Woo! Magazine

Menu

  • Home
  • Editorias
    • Filmes
    • Séries/TV
    • Música
    • Geek
    • Literatura
    • Espetáculos
  • Especiais
    • SpotLight
      • Lollapalooza
      • D23
      • CCXP
      • Mostra SP
      • Festival do Rio
      • Rock in Rio
      • The Town
      • Bienal do Livro
      • Game XP
    • Entrevistas
    • Premiações
  • Streamings
    • Netflix
    • Amazon Prime Video
    • HBO Max
    • Disney+
    • Apple TV+
  • Listas
  • Colunas
    • Curiosidades
    • Terror
    • Internet
    • Business
    • Tecnologia
    • Esportes
    • Gravellizar

Siga nas Redes

Woo! Magazine

A imaginação ao seu alcance

Digite e pressione Enter para pesquisar

Woo! Magazine
  • Home
  • Editorias
    • Filmes
    • Séries/TV
    • Música
    • Geek
    • Literatura
    • Espetáculos
  • Especiais
    • SpotLight
      • Lollapalooza
      • D23
      • CCXP
      • Mostra SP
      • Festival do Rio
      • Rock in Rio
      • The Town
      • Bienal do Livro
      • Game XP
    • Entrevistas
    • Premiações
  • Streamings
    • Netflix
    • Amazon Prime Video
    • HBO Max
    • Disney+
    • Apple TV+
  • Listas
  • Colunas
    • Curiosidades
    • Terror
    • Internet
    • Business
    • Tecnologia
    • Esportes
    • Gravellizar
Instagram Tiktok X-twitter Facebook Pinterest
CríticaFilmes

Crítica: A Garota de Fogo

Rita Constantino
10 de abril de 2017 4 Mins Read

A Garota de Fogo poster

Na primeira cena de “A Garota de Fogo”, um professor de matemática orienta sua classe:

“Se Frederico Garcia Lorca não tivesse escrito um só verso, dois mais dois continuariam sendo quatro. Se Napoleão tivesse invadido a Espanha há 200 anos e agora estivéssemos aqui dando aula em francês, dois mais dois, ainda assim, continuariam sendo quatro. Quero que entendam que a única verdade absoluta, a única coisa que continuará sempre sendo igual, é que dois mais dois são quatro.” 

Só que quem dera a vida fosse tão segura quanto à matemática. Podemos nos agarrar a imutabilidade numérica, mas as relações humanas jamais serão simples quanto uma operação de soma.

É o que, após nocautear o espectador, nos prova o segundo longa de Carlos Vermut, um filme incomum que nos fascina pela estranheza sob a face da normalidade de seus personagens aparentemente ordinários. Escrito e dirigido pelo jovem cineasta espanhol, compadecemo-nos com o drama de Luis (Luis Bermejo), um professor desempregado que quer realizar o sonho de sua filha Alicia (Lucía Pollán), que sofre de leucemia, em ter uma fantasia exclusiva de Magical Girl Yukiko, desenho animado japonês de que a pré-adolescente é fã.

O problema é que o figurino custa 7 mil euros, valor que o homem, que tem conseguido sobreviver dos trocados que tira com a venda de seus livros a um sebo, não tem. Sua sorte muda quando em uma noite seu caminho cruza com o de Bárbara (Bárbara Lennie), uma mulher com transtornos mentais que vive com o marido psiquiatra. Dormindo com ela, Luis vê a oportunidade de conseguir o dinheiro através de chantagem. Só que ele não conhece a vida misteriosa de sua vítima, que envolvida em negócios obscuros, tem uma ligação antiga com Damián (José Sacristán), um professor de matemática que está retomando seu cotidiano após sair da cadeia.A Garota de Fogo 7

No encontro entre as três figuras, Vermut constrói uma trama sombria muito bem amarrada que partindo de uma situação prosaica alcança, sem dó, desdobramentos violentos. Para isso a abordagem do diretor foi acertada na hora de criar impacto: minimalista, privilegia planos longos e estáticos e com cortes secos, injeta realismo em uma história que fica progressivamente mais absurda.

Além disso, na simplicidade, o cineasta faz manobras perspicazes. Através do uso do plano e contraplano, ele consegue fazer com que Bárbara e seu marido, personagens desconectados emocionalmente, sentados à mesa, pareçam estar mais próximos do que verdadeiramente estão. Já um plano detalhe de um rótulo de uísque que diz ‘Sailor Moon’, referência a outro desenho animado japonês, evoca humor negro, já que é resultado da bebida que coloca Bárbara e Luis frente a frente.

Se o trabalho de Vermut como diretor é econômico, a fotografia de Santiago Racaj também opta pelo singelo. Cores frias ressaltam a atmosfera melancólica da produção e até no que deveria existir um pouco de vida, como a fantasia e nos artigos que remetem a cultura pop japonesa da menina, as cores são pálidas e desbotadas. Apesar de no título a garota ser de fogo – remetendo à canção interpretada pelo cantor espanhol Manolo Caracol – nada de fato arde.

Na relação problemática que se desenha entre os personagens, tristeza é palavra de ordem. “Eu não gosto desses programas que vão às casas das pessoas para gravar baixarias, como que querendo dizer: Não reclame da vida, tem gente mais ferrada”, diz Luis à mulher que acaba de conhecer. Ela vê o programa para se sentir melhor com a própria vida, já ele não aguenta alguém dizer que sua dor não é merecida de ser sentida.

