As mulheres vêm mesmo mudando a arte como um todo e cada vez menos lugares são reservados para a misoginia. Como prova de que sexismo e violência contra a mulher são assuntos que devem mesmo ser debatidos, estão em cartaz duas produções extremamente diferentes que versam sobre o corpo feminino: visto como dominado, caso de O corpo da mulher como campo de batalha, com texto de Matéi Visniec, e como objeto, caso de Minha Vida de Plástico, com texto de João Luiz Vieira e tendo Luciana Vendramini como protagonista.

A primeira é um drama que aborda as feridas deixadas após a Guerra da Bósnia, nos anos 90: a atriz Fernanda Nobre dá vida a uma refugiada que está grávida após um estupro ocorrido durante a guerra. A peça trata de um tema espinhoso, já que os horrores do conflito foram tão grandes e violentos contra as mulheres que resultou na primeira vez em que a humanidade reconheceu o estupro como crime de guerra.
Já em Minha Vida de plástico, a atriz Luciana Vendramini é Sofia, uma boneca inflável que faz um balanço sobre sua vida sendo usada exclusivamente como objeto sexual e que agora se vê perdendo espaço para as mais jovens. Luciana explica que toda mulher se identificará com Sofia e questiona se a tão mencionada “voz das mulheres” é mesmo ouvida.
Peças para ir a fundo nas reflexões sobre empoderamento feminino e imagem da mulher na sociedade.
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- O corpo da mulher como campo de batalha
- Texto: Matéi Visniec
- Direção: Luis Fernando Philbert
- Local: Sesc Tijuca
- Temporada: até 27/11
- Dias: domingo, sexta e sábado e domingo
- Horário: 20h
- Minha vida de plástico
- Texto: João Luiz Vieira
- Direção: Fransérgio Araújo (como parte da programação das Satyrianas, da SP Escola de Teatro
- Entrada: Franca
- Temporada: Apresentação no dia 13/11
- Horário: 22h
Por Thais Isel
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