiram um total de 5 guitarras, 3 ukeleles e diversos intrumentos de percussão para o club e definiram os músicos que tocarão o projeto na ilha do ano de 2017: Apakuki Nalawa (banda Inside Out) e Ben Masirewa (Banda 4 Quarters).
Ao ser perguntando sobre os próximos passos do projeto, André responde “queremos levar música ao maior numero de crianças possível. Nesse momento estamos com músicos que possivelmente iniciarão o projeto na Austrália, Nova Zelândia, Hong Kong, Holanda e Brasil (Fortaleza, Recife, Rio de Janeiro e São Paulo). Todos os envolvidos são voluntários que decidiram dedicar 1 ou 2 horas da sua semana ao nosso projeto.”
Para que o projeto alcance mais crianças pelo mundo, é necessário que mais pessoas abracem a causa. Para ser um embaixador do Be Happy, não é necessário doação ou investimento financeiro. Basta apenas boa vontade, muita alegria e um instrumento musical. No momento está sendo editado um documentário a respeito do projeto para atrair mais embaixadores pelo mundo.
Hoje, as 20 crianças do projeto encontraram uma forma de expressarem suas emoções através da música. Tornaram-se mais felizes, confiantes e partes da comunidade em que vivem. Os sentimentos de tristeza e não inclusão vão embora com o início de algumas notas. Assim, sentem-se parte de um mundo ainda maior: o mundo da música. E ainda tem muita criança pelo mundo que gostaria de sentir-se assim também.
Se eu já tinha vontade de conhecer Fiji antes, imagina agora sabendo da existência desse projeto?! São essas coisas, essas provas de amor ao próximo, que realmente fazem sentido na vida. E quando falamos de uma história de amor, a música sempre encontra a trilha sonora perfeita para compor.
E tem gente que não entende o amor que temos em trabalhar com música né?
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Por Gustavo Sanna
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