A Garota de Fogo 9

Mundo, demônio e carne. Esses são os três atos do segundo longa do espanhol,  em que o roteiro bem conduzido é um dos grandes méritos. O enredo não só mergulha em níveis não esperados, mas chama atenção por trabalhar bem com o que não vemos, com a sugestão. Carlos Vermut enquanto roteirista deixa lacunas e cabe ao espectador preenchê-las. Em um momento da narrativa, um dos personagens é brutalmente violentado. Nós ficamos sabemos em quais condições, mas os detalhes nunca nos são revelados. Para o bem e para o mal talvez seja melhor: o horror nunca poderia ser maior do que o do fruto de nossa própria imaginação.

O mundo seria o sofrimento – de todos os tipos – que temos que enfrentar todos os dias na nossa vida? Os demônios seriam as pessoas que encontramos, que vivem seu inferno interior e que de algum modo acabam interferindo no nosso? E a carne? A violência? A morte? Assim como outras questões em “A Garota de Fogo”, saberemos a resposta apenas se tivermos a coragem de tirar nossas próprias conclusões. Haja coragem.

https://www.youtube.com/watch?v=oaeExFogS-U&w

Reader Rating2 Votes
4.8
8.5

Quer estar por dentro do que acontece no mundo do entretenimento? Então, faça parte do nosso  CANAL OFICIAL DO WHATSAPP e receba novidades todos os dias.

Tags:

Espanha

Compartilhar artigo

Me siga Escrito por

Rita Constantino

1995. Cobra criada em Volta Redonda. Um dia acordou e queria ser jornalista, não sabia onde estava se metendo. Hoje em dia quer falar sobre os filmes que vê e, se ficar sabendo, ajudar o Truffaut a descobrir com que sonham os críticos.

Outros Artigos

nota com foto nivea leoaversa 0821
Anterior

Jorge Ben Jor, Céu e Skank ganham as areias de Ipanema

Thor
Próximo

Assista o novo trailer legendado de Thor Ragnarok

Próximo
Thor
10 de abril de 2017

Assista o novo trailer legendado de Thor Ragnarok

Anterior
10 de abril de 2017

Jorge Ben Jor, Céu e Skank ganham as areias de Ipanema

nota com foto nivea leoaversa 0821

Sem comentários! Seja o primeiro.

    Deixe um comentário Cancelar resposta

    O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

    Publicidade

    Posts Recentes

    Protagonistas de "Kaoru Hana wa Rin to Saku", ou "The Fragrant Flowers Bloom with Dignity" caminhando na rua, um olhando para o outro, sorrindo.
    Guia de Animes da Temporada do Verão de 2025 (Julho) | Veja as Principais Promessas
    Nick de Angelo
    Colagem à esquerda com foto dos Mamonas Assassinas em bastidores posando para foto descontraída, e à direita com foto de seu único álbum de estúdio.
    30 Anos de Mamonas Assassinas | Da Utopia Ao Fenômeno
    Cesar Monteiro
    Montagem com colagem do busto de Julianne Moore e Sydney Sweeney como Kate e Claire Garrett em "Echo Valley" em um fundo, com elas semi-transparentes. Há uma paisagem de fim de tarde ao fundo delas.
    Echo Valley | Tão Confuso Quantos os Conflitos da Mãe Interpretada por Julianne Moore
    Roberto Rezende
    Riri Williams como a Coração de Ferro à direita da imagem, sua armadura, vista de perfil, está a sua frente.
    Coração de Ferro | Quem é Riri Williams? Conheça Origem da Heroína nas HQs
    Hugo Santiago
    Paula Pimenta, Aimee Oliveira e Vitor Martins na Bienal do Livro Rio 2025
    Bienal do Livro Rio 2025 | O poder transformador das histórias
    Amanda Moura

    Posts Relacionados

    Montagem com colagem do busto de Julianne Moore e Sydney Sweeney como Kate e Claire Garrett em "Echo Valley" em um fundo, com elas semi-transparentes. Há uma paisagem de fim de tarde ao fundo delas.

    Echo Valley | Tão Confuso Quantos os Conflitos da Mãe Interpretada por Julianne Moore

    Roberto Rezende
    23 de junho de 2025
    Solanas Explicado às Crianças (André Ramiro)

    Solanas Explicado às Crianças | Ancestralidade e Defesa do Meio Ambiente em Comunidade de Pescadores

    Roberto Rezende
    22 de junho de 2025
    Jamie (Aaron Taylor-Johnson) e Spike (Alfie Williams) fugindo de três zumbis ao fundo deles em "Extermínio: A Evolução". Ambos carregam arcos e flechas.

    Extermínio: A Evolução | A Infecção Masculina

    Rodrigo Chinchio
    21 de junho de 2025
    A imagem mostra Jon Bernthal interpretando Frank Castle, também conhecido como O Justiceiro (The Punisher). Ele está em um bosque escuro de noite, olhos semicerrados, segurando uma grande arma no peito e de colete.

    Homem-Aranha 4 | Justiceiro Entra Para o Elenco

    Hugo Santiago
    21 de junho de 2025
    • Sobre
    • Contato
    • Collabs
    • Políticas
    Woo! Magazine
    Instagram Tiktok X-twitter Facebook
    Woo! Magazine ©2024 All Rights Reserved | Developed by WooMaxx
    ECO SHOW AMAZON BANNER