É até mesmo difícil começar a falar sobre Meryl Streep. Podemos iniciar apenas apresentando essa atriz que começou sua carreira na década de 70 já chamando grande atenção. Ou falando que ela já recebeu mais de 20 indicações ao Oscar, quase 30 ao Globo de Ouro, fora o Bafta, César (que é Oscar francês) e diversos outros prêmios. Ou ainda citando que além de seus trabalhos brilhantes, ela ainda é ativista consciente e já deu voz a diversos discursos sociais de suma importância.
A atriz começou como muitos atores iniciantes: fez faculdade de artes dramáticas e atuou em diversas produções da universidade. Também trabalhou na Broadway, chamando atenção e recebendo indicações ao Tony (prêmio que reconhece os melhores do Teatro americano). Manteve um relacionamento com o ator John Cazale, que participou de “O Poderoso Chefão” e faleceu em 1978, ficando com ele até sua morte, situação que a marcou profundamente e quase a fez desistir de sua carreira.
Depois de fazer “Kramer vs Kramer” e se destacar por sua excelente atuação como a mãe que disputa com ex-marido a guarda do filho, nos anos 80 viu sua carreira dar uma guinada e fez excelentes produções como “A Escolha de Sofia”, filme que lhe rendeu diversos elogios, indicações e firmou seu nome como uma grande atriz. O filme tratava-se de uma mulher polaca, presa em um campo de concentração na Segunda Guerra, que deve escolher qual de seus filhos sobreviverá quando um soldado alemão decide que quer matar um deles.
Na década de 90 continuou participando de grandes filmes como “A Morte lhe Cai Bem”, “As Pontes de Madison”, “As Filhas de Marvin” e “Música do Coração”, alguns tendo grande destaque pela produção, outros chamando atenção pela sua atuação e dando continuidade a sua brilhante atuação.
No começo do século XXI, Streep participou de, talvez, um de seus melhores filmes: “As Horas”, cinebiografia de Virginia Wolf, obra que dividiu protagonismo com Nicole Kidman e Julianne Moore. A obra mostra a vida de três mulheres que estão ligadas diretamente ao romance de Wolf, Mrs. Dalloway, em diferentes épocas. Sucesso de público e crítica, Streep, Kidman e Moore foram aclamadíssimas pelos papéis que fizeram e disputaram diversos prêmios.
Mas, nem só de filmes dramáticos vive Meryl Streep e ela se aventurou na divertida comédia “O Diabo Veste Prada”, onde viveu o próprio demônio do título que inferniza suas secretárias com muito mal-humor, ambiente de trabalho estressante e exigências malucas. Baseado nas memórias de uma ex-funcionária de uma importante editora de uma revista de modas nos Estados Unidos, a atriz dividia os holofotes com Anne Hathaway, que dava vida a sua secretária-capacho. O filme, além de divertir, faz uma sutil crítica ao mundo da moda, com seus absolutismos e exigências esdruxulas.
Em 2008 fez provavelmente o filme mais popular de sua carreira “Mamma Mia!”, longa musical baseado nas canções do grupo Abba. Meryl atua como a personagem central, que se vê em uma grande confusão quando sua filha vai casar e quer descobrir quem é seu pai. Os pretendentes de Donna, personagem de Streep, chegam de várias partes do mundo querendo resolver esse mistério, mas a personagem principal tenta se desvencilhar sempre gerando situações inusitadas a todo instante.
De 2010 pra cá ela participou de filmes cada vez mais marcantes, como “A Dama de Ferro”, cinebiografia da ex-primeira ministra britânica Margaret Thatcher, que lhe rendeu diversas indicações e prêmios como o Oscar, Bafta e Globo de Ouro. Participou ainda de produções como “Álbum de Família”, ao lado de Julia Roberts, “As Sufragistas”, longa que conta a luta das primeiras feministas no Reino Unido, e “Florence: Quem É Essa Mulher?”, em que dá vida a uma rica senhora que sonha ser cantora de ópera, mas é desafinada demais para desempenhar este papel.
À parte de construir uma carreira incomparável com outros atores, Meryl também é dona de uma personalidade forte e tem uma visão inteligente sobre o mundo. Forte opositora do presidente americano, Donald Trump, já foi ironizada por ele, mas o alfinetou quando teve a oportunidade, porque ela é dessas: da tapa com luvas de pelica e se recusa a levar desaforo para casa.
A atriz conseguiu o que poucos artistas conseguiram: fez de seus filmes obras que a deixaram eternizadas e provou ter boa opinião e ótimo senso para tudo. Vida longa a pessoa que fez seu nome brilhar por si só, vida longa a Meryl Streep.
Quer estar por dentro do que acontece no mundo do entretenimento? Então, faça parte do nosso CANAL OFICIAL DO WHATSAPP e receba novidades todos os dias.