Woo! Magazine

Menu

  • Home
  • Editorias
    • Filmes
    • Séries/TV
    • Música
    • Geek
    • Literatura
    • Espetáculos
  • Especiais
    • SpotLight
      • Lollapalooza
      • D23
      • CCXP
      • Mostra SP
      • Festival do Rio
      • Rock in Rio
      • The Town
      • Bienal do Livro
      • Game XP
    • Entrevistas
    • Premiações
  • Streamings
    • Netflix
    • Amazon Prime Video
    • HBO Max
    • Disney+
    • Apple TV+
  • Listas
  • Colunas
    • Curiosidades
    • Terror
    • Internet
    • Business
    • Tecnologia
    • Esportes
    • Gravellizar

Siga nas Redes

Woo! Magazine

A imaginação ao seu alcance

Digite e pressione Enter para pesquisar

Woo! Magazine
  • Home
  • Editorias
    • Filmes
    • Séries/TV
    • Música
    • Geek
    • Literatura
    • Espetáculos
  • Especiais
    • SpotLight
      • Lollapalooza
      • D23
      • CCXP
      • Mostra SP
      • Festival do Rio
      • Rock in Rio
      • The Town
      • Bienal do Livro
      • Game XP
    • Entrevistas
    • Premiações
  • Streamings
    • Netflix
    • Amazon Prime Video
    • HBO Max
    • Disney+
    • Apple TV+
  • Listas
  • Colunas
    • Curiosidades
    • Terror
    • Internet
    • Business
    • Tecnologia
    • Esportes
    • Gravellizar
Instagram Tiktok X-twitter Facebook Pinterest
CríticaFilmes

Crítica: Bingo – O Rei das Manhãs

Avatar de Paulo Olivera
Paulo Olivera
24 de agosto de 2017 6 Mins Read
Tirem as crianças da sala

Bingo Cartaz 01Se tem uma coisa que o brasileiro já não conhece há tempos é o conceito e a execução de “limites”. Se olharmos para o que tínhamos de programação infantil na TV nas décadas de 70/80, então, nem se fala. Isso é resultado, em parte, da hiper sexualização do cinema nacional, com suas pornochanchadas, e como uma espécie de “grito de liberdade” após o período de ditadura militar. Esse liberalismo nacional, rendeu pérolas nas telonas e nas telinhas. E uma dessas ganha agora sua cinebiografia, com o nome trocado, mas com muita personalidade em “Bingo – O Rei das Manhãs“.

Numa longa carreira como montador de filmes nacionais e internacionais, como “Cidade de Deus“, de Fernando Meirelles, e “A Árvore da Vida“, do Terrence Malick, Daniel Rezende faz sua estreia como diretor de longas. Como ele mesmo declarou em uma entrevista, saiu da salinha escura onde “xingava” os diretores para assumir uma posição em que poderia ser xingado pelos demais realizadores. Contudo, tendo ou não problemas durante a execução, o resultado final é um deleite para nossos olhos e ouvidos, trazendo um personagem que marcou a geração de uma época, considerada por muitos, hiper cafona e controversa.

A cinebiografia de Arlindo Barreto, um dos atores que viveram o palhaço Bozo na televisão, foi escrita por Luiz Bolognesi (“Bicho de Sete Cabeças” – 2000). Nela, conhecemos um ator de pornochanchada que ama seu filho Gabriel (Cauã Martins), tem uma relação um pouco conturbada com a ex-mulher Angélica (Tainá Muller) e que cresceu vendo o sucesso de sua mãe, Martha Mendes (Ana Lúcia Torre), como atriz. Augusto Mendes (Vladimir Brichta) – o fictício nome de Arlindo no filme – , um dia vai até uma emissora de televisão para fazer um teste para uma novela, mas lá descobre que está rolando um teste para ser um palhaço apresentador de programa infantil. Ao desistir da novela, Augusto passa no teste e começa a viver todos os dias, ao vivo, o palhaço “Bingo”.

Essa figura icônica, que era personagem de sucesso absoluto nos Estados Unidos, criado pelo norte-americano Peter Olsen (Soren Hellerup), começa a ser produzida em uma emissona brasileira e a ser dirigido pela evangélica Lúcia (Leandra Leal). Ao ver que os roteiros traduzidos não estavam funcionando para o público aqui, Augusto começa a improvisar e a ganhar notoriedade com o programa. Contudo, uma das cláusulas do contrato é que a identidade do ator/apresentador jamais poderia ser revelada. É nessa estrutura que vemos se desenvolver uma história de excessos, controvérsias e de muito impacto dentro da televisão nacional.

