James Gunn sabe muito bem como trabalhar da forma mais galhofa e genial possível qualquer que seja a estória. É inegável que o trabalho feito em filmes que vão de “Scooby-Doo” a “Os Guardiões da Galáxia” possuem uma identidade que Gunn consegue implicar de forma única a algo que pode parecer grosseiro ou tosco. E mesmo que em “O Esquadrão Suicida”, assim como em outros desafios de Gunn, agarrar o louco não suscite em perfeição, é certo que há uma melhora considerável aqui em relação ao que tínhamos visto anteriormente desses anti-heróis da DC Comics.
O enredo do longa não segue nenhuma habitualidade. Ninguém é extremamente importante ou relevante que não possa morrer, então, não crie expectativas com nenhum personagem, o nome do filme é autoexplicativo. Assim, uma estrela do mar alienígena como grande vilão é o de menos em um contexto que se desenrola de forma dinâmica, não linear, extremamente violenta e divertida. Não há medo em brincar com as características mais esdrúxulas dos personagens.
A diversão se encontra nas inúmeras sacadas cômicas implicadas pelo roteiro. Não são meras piadinhas, como estamos acostumados a assistir em longas do MCU. Em “O Esquadrão Suicida” não há pudor em tornar a mãe ou a morte de inocentes uma piada. O sangue jorra e a gente ri e se diverte, porque toda atmosfera criada é realmente hilária.
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E o que podemos dizer do visual? Este, está completamente fora dos padrões que a gente viu no filme anterior. Quanto mais fiel e ridículas as características dos personagens, mais trabalhadas elas são. Fora Margot Robbie, como Arlequina, os demais não são de grande conhecimento do público em geral. Mesmo assim, o roteiro não se apega a perder tempo com explicações e usa o decorrer da história para desenvolvê-los de forma satisfatória e apenas necessária.
Apesar disso, a estória é o ponto que claramente não é desenvolvida com seriedade e, por esse motivo, deixa a desejar. Então, se espera ver algo que possua alguma finalidade, esqueça. Aqui temos muito mais um episódio louco, com poucas pretensões, apesar das aberturas para continuidade.
Claramente vemos que os atores estão contentes com neste trabalho e isso resulta em um melhor desempenho. A desenvoltura e o carisma aqui de nada lembra “Esquadrão Suicida” que assistimos em 2016, onde os personagens não passam de mal encarados esquecíveis.
Por fim, apesar de ser um filme mediano no contexto geral, “O Esquadrão Suicida” demonstra à Warner Bros. Pictures que se apegar à originalidade dos personagens da DC Comics, por mais louco que seja, pode ser melhor do que inventar uma sobriedade que não se encaixa.
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