Nos idos de 2014 e no meio de uma crise existencial sem fim, Karmatopia entrou na minha vida (sim! Ele entrou e não o contrário). Sou daquelas pessoas que adaptou o corpo e a mente a trabalhar em comunhão aos ruídos da rua. Vou e volto lendo em todo e qualquer meio de transporte. Mas naquele primeiro de dezembro o livro da vez havia acabado na ida, e eu já estava desesperada pela volta.
Foi quando entrei num sebo decidida que o destino iria me levar ao livro certo. Dessa vez eu não ficaria horas olhando prateleiras empoeiradas. Ele me escolheria e não o contrário. Karmatopia me chamou solitário de cima de um banco de madeira, e ao fundo, no rádio, Lulu Santos considerava justa toda forma de amor.
A autora Karla Monteiro narra suas aventuras em primeira pessoa. O livro, bem, edição de 2014 (coincidência, não?!) e autografado. Naquele dia eu estava mesmo com sorte.
Passagem de ida: Índia.
Passagem de volta: seis meses depois.
Numa tentativa de encontrar a si mesma, Karla acaba fazendo com que o leitor se aproxime também do seu próprio eu. E se me serve de consolo, meu corpo estava dentro de um trem lotado saindo da Central do Brasil, mas a alma… aaaahhh… a alma, essa estava no “Planeta Osho”.
“Osho foi o guru que arrebatou multidões nos anos de 1960-1970, pregando a liberdade sexual como forma de atingir a iluminação. ” (Monteiro K., Karmatopia, p.30)
Apesar de parecer de caráter religioso, o livro não traz uma pregação. Não tenta te converter a algo, e tampouco faz análises apelativas. Na verdade, ele faz com que o leitor reflita cada atitude sua… cada passo.
A autora também descreve uma Índia pura, simples e espiritualizada. Conta suas vivências de maneira particular e com um “quê” extracorpóreo.
Ao longo da viagem ela conhece pessoas incríveis – e outras nem tão incríveis assim – mostra o verdadeiro valor das amizades sinceras e ensina que não é porque você está só, que REALMENTE está só. Faz da Índia seu segundo lar.
“Se você se sentir tensa, respire e volte para o momento, para o presente. Faça isso todas as vezes que você se lembrar, você não imagina como só isso vai transformar sua vida. ” (Monteiro K., Karmatopia, p.145)
O livro também menciona outras obras e autores. E acho que vale a pena pesquisá-los depois. É escrito de maneira tão leve que faz com que o leitor o devore [precisei só de duas viagens de trem para terminá-lo.].
Karla Monteiro é formada em jornalismo e também escreve para várias revistas como Piauí, Trip e Serafina. E ela mesma não consegue definir sua obra. Não sabe se é uma ficção, autoficcção, jornalismo… e eu, óbvio, nem ousarei fazê-lo. Só sei que me ajudou bastante.
Então, dica do dia: quando você não estiver bem, entre num sebo e deixe que o livro te escolha. Não estou dizendo que lá irá encontrar a solução de todos os seus problemas… a luz no fim do túnel e etcetera-e-tal; mas com certeza encontrarás uma lanterninha pra ajudar a iluminar o caminho.
Érica nasceu no subúrbio do Rio de Janeiro, mas deveria ter nascido nesses lugares onde se conversa com plantas, energiza-se cristais e incenso não é só pra dar cheirinho na casa. Letrista na alma, e essa bem... é grande demais por corpinho de 1,55 que a abriga. Pisciana com ascendente E lua em câncer. Chora quando está feliz, triste, com raiva e até mesmo com dúvida. Ah! É uma nefelibata sem cura.

Hugo Caruso
12 de dezembro de 2016 at 15:28
Eriquinha, Parabéns! Ótima Critica… Espero que possamos ser mais práticos no futuro… Bj e um queijo.
Érica Fonteneles Pacheco
12 de dezembro de 2016 at 15:51
Hugo, obrigada, meu bem!!
Estou feliz, feliz!!!
Beijos
Igor Moreira
12 de dezembro de 2016 at 15:53
Bela dica, Érica. Um livro bom e barato sempre anima. Karmatopia já entrou na minha lista. 🙂
Érica Fonteneles Pacheco
12 de dezembro de 2016 at 15:56
Barato, sim… fato!
E a leitura é uma viagem em todos os aspectos…
Que bom que curtiu!!
