Você se lembra do filme “Desventuras em Série”, com Jim Carrey? Lançado em 2004, o filme contava a história de três irmãos que, após a morte de seus pais em um incêndio, deveriam ser criados por seu parente mais próximo, sendo esse o excêntrico Conde Olaf.
Treze anos depois a Netflix traz para o público “Lemony Snicket: Desventuras em Série” uma adaptação dos livros de mesmo nome, mas como série de tv. Nessa adaptação acompanhamos novamente a história dos órfãos Baudelaire, Violet, Klaus e Sunny e também de Conde Olaf, sobre os quatro primeiros livros: “Mau Começo”, “A Sala dos Reptéis”, “O Lago das Sanguessugas” e “Serraria Baixo Astral”, cada um divido em dois episódios, um total de oito, formato já conhecido das séries originais da Netflix. Esses episódios são narrados por Lemony Snicket (Patrick Warburton), o criador da infelicidade das crianças, que por muitas vezes solta um spoiler durante suas narrações.
Os dois primeiros episódios, “Mau Começo”, nos apresentam aos Baudelaire mais intimamente: Violet (Malina Weissman), a mais velha, é uma inventora no auge dos seus 14 anos e, toda vez que amarra seu cabelo, é sinal de uma grande ideia. Klaus (Louis Hynes), o do meio e o único menino, é um rapaz inteligente e leitor voraz de 12 anos que usa argumentos capazes de desmoralizar qualquer adulto. Sunny (Presley Smith), a bebê, fala a “língua dos bebês”, legendada para o espectador e, com seus quatro dentinhos, consegue morder e transformar tudo que vê pela frente.
Após o incêndio que arruinou sua família, o banqueiro Mr. Poe (K. Todd Freeman), se torna responsável por arrumar um tutor para os Baudelaires e também cuidar das questões legais dos órfãos, como a imensa fortuna deixada por seus pais. Conde Olaf (Neil Patrick Harris), é o parente mais próximo das crianças, que só se interessa pela herança e, ao descobrir que a mesma está presa até que Violet complete 18 anos, o antagonista monta um plano para casar-se com ela em uma peça de teatro. Quando tudo parece perdido, a inteligência dos irmãos juntamente com a Juíza Strauss (Joan Cusack) dá um breve final feliz para o episódio.
Os outros dois episódios, “A Sala dos Répteis”, despertam uma leve esperança de felicidade no público, mas logo essa sensação é arruinada pelo narrador. Os órfãos, após fugirem das mãos de Conde Olaf, são apresentados a seu novo tutor: Dr. Montgomery Montgomery, ou Monty (Aasif Mandvi), que possui em sua casa uma sala com todos os tipos de répteis. Monty se interessa pelas crianças de verdade, tornando a estadia delas a melhor possível, mas Conde Olaf volta disfarçado como Stephano, um assistente para ajudar com os animais.
As crianças insistentemente (em todos os episódios) falam dos disfarces do vilão e chega a ser forçado a falta de credibilidade que elas tem perto dos adultos. Conde Olaf tem uma tatuagem de um olho na perna esquerda e possui monocelhas, detalhes apontados pelas crianças mas ignorados pelos adultos.
Quando criamos a esperança de que os Baudelaires serão felizes, Monty é assassinado e as crianças conseguem desmascarar Stephano para Mr. Poe, sendo assim mais uma vez necessário que mudem de tutor.
Em “O Lago das Sanguessugas”, os órfãos são enviados para a Tia Josephine (Alfre Woodard), uma mulher com as mais diversas fobias, desde eletricidade até seu próprio reflexo, que após a morte de seu esposo, dedicou-se ao estudo da gramática. As crianças, que acreditam terem se livrado de vez de Conde Olaf, são surpreendidas mais uma vez por mais um disfarce do vilão, Capitão Fraude. Ele usa um tapa olho e uma perna de pau, atrapalhando as crianças quando as mesmas a confrontam sobre ser Conde Olaf. Josephine, ao escutar a acusação das crianças, questiona Klaus o porque de comparar Capitão Fraude à uma pessoa tão ruim como Conde Olaf, o que mostra que apesar de medrosa, não é tão ínfima como os outros adultos.
Logo após, os órfãos encontram um bilhete de Josephine dando a entender que ela se suicidou, mas, o mesmo possui vários erros de português e Klaus, com sua inteligência, percebe que não poderia ter sido escrito por sua tia e assim, os irmãos descobrem a verdade.
Os dois últimos episódios, “Serraria Baixo Astral”, mostram os Baudelaires fugindo mais uma vez de Conde Olaf e parando então na Serraria Alto Astral, onde descobrem uma foto de seus pais no local e resolvem se disfarçar para descobrir a verdade. O dono da Serraria se chama Senhor (Don Johnson) e, como um adulto, também nem sempre acredita nas crianças. Para o azar dos irmãos, Conde Olaf volta e não mais trabalha sozinho. Ele agora conta com a ajuda da Dra. Georgina Orwell (Catherine O’Hara), sua ex-namorada. Seu último disfarce é o mais inusitado de todos, pois o vilão se veste como uma mulher e se apresenta como Shirley. Continuando a linhagem de azar dos Baudelaires, Klaus é hipnotizado pela Dra. Georgina e cabe à Violet e Sunny impedirem os planos maléficos de Conde Olaf.
A funesta história dos irmãos Baudelaire ficou incrível na Netflix. Além de mai profunda, a série possui um tom sádico e irônico ao mesmo tempo. A divisão de dois episódios para cada livro não sobrecarrega e nem cansa o espectador e ainda permite a liberdade de se assistir como for melhor.
O destaque da série é para Neil Patrick Harris que, como o vilão Conde Olaf, faz um trabalho tão bom quanto o de Jim Carrey na adaptação cinematográfica. A grande surpresa é que sua parceira de trabalho em How I Met Your Mother, Colbie Smoulders, também faz a série. Em todos os disfarces Neil dá seu próprio tom, não sendo forçado e conseguindo ser hilário em algumas cenas.
As aberturas dos episódios, cantadas por Neil Patrick Harris, mudam de acordo com o tutor e são um resumo dos episódios, deixando a série mais divertida.
Todos os episódios estão disponíveis na Netflix e uma segunda temporada já foi confirmada.
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Legal! kk a única coisa que eu não gostei na série foi o banqueiro muito irritante
Achei muito forçado na verdade. Além de ser um personagem super chato.