A primeira adaptação da obra de Mauricio de Sousa em live-action com “Turma da Mônica: Laços” foi uma grata surpresa para os fãs dos gibis e uma ótima adição ao cinema nacional. Como obra destinada ao público infantil, conseguiu ir além do lugar comum e trouxe qualidade em roteiro, direção, arte e atuações. Assim, o espaço estava mais que aberto para a continuação e logo ela fora anunciada. Dessa forma, a continuação dos livros também foi adaptada paras as telas: “Turma da Mônica: Lições”. Agora, em um filme mais amadurecido e com uma dramaticidade além da usual em obras infantis, novamente somos surpreendidos e afagados com as histórias do Bairro do Limoeiro.
Depois de se envolverem em diversas confusões, os pais de Mônica, Cebolinha, Cascão e Magali resolvem tomar medidas para que seus filhos “cresçam”. Enquanto Magali precisa lidar com sua ansiedade, Cascão é colocado em frente a temida água. Já Cebolinha, precisa lidar com seu problema de dicção. Mas sobra para Mônica a missão mais difícil: Se afastar da turma para encarar uma nova escola. Diante de tantos desafios e aprendizados, a turma vai encontrar novos amigos e aprender novas lições.
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Com um roteiro que trabalha melhor os diálogos e uma direção que foca no lado emocional da história, “Turma da Mônica: Lições” é um filme menos infantil do que o anterior. Talvez, isso possa incomodar o público mais novo em relação ao primeiro longa, que era, por origem, mais aventureiro e divertido. Mas é esse tom mais maduro que rende à obra mais qualidade como longa metragem. Assim, o roteiro oferece desenvolvimento aos personagens e, de forma pontual, insere novas aquisições ao elenco. Isso tudo sem perder o lado cômico e lúdico.
Como dito anteriormente, a direção foca no emocional, e isso fica nítido em cada close nas expressões das crianças, sejam elas de alegria, de tristeza ou de quem está prestes a aprontar mais um plano infalível.
E falando em expressão, é impossível discorrer sobre esse longa sem destacar a atuação dos quatro protagonistas. Agora, as crianças parecem ainda mais soltas e adaptadas aos personagens. Kevin Vechiatto (Cebolinha) e Giulia Benite (Mônica) são os grandes destaques e dominam o filme do início ao fim, são eles que dão o tom da história, mas, não muito atrás fica o carisma de Gabriel Moreira (Cascão) e a delicadeza e simpatia de Laura Rauseo (Magali).
Por último, e não menos importante, o designer de produção é fator que contribui muito para atmosfera da história. Seja na beleza visual, casada com a ótima fotografia, ou nas referências inseridas na recriação do bairro do Limoeiro, o belíssimo trabalho faz com que a gente se sinta parte do universo da obra.
Com novos personagens inseridos na história, que devem ser trabalhados futuramente, e uma bem desenvolvida evolução dos personagens principais, “Turma da Mônica: Lições” abre um caminho para sequências e spin offs (que esperamos que aconteçam).
O filme possui cenas pós-créditos.
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