O final de semana mais esperado dos paulistas chegou com tudo. Recheado de shows, peças teatrais, e movimentos independentes por todas as zonas de São Paulo, a virada cultural aconteceu neste sábado (20) para domingo (21), com uma variedade de artistas que agradaram à todas as idades.
Na posse do prefeito João Dória, muito se preocupou o público, referente à uma de suas ideias, que era de trazer a virada cultural para o Autódromo de Interlagos, porém o objetivo principal deste evento é contemplar cada espaço público da cidade de São Paulo, com música, arte, cultura e entretenimento. Depois de muita pressão, o prefeito cedeu o espaço para o que todos já estavam acostumados.
A 13ª edição promovida pela Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria Municipal de Cultura, aconteceu a partir das 18h de sábado, e só terminou domingo (21), no mesmo horário.
Uma coisa incomum desta edição foram as poucas atrações no Centro, no entanto, outras zonas também receberam muitos show e artistas como Falamansa, É o Tchan, Gretchen, Molejo, Liniker, Samba da Vela, Simoninha, Thaíde, Titãs, Daniela Mercury, Fafá de Belém, Planta e Raiz, Diogo Nogueira, Alcione, Fundo de Quintal, Mato Seco, Mano Brown, Guilherme Arantes e Erasmo Carlos.
A chamada Virada Descentralizada integrou o evento com uma programação exclusivamente preparada para o público vivenciar os espaços públicos perto de suas casas. Bibliotecas municipais promoveram espetáculos teatrais e shows musicais, além das Casas de Cultura da M`Boi Mirim com o espetáculo infantile “Os 3 porquinhos”.
Um de seus principais locais para a Virada foi a Chácara do Jockey, que contou com muitos ambientes de música e arte. Com o patrocínio do Banco Bradesco foram distribuidos brindes e a venda de comes e bebes estavam por conta de food trucks distribuidos no local. As bandas “Liniker e os caramelows” e “As bahias e a cozinha mineira” foram o destaque do dia 20, que ressaltaram muito bem seus talentos acompanhados da militância da quebra de padrão de gênero tão presente nestes tempos. Muitos gritos de ordem contra Michel Temer foram manifestados durante todo o evento. Ao som dos DJs da Dubversão, nas pistas de skate decoradas por projetores circulavam skatistas de todas as idades à procura da manobra perfeita.
Nesta edição, a programação também valorizou e enalteceu a cultura asiática tão numerosa na cidade. A Virada Oriental contará com apresentações na Praça do Correio com artes marciais e shows internacionais.
A gastronomia também foi um destaque desta edição. Nas atrações rolaram de cerveja artesanal até pratos gourmets com preços populares que variaram de R$5 a R$15.
A CPTM e a SPTrans também funcionou nas 24 horas da Virada, com exceção da Linha 15-Prata (Oratório -Vila Prudente) e as estações Luz e República que só não funcionaram de madrugada. Mesmo assim, o último dia foi acompanhado de muita chuva e frio, o que consequentemente diminuiu o numero de pessoas nas atrações pela cidade.
A Viradinha Cultural que aconteceu no Autódromo de Interlagos, infelizmente não deu muito certo. Enquanto acontecia outro evento automobilístico no local, os shows estavam sendo apresentados, mas com o som ao fundo de carros em alta velocidade. Muitas pessoas acharam a divulgação fraca e foram pegas de surpresa ao verem o palco por lá.
Mesmo com as dificuldades do dia 21, a Virada foi considerada diferente, mas também um sucesso. Com poucas atrações no Centro, a disseminação das pessoas foi maior, e não se viu muito movimento no principais cartões postais de São Paulo. Porém a programação não deixou a desejar com muitos artistas e músicos consagrados e de boa qualidade.
A ideia de levar os shows para outros lugares mais distantes fez o público encolher significadamente, mas ao mesmo tempo, aumentou a acessibilidade para aqueles que não conseguem ir ao centro de São Paulo por conta da segurança e outros motivos e problemas já vistos em outras edições.
Por Julia Reis
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