Amanda Paiva
12 de dezembro de 2016 at 15:58
Ah, Deus! Orgulho, só orgulho!
Agora vou sair espalhando: minha professora tem uma coluna! Minha professora tem uma coluna! – e não falo da vertebral.
Parabéns, prof! Sucesso!
Vamos rezar por um futuro em que eu também tenha uma. Beijo!
Érica Fonteneles Pacheco
12 de dezembro de 2016 at 16:01
Amanda, sua linda…
Obrigada! Mesmo!!!
Você é uma menina super talentosa e tenho certeza que sua coluna sai já já.
Obrigada mesmo!
Zaccaro
12 de dezembro de 2016 at 16:04
Que maravilha ! Bom e barato ! Parabens prof só sucesso !
Érica Fonteneles Pacheco
12 de dezembro de 2016 at 16:05
Obrigada Zaccaro!!! Mesmo, mesmo!!! =)
Amanda Gonçalves Lugato
12 de dezembro de 2016 at 16:20
Muito bom professora. Parabéns. Bjss
Érica Fonteneles Pacheco
12 de dezembro de 2016 at 16:31
Obrigada, Amanda.
Fico feliz que tenha gostado… =)
Ana Luiza Ferreira
12 de dezembro de 2016 at 17:38
Que legal! Adorei o artigo. Parabéns!!!!
Érica Fonteneles Pacheco
12 de dezembro de 2016 at 18:54
Obrigada, Lu… =)
Dom Pacheco
12 de dezembro de 2016 at 18:25
parabens filha, o livro é realmente bem isso, leitura agil e simples nos faz conhecer um pouco da mistica India e tambem da propia autora..recomendo
Érica Fonteneles Pacheco
12 de dezembro de 2016 at 18:55
Que bom que gostou, pai.
O livro é realmente muito legal.
Mari
12 de dezembro de 2016 at 18:44
Amei, já quero ler o livro e já quero ir num sebo ser escolhida como um pokemon, muito mais interessante essa brincadeira! xD Parabéns pelo post! Beijossss
Érica Fonteneles Pacheco
12 de dezembro de 2016 at 18:56
Ah, obrigada.
Sebos são lugares mágicos. Faça isso eme diga depois! hahahaha
Monica
12 de dezembro de 2016 at 21:26
Parabéns Erica!
Belíssimo texto.
Muito bem escrito.
Te desejo muito sucesso!
Érica Fonteneles Pacheco
14 de dezembro de 2016 at 21:07
Obrigada Monica… muito feliz!!
=)
Rodrigo Miguel
17 de dezembro de 2016 at 12:16
Deu vontade de sujar as mãos em um dos meus sebos preferidos, o do Messias, que fica ao lado da catedral da Sé, em São Paulo.
Lua
17 de dezembro de 2016 at 14:35
Que inspirador!
Érica Fonteneles Pacheco
19 de dezembro de 2016 at 08:52
Obrigada, Luana..=)
Tom Dutra
17 de dezembro de 2016 at 19:52
Ainda que o livro tenha me interessado bastante, o que mais gostei mesmo foi sua dica: “Quando você não estiver bem, entre num sebo e deixe que o livro te escolha.” – Ah, vou sempre ter isso em mente! ^^
Érica Fonteneles Pacheco
19 de dezembro de 2016 at 08:51
Deu certo comigo, Tom.
Acho que vale tentar. Se um dia fizer isso, me conta.
Neuza Rodrigues
17 de dezembro de 2016 at 22:36
Sebos são lugares incríveis, com uma atmosfera especial. Que tal uma matéria sobre eles? 😉
Érica Fonteneles Pacheco
19 de dezembro de 2016 at 08:50
Uma matéria sobre eles vai ser legal.
Vou amadurecer essa ideia. =)
Lorena
18 de dezembro de 2016 at 10:59
Que achado lindo!!!❤
É muito legal encontrar algo que fale com nossas almas na hora certa, né? Fiquei querendo muito ler!!!
Érica Fonteneles Pacheco
19 de dezembro de 2016 at 08:49
Quando quiser ler, pode me pedir.
Acho que você vai gostar.
Michele Matos
22 de dezembro de 2016 at 21:56
Amo livros que nos inspiram assim e nos fazem refletir sobre a nossa própria consciência, com o bem danado que se autoconhecer traz para nós mesmos. Muito bom! 🙂