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CríticaFilmes

Crítica: O Orgulho

Luiz Baez
17 de julho de 2018 3 Mins Read
“O importante não é ser verdadeira. É ser persuasiva.”

2118213.jpg r 1920 1080 f jpg q xO bicampeonato mundial conquistado pela seleção francesa no último domingo colocou em pauta uma cara questão ao país europeu. Dentro das quatro linhas, imigrantes e descendentes africanos venceram a Croácia por 4 a 2 e levantaram a taça. Fora dos campos de futebol, porém, a realidade é outra. Diante da recente crise migratória, o governo de Emmanuel Macron endureceu suas políticas e dificultou a vida dos refugiados. Longe de assunto pacífico, portanto, a imigração suscita debates nas mais diversas áreas, da política aos esportes e dos esportes às artes. Parte integrante da sociedade, o cinema, naturalmente, não se isenta dessa discussão. Os bons números de “O Orgulho” (Le brio, 2017), visto por mais de um milhão de espectadores na França, ilustram a importância da temática. Infelizmente, no entanto, a abordagem adotada pelo longa-metragem não faz jus à seriedade do problema.

Neïla Salah (Camélia Jordana), uma jovem de família árabe, entra para a faculdade de Direito da famosa Universidade Paris 2. Logo no primeiro dia de aula, contudo, enfrenta o preconceito dos funcionários: um segurança pede a sua carteira de estudante e um professor a humilha na frente da turma. Filmado pelos outros alunos, o ataque do racista Pierre Mazard (Daniel Auteuil) repercute online e provoca um movimento imediato para sua demissão. Grégoire Viviani (Nicolas Vaude), presidente da universidade, propõe então uma alternativa. Com o objetivo de melhorar sua imagem antes do conselho disciplinar, Pierre deve tutorar Neïla em um concurso de retórica. O sucesso de uma descendente de imigrantes, afinal, ajudaria a recuperar o prestígio da instituição, frequentemente associada à extrema-direita.

Por trás dessa narrativa, o roteiro parece, a princípio, defender a educação e a eloquência como estratégias de combate ao discurso de ódio. Neïla, a oprimida, extrai de Pierre, o opressor, mecanismos suficientes para se proteger de pessoas como ele. O preconceituoso acadêmico, entretanto, permanece sempre no controle da relação. Apesar de depender da estudante para a continuidade de seu emprego, guarda o fato para si. Finge acreditar no potencial da pupila e justifica o racismo como mera provocação. Afastada da premissa emancipatória, a obra, dirigida pelo israelense Yvan Attal (“Nova York, Eu Te Amo”), perpetua, assim, as estruturas de dominação supostamente contestadas.

Uma rápida análise dos arcos dos protagonistas exemplifica a postura conservadora. Em vez de questionar as próprias atitudes, Pierre relativiza a verdade de suas falas. Neïla, de outro modo, se transforma a partir dos conselhos do professor. Privilegiando a aparência em detrimento da essência, ela muda a maneira de se expressar e de se vestir para aumentar o seu poder de persuasão. Em outras palavras, ao passo que o longa-metragem valida o comportamento racista da primeira personagem, a aceitação da segunda sujeita-se à adequação a certos padrões. A despeito de seus papéis, porém, a dupla de atores consegue se destacar. À experiência do versátil Daniel Auteuil (“Caché”) – ironicamente, nascido na Argélia – soma-se a vivacidade de Camélia Jordana (“Nós ou Nada em Paris”). Mais conhecida como cantora, a jovem – de pais argelinos – desponta como uma promessa do cinema francês, laureada com o prêmio César de atriz revelação.

Deve-se, por fim, desconfiar da fácil aceitação por parte da crítica e do público. Um filme sobre assuntos tão delicados como o racismo e a xenofobia deveria, afinal, ao menos gerar controvérsias. “O Orgulho”, de outra forma, apenas aplaca a culpa colonizadora do espectador. Não passa, portanto, de um exercício retórico vazio, como os propostos por Pierre.

* O filme estreia dia 19, quinta-feira.

 

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Luiz Baez

Carioca de 25 anos. Doutorando e Mestre em Comunicação e Bacharel em Cinema pela PUC-Rio.

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