Ei, Psiu?! Você! É, você sim! É contigo mesmo que eu quero falar.
Imagino que você deva concordar comigo que essa não é uma das formas mais agradáveis de chamar uma pessoa que você não sabe o nome ou que, de repente, por ter conhecido há pouco tempo, simplesmente esqueceu. Se me chamarem assim na rua, certeza que não olho!
E os flanelinhas que muitas vezes usam “champion“ para atrair a atenção do seu cliente homem e “madame” para a cliente mulher? Tenho um amigo que fica profundamente irritado com eles por usarem esse tipo de tratamento. Mas do jeito que as coisas andam no Brasil, melhor fazer cara de paisagem, deixar a irritação pra lá e seguir em frente pra não arrumar nenhum tipo de confusão. Seria cômico se não fosse trágico…
Mas agora vamos falar de um contato um pouco mais íntimo. Pessoas que te conhecem com mais intimidade e que costumam usar nomes carinhosos – ou nem tanto – pra falar com você. São aqueles velhos conhecidos nossos: Os apelidos!
Você tem algum apelido? Pois eu tenho alguns. Minha mãe e meu pai, por exemplo, sempre me chamaram de Kinha. Desde sempre. Como consequência, os amigos mais chegados, tipo amigos de infância, também costumavam me chamar assim. Meus pais já se foram e os amigos de infância cresceram. Alguns não sei por onde andam; outros carrego comigo até hoje e continuam usando o mesmo apelido carinhoso.
Aqui ainda estamos falando de palavras amáveis. Mas por outro lado, do lado negro da força, tem também aquele apelido chato, que você não gosta, que hoje em dia conhecemos como bullying. Geralmente aparece em épocas de colégio e quanto mais você se sente incomodado mais ele faz sucesso. Tive também. E quem não teve?! Mas desses nem vale a pena a gente lembrar. Melhor deixar quieto.
Voltando a como os pais costumam nos chamar; quando minha mãe chegava com um tom bem sério, começando o assunto pelo meu primeiro nome, Erika, eu já ficava preocupada pensando o que teria aprontado. E pode falar! Você também já passou por isso… Confessa!! E esse é um momento bem tenso, né? “O que será que eu fiz?”. Se o filho fez algo de errado, a primeira coisa que os pais esquecem é do apelido carinhoso.
Porém, isso não acontece apenas entre pais e filhos não. Se teu chefe fala assim, você já pensa que fez alguma besteira; se o seu parceiro(a) vacilou com você (ou vice-versa), o nome composto é falado em alto e bom som; até com nossos animais domésticos agimos assim, já reparou? Chega a ser engraçado. Eu ainda não sei porque isso acontece e nem sei se um dia ainda vou entender.
Agora, imagina receber um e-mail ou uma correspondência começando com Prezada. Ou então, Vossa Excelência ou Ilustríssimo. É de tremer na base, né? São termos específicos, usados para algo muito sério a ser comunicado. E certamente nem seus amigos, nem sua família te tratam assim. Então pensamos umas 500 vezes antes de abrir. Se quando somos chamados pelo nome completo com um tom sério já dá uma palpitação, que dirá ler algo iniciado com esses tratamentos. A primeira coisa que pensamos é que pode ser algo do judiciário nos intimando a depor. Daí pra pior.
Bom, aí, nesse momento, só nos resta abrir o envelope, ler e torcer pra que de repente os costumes tenham mudado e o tal comunicado muito importante seja para o bem. Ou ainda que seja um convite irrecusável para um evento super-hiper-mega-blaster Top. Afinal, o “champion”, a madame, a Vossa Excelência e até o Ilustríssimo, também merecem se divertir.
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