Com o retorno para onde tudo começou, “Rua do Medo: 1666” encerra a nova trilogia de filmes da Netflix. Assim, os mistérios que envolvem a cidade de Shadyside ganham clareza, à medida que fatos passados vem a tona. Mas ainda há incomodo com o desenvolvimento do roteiro, ainda que, em alguns aspectos, esse filme seja superior aos anteriores.
Em premissa, “Rua do Medo: 1966” coloca um espelho dos personagens que assistimos nos longas anteriores, em suas versões no passado. A história se passa durante o período colonial, onde, futuramente, seria Shadyside. Assim, cria-se um elo que une fatos do passado com os do futuro.
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Voltar ao passado fez muito bem à história. O trabalho da arte, que já havia sido bem feito nos longas anteriores, aqui atinge seu ápice. Uma mão mais pesada no terror, mais explícito na violência e no gore, deixa a primeira metade do longa mais impactante.
Assim o roteiro adentra mais o universo dos personagens, que tecnicamente possuem todas as características que já conhecemos nos filmes anteriores. No entanto, estes estão mais bem trabalhados, tanto nos diálogos, quanto na interpretação.
Ainda sobre o roteiro, este divide o longa em duas parte que são completamente distintas e isso é uma pena. O primeira metade do filme é muito mais afiada e interessante que a segunda. Dessa forma temos um trabalho mais levado para a tensão e o sobrenatural, além das críticas sociais recorrentes. Já a segunda metade retoma aos molde que já havia sido visto anteriormente. A partir daí, somos novamente submetidos a uma conclusão que leva a tela mais do mesmo e onde grandes surpresas não existem. Enquanto o clima tenso se esvai diante de situações slasher manjadas.
Contudo, ainda somos salvos por boas atuações, mesmo nos momentos clichês. Mantendo o nível e aqui com todo o elenco dos filmes anteriores, existe uma estória melhor trabalhada para que as atuações se desenvolvam em um melhor nível.
Dessa forma, sem qualquer dúvidas, o terceiro filme é o melhor da trilogia até aqui. Ele continua unindo o terror sobrenatural e o slasher de forma interessante. Enquanto tem na origem da história o seu maior trunfo, onde parece mais confortável e com menos limites para trabalhar o terror, como podemos conferir em “Rua do Medo: 1666”.
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