Estreia no próximo dia 19 de janeiro a comédia nacional “Os Penetras 2 – Quem da mais”, contando com elenco de personalidades da televisão brasileira, como Mariana Ximenes, Marcelo Adnet e Danton Mello, além do impagável Eduardo Sterblitch (aquele que, às vezes, fala com voz engraçada e ficou muito conhecido há alguns anos pelo personagem Freddie de Mercury Prateado). O longa traz também algumas carinhas conhecidas pelos internautas, como os youtubers Maju Trindade, Whindersson Nunes e PC Siqueira. No entanto, a participação deles é bem pequena, podendo ser vista mais como uma forma de dar valor comercial ao filme.
De um modo geral, a produção tem potencial para conquistar risadas do público, mas, no entanto, deve-se muito à graça que é inerente aos protagonistas Sterblitch e seu parceiro Adnet. Ambos desenvolvem bem as piadas, sem fugir do que os vemos fazendo sempre (o que é bacana, mas se vê muito mais do mesmo dos atores, do que personagens bem estruturados e trabalhados). Somando isso ao restante do elenco, da aquela sensação de programa humorístico televisivo de final de noite.
A continuação conta a saga de Beto (Eduardo Sterblitch) que ao ser enganado pelo seu amigo Marco (Marcelo Adnet) é internado em uma clínica psiquiátrica. Um dia, para comparecer ao velório de um amigo – então distante – Beto foge da reclusão e reencontra seus parceiros de “trambique” Laura (Mariana Ximenes) e Nelson (Stepan Necessian). Por acidente, conhece o milionário Santiago (Danton Mello) e, por meio desse, o mafioso russo Oleg (Mikhail Bronnikov) com quem desenvolve uma empatia imediata e acaba lhe rendendo algumas complicações, por assim dizer. O roteiro conta a história sem explorar um humor inteligente, ou qualquer estrutura relacionada, resultando em um filme simplório e bem previsível. Como já foi dito, apoiando-se no talento de um bom elenco.A direção, que foi assinada por Andrucha Waddington, soube explorar as qualidades do atores, garantindo o desenrolar da trama de uma forma mais elaborada. Entretanto, embora isso tenha acontecido, ainda assim, os personagens acabaram caindo em um caricatura completa. Escolha essa que pode também ter sido intencional, em uma tentativa da produção alcançar o público que gosta de um humor mais pastelão, sem muitas pretensões além disso.
A fotografia de Fernando Young e o figurino de Marcelo Pies possuem resultados razoáveis, atendendo às necessidades do filme em muitas questões, porém não consegue ser nem o pior problema e nem a solução para a obra que deixa a desejar em muitos quesitos.
Com uma trilha sonora basicamente instrumental, bem trabalhada, podendo ser um pouco repetitiva em certos momentos, o filme consegue até ter certos alívios e quase seguir outro rumo, mas logo volta para o mesmo caminho televisivo.
A comédia brasileira vem arrastando multidões aos cinemas, deixando outros gêneros produzidos no país com salas vazias. Contudo, já está na hora dos produtores darem chances para outras histórias, buscando algo menos clichê e enfadonho. Todavia, se você está com vontade de rir um pouco, de forma despretensiosa, sem precisar pensar muito – e já assistiu tudo de legal que está passando no cinema – esse filme pode ser uma boa opção para se distrair.
https://youtu.be/SeXPNxJgRR0
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