Bingo 02

Se comparado a outras obras tupiniquins, “Bingo” perde em relação ao seu peso visual/sensual, mas ganha disparado em densidade psicológica, o que o torna muito melhor que o esperado. A trilha selecionada e a original de Beto Villares reforça esse conceito magnificamente. Repleto de ironias e exageros, o texto de Bolognesi traz de maneira primorosa um humor ácido, sexual e controverso, com construções ficcionais para não sofrer com nenhuma barreira judicial. De maneira brilhante, ele consegue fazer com que o desenvolvimento dos personagens secundários torne-se desnecessário e atrai toda a nossa atenção ao reconhecimento do protagonista. E isso, meus caros, é algo muito difícil de se fazer, mesmo que se tenha uma persona tão singular a se apresentar. Não há floreiros em sua narrativa, é o preto no branco, o 8 ou 80, é isso ou não é nada. E isso o tornou diferente de muita coisa que o cinema nacional tem visto nos últimos anos.

Daniel Rezende estreia metendo o pé na porta e sem pedir licença, no melhor sentido da expressão. Sua experiencia na pós-produção deu a ele uma bagagem para saber executar com virtuosidade sua direção. Brincando com a estética da época, vemos uma predominância de planos centralizados, como os da tv, sem perder a fluidez da linguagem cinematografia. Alinhado à pontuada e contrastante direção de fotografia de Lula Carvalho (“Tropa de Elite 1 e 2” – 2007/2010) e à ágil e ritmada montagem de Marcio Hashimoto (“O Filme da Minha Vida” – 2017), a direção de Rezende cresce ainda mais. Esse casamento poligâmico resulta sequências bem feitas, uma ótima narrativa visual e engrandece ainda mais o olhar do diretor sobre a história contada.

Mas com o perdão antecipado, nada disso seria possível sem a impecável direção de arte de Cássio Amarante, os figurinos de Verônica Julian e a maquiagem de Anna Van Steen. De nada adiantariam visões primorosas, se não houvesse um departamento de arte tão preparado e bem aplicado como esse. É verdade que o departamento de arte em filmes nacionais de época tem melhorado muito. Porém, temos aqui uma época de extremo mau gosto, que facilmente poderia soar visualmente artificial na tela, e isso não acontece em momento algum. Área esquecida quase sempre em grande parte das críticas audiovisuais, não adiantaria nada se não houvesse competência à exemplificar a década, a caricatura, da maneira física correta e orgânica.

Bingo 01

Em se tratando do elenco, todos estão bem afiados. O pequeno Cauã Martins, que é a cara da Tainá Muller, consegue diluir uma leveza e dramatizar dentro da trama toda a loucura do protagonista. Tainá, por sua vez, faz pequenas passagens e entrega o necessário. Ana Lúcia Torre é um baú de surpresas e ao fazer a “Grande Martha Mendes” não foi diferente. Ela trouxe uma aura matriarcal e uma exuberância para a necessidade de reconhecimento à sua personagem. Leandra Leal é fiel ao que lhe propõe, dando o ar profissional e característico à sua Lúcia, mas de uns tempos para cá, nessa e em outras produções, conhecendo seu trabalho como atriz, estamos ficando com a impressão que ela poderia ter dado mais. A Emanuelle Araújo também faz o que lhe é proposto em sua passagem como a cantora Gretchen, mas, para o bem e/ou para o mal, Gretchen é a Rainha do Rebolado e não é fácil representá-la. Já Augusto Madeira, que vive o cameraman Vasconcelos, tem uma caracterização interessante e debochada, tendo uma das melhores risadas criadas para um personagem que já pudemos ver e ouvir.

No longa, ainda temos a passagem de Domingos Montagner, a quem o filme é dedicado, como um palhaço de circo que ajuda Augusto a construir o seu Bingo. Se a arte imita a vida, de fato Domingos ajudou Vladimir Brichta a estudar a palhaçaria durante a pré-produção. Com longos anos na televisão e algumas passagens pelo cinema, enfim, agradecemos a chance de vê-lo entregue e imerso em um personagem tão grandioso quanto seu talento. É notável a construção de nuances, postura, voz e olhar, tanto para o Augusto quando para “O Rei das Manhãs”. O fato do papel, com a graça do destino, não ter sido do Wagner Moura, fez Vladimir Brichta ganhar o destaque que há anos merecia, nos dando mais do que um show de interpretação, nos dando um banho de talento, naturalismo e desenvoltura.

Com uma pequena perda de ritmo em seu final, “Bingo – O Rei das Manhãs” termina nos deixando inebriados de nostalgia e prazer. Prazer em ver uma pérola em meio ao marasmo das produções do cinema nacional. Um filme que consegue ser pesado sem agredir, expondo a representação de uma figura icônica, com seus erros e acertos mascarados por uma pintura, mas tão humano como todos nós. Sem dúvida alguma é o melhor filme brasileiro do ano e um dos melhores da década. É ou não é amiguinhos?!

Reader Rating3 Votes
9.6
9.8

Quer estar por dentro do que acontece no mundo do entretenimento? Então, faça parte do nosso  CANAL OFICIAL DO WHATSAPP e receba novidades todos os dias.

