Vencedor do prêmio Femina Étranger, “Em tudo havia beleza“, de Manuel Vilas, chega ao Brasil pela Editora Planeta com uma obra potente sobre o outono da vida. Com a versão em português por Sandra Martha Dolinsky, soma-se a mais de quinze idiomas pelo qual “Ordesa” (título original) foi traduzido.
Não é exagero pensar essa como uma de suas obras mais pessoais. Ficção e realidade se misturam com um autor-narrador atormentado pelo envelhecer, separação conjugal, guarda dos filhos, mas também pelos fantasmas de uma Espanha destruída pela ditadura franquista.
Esses vais e vens não ficam apenas na temática; “Em tudo havia Beleza” é um desses livros que mistura, sutilmente, prosa e poesia sem que o leitor se veja tragado — até ser tarde demais — e uma excelente aquisição à biblioteca de títulos em português da editora.
Não há gente nas ruas. Onde moro não há ruas, e sim calçadas vazias, cheias de terra e gafanhotos mortos. As pessoas viajaram, de férias. Curtem nas praias a água do mar. Os gafanhotos mortos também fundaram famílias e tiveram dias de festa, dias de Natal e comemorações de aniversários. Somos todos pobre gente, enfiados no túnel da existência. A existência é uma categoria moral. Existir nos obriga a fazer, a fazer coisas, seja o que for.
Trecho de divulgação, Editora Planeta.
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