E lá se vão 16 anos, desde que em 2008, “Homem de Ferro”, o primeiro filme da Marvel Studios estreou, fez o maior sucesso e o resto faz parte da história da sétima arte, mas mesmo com 32 filmes depois, universo consolidado, vários sucessos de público, crítica e dominação das salas de cinema do mundo todo, nem tudo foi de acertos, por isso listamos os 5 filmes da Marvel Studios que em toda essa trajetória não deixaram marca seja pela qualidade, momento de lançamento ou expectativas que o estúdio gerou e foram frustrantes para os espectadores.
Thor (2011) – No caminho de apresentar em filmes solo cada um dos principais Vingadores, O Deus Do Trovão fez parte dessa proposta e surgiu para apresentar Thor, o filho de Odin, aos meros espectadores mortais.
Porém, mesmo dirigido pelo gabaritado Kenneth Branagh, que tentou trazer um clima Shakespeariano de competição e rivalidade à tragédia de Thor, seu irmão Loki e o pai dos dois, Odin, não foi um filme bem sucedido.
Sem um valor de produção visto em filmes dessa própria primeira fase, uma maquiagem que deixa o ator principal com uma imagem tosca de loiro falso e mesmo com a vencedora do Oscar Natalie Portman como Jane Foster, par romântico do herói nos quadrinhos, traz cenas pouco inspiradas de batalha e o visual de Asgard, lar dos deuses que deveria ser deslumbrante, só alcança todo seu potencial assim como seu protagonista, Chris Hemsworth, carismático, mas perdido na atuação, dois filmes depois porque afinal, nem todos tem o talento de um Robert Downey Jr para levar um primeiro filme nas costas e deixar uma marca duradoura na mente dos fãs.
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Eternos (2021) – Uma proposta diferente e arriscada da Marvel, que não era muito afeita a isso, um elenco diverso como a já consagrada Angelina Jolie e outros jovens proeminentes como Barry Keoghan e Brian Tyree Henry, uma diretora talentosa e recém ganhadora do Oscar de direção…
O que deu errado? Muita coisa.
Com uma trama um pouco mais intrincada do que os filmes anteriores da Casa das Ideias, questões existenciais e sociais, o filme dos alienígenas imortais foi para dizer o mínimo, divisivo.
Trazendo oito(!) protagonistas, alguns se destacando mais que os outros, a grande maioria sem metade do carisma de outros heróis da Marvel que já haviam povoado as telas, sua ambição afundou não só nas pretensões de bilheteria, como na repercussão que teria na grande tapeçaria que é a marca do universo compartilhado do estúdio.
Tanto é que até agora em nenhum filme depois desse, discutiu ou questionou o porque tem um gigante congelado com tamanho de metade do planeta, além de outros da mesma raça que apareceram para o mundo inteiro e sequestraram alguns dos heróis a olhos vistos?
Um mistério que teremos que esperar muito para decifrar, isso se até lá, alguém se importar.
Thor – Amor e Trovão (2022) – Pois é, não se trata de perseguição ao Deus do Trovão…
Depois de conquistar os fãs de cinema com o terceiro filme solo, “Thor – Ragnarok”, eis que o diretor Taika Waititi decidiu usar carta branca recebida pelo estúdio e faria o filme que ele, e só ele, gostaria de ver do Deus do Trovão.
Mas surgiu um filme confuso, sem graça…
Problema de elenco não foi… Chris Hemsworth já estabelecido como Thor e vindo de participações espetaculares nos dois filmes da Saga do Infinito, Russel Crowe, Crhistian Bale, Natalie Portman voltando como Jane, A Poderosa Thor… Estavam lá todas as peças no tabuleiro que o mundo aguardava para acompanhar e se divertir.
Mas as histórias poderosas do vilão, trágica e interessante e da própria heroína lutando contra uma doença terminal, se transformaram em sketches, pedaços de um stand up sem graça e desconexos e aí, é difícil se envolver em qualquer história que o filme apresenta.