Tags:

Bingo - O Rei das ManhãsCinebiografiaCinema NacionalDaniel RezendeDramaLeandra LealVladimir BrichtaWarner Bros

Compartilhar artigo

Avatar de Paulo Olivera
Me siga Escrito por

Paulo Olivera

Paulo Olivera é mineiro, mas reside no Rio de Janeiro há mais de 10 anos. Produtor de Arte e Objetos para o audiovisual, gypsy lifestyle e nômade intelectual. Apaixonado pelas artes, workaholic e viciado em prazeres carnais e intelectuais inadequados para menores e/ou sem ensino médio completo.

Outros Artigos

roberta sa delirio fabiano leone 16
Anterior

Roberta Sá: Livre, leve e solta no Circo Voador

photo camera 219958 1280
Próximo

Mostra de cinema argentino vai até segunda

Próximo
photo camera 219958 1280
24 de agosto de 2017

Mostra de cinema argentino vai até segunda

Anterior
23 de agosto de 2017

Roberta Sá: Livre, leve e solta no Circo Voador

roberta sa delirio fabiano leone 16

6 Comments

  1. Avatar de Gleicy Favacho Gleicy Favacho disse:
    24 de agosto de 2017 às 09:58

    Texto lindo Paulo, fiquei com mais vontade ainda de assistir.

    Responder
    1. Avatar de Paulo Olivera Paulo Olivera disse:
      24 de agosto de 2017 às 16:18

      Pois vá Gleicy! E sem medo de ser feliz.
      Só não pergunte ao Bingo onde ele mete esse nariz. hahahaha

      Beijos.

      Responder
  2. Avatar de Soren Hellerup Soren Hellerup disse:
    24 de setembro de 2017 às 12:26

    It has been such a big thrill, inspiration and HONOR to participate in this amazing film. Working with great and sincere artist only bring the best out of everyone. Thank you to Daniel Rezende, Luiz Roberto Bolognesi and to all at GULLANE FILMES for bringing this to life. LONG LIVE THE KING!

    Responder

Deixe um comentário Cancelar resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Publicidade

Posts Recentes

O assassino de "O Telefone Preto" (2022) com sua máscara, The Grabber/O Apanhador (Ethan Hawke).
O Telefone Preto 2 | Que Medo! Filme Ganha Primeiro Trailer
Nick de Angelo
Aves de Rapina Arlequina e sua Emancipação Fantabulosa 3
Tela Quente | Saiba Qual É o Filme Desta Segunda-feira (2/6)
Amanda Moura
Mike, de "Stranger Things", com os braços abertos para trás segurando um grupo de cidadãos, majoritariamente crianças, no sétimo episódio da 5ª temporada da série. Todos estão assustados, e a mãe de Will (Winona Ryder) está presente também.
Stranger Things | 5ª Temporada Tem Trailer e Data de Estreia Divulgados
Amanda Moura
Pedro Sampaio em evento do House of Mouse Tour, em seu setlist no Rio.
House Of Mouse | Disney Traz Evento Ao Rio Com Pedro Sampaio e Uma Experiência Inesquecível
Joanna Colaço
Ator Ncuti Gatwa como o Doutor de "Doctor Who" em série revival de 2024. Ele está dando as mãos para o telespectador, com ela em destaque para câmera, com um sorriso, e uma espiral futurística atrás dele.
Doctor Who | Ncuti Gatwa se Despede da Série Após Duas Temporadas
Amanda Moura

Posts Relacionados

O assassino de "O Telefone Preto" (2022) com sua máscara, The Grabber/O Apanhador (Ethan Hawke).

O Telefone Preto 2 | Que Medo! Filme Ganha Primeiro Trailer

Nick de Angelo
2 de junho de 2025
Aves de Rapina Arlequina e sua Emancipação Fantabulosa 3

Tela Quente | Saiba Qual É o Filme Desta Segunda-feira (2/6)

Amanda Moura
2 de junho de 2025
Ivana Baquero, atriz protagonista de "O Jogo da Viúva", em imagem de capa promocional para filme da Netflix. Ela está com o rosto encoberto pelos ombros de um homem, mão esquerda sobre ele, revelando a aliança, e um olhar enigmático. O homem está de terno e de costas.

O Jogo da Viúva | Conheça a História Real Que Inspirou o Longa da Netflix

Amanda Moura
1 de junho de 2025
HUnter Schafer interpretando Jules em "Euphoria". Atriz está com braço direito levantado (nossa esquerda da tela), olhando diretamente para a câmera, semi-dobrado, segurando duas folhas douradas pendentes, e um sorriso mostrando parcialmente os dentes de baixo.

The Legend of Zelda | Hunter Schafer Pode Interpretar o Papel-título no Live-action

Amanda Moura
31 de maio de 2025
  • Sobre
  • Contato
  • Collabs
  • Políticas
Woo! Magazine
Instagram Tiktok X-twitter Facebook
Woo! Magazine ©2024 All Rights Reserved | Developed by WooMaxx
ECO SHOW AMAZON BANNER