Se num filme de comédia as partes mais engraçadas são de duas cabras gigantes gritando, alguma coisa ou melhor, muita coisa se perdeu.
Vamos torcer para que essa não seja a última aparição do ator como Thor, porque olha… O ator e o personagem merecem mais.
Homem Formiga e a Vespa – Quantumania (2023) – Ah, expectativas… Finalmente saberíamos mais sobre o Reino Quântico, de imprescindível acesso para os Vingadores derrotarem Thanos e sua armada, teríamos acesso ao passado de Janet Van Dike, a Vespa original, presa por trinta anos nessa dimensão pouco explorada pelos heróis da Marvel e lar daquele que seria o grande vilão/antagonista da próxima grande saga dos Vingadores, Kang, O Conquistador.
Senhor dessa dimensão e governando-a com mão de ferro, Kang foi apresentado na série de tv “Loki”, no streaming da Disney e pela sua capacidade de viajar pelo Multiverso e manipular as linhas do tempo, era a grande aposta do estúdio para estender a brincadeira mostrada no filme “Doutor Estranho no Multiverso da Loucura” e quem sabe, trazer de volta algumas pontas e versões de heróis que compõe o vasto panteão cinematográfico de personagens que não fizeram parte da Marvel Studios como O Motoqueiro Fantasmado ator Nicolas Cage e os retornos às telas do Capitão América de Chris Evans, a Viúva Negra de Scarlet Johansson e o Homem de Ferro de Robert Downey Jr.
Mas, o castelo desabou entre piadas sem graça, furos de roteiro (ok, salvaram o Universo pelo Reino Quântico e Janet ficou por 30 anos presa lá. Não dava pelo menos para mencionar que havia um ditador intergaláctico no lugar?), excesso de CGI duvidoso (o que é o Modok?) e o ator Jonathan Majors que interpreta Kang, o elo de tudo que viria depois, sendo condenado pela justiça e demitido da Marvel por um caso tenebroso de violência contra a ex namorada.
O que se esperava ser o desvendar do grande mistério, um mundo inteiramente novo e a pista do próximo perigo que os Vingadores enfrentariam, se tornou um pesadelo cronológico que até agora a Marvel está tentando corrigir.
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As Marvels (2023) – Apresentando aos espectadores do cinema a carismática personagem adolescente Kamala Khan, egressa da série de tv “Miss Marvel”, na continuação de um filme que rendeu mais de 1 bilhão de dólares, a volta de Monica Rambeau, vindo do sucesso da tv “WandaVision” e filha de uma personagem importante que traria a solução para um dos mistérios da protagonista interpretada pela ganhadora do Oscar, Brie Larson, ninguém poderia imaginar, que esse seria o filme que mais trouxe prejuízo financeiro e administrativo à Marvel Studios.
Além de ataques machistas e infundados por ser um filme protagonizado por 3 mulheres, segmentos musicais que poderiam ser novidade, mas que ao serem apresentados são dissonantes, uma vilã que embora seja interpretada por uma ótima atriz, é desinteressante, repetitiva e só saber grunhir, somando-se ao período de greve dos atores e a impossibilidade das atrizes promoverem a obra, foi difícil convencer as pessoas a irem aos cinemas para assistir ao filme.
Por esse fracasso financeiro, o estúdio desacelerou produções, reescalonou datas de diversos filmes e séries e teve que lidar com algo que não se esperava tão cedo… A possibilidade da fadiga do gênero de super heróis.
Se os maiores acertos vêm dos principais erros, é esperar que a Marvel vai absorvê-los, voltar a encantar as plateias que os prestigiam há décadas nas histórias em quadrinhos e os milhões de espectadores no mundo inteiro, que aguardam a continuidade de suas histórias maravilhosas nas telas de cinema do mundo inteiro.
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