Documentário que mostra a última turnê de Bituca estreia em 20 de março
Milton “Bituca” Nascimento é um daqueles artistas que dispensa maiores apresentações e merece todas as homenagens. Recentemente foi enredo da Portela no Carnaval 2025. E agora temos a estreia do documentário homônimo “Milton Bituca Nascimento”, dirigido por Flávia Moraes. Ontem, Bituca esteve na pré-estreia carioca em um shopping na Barra da Tijuca, Zona Oeste da cidade. Antes disso, a produção teve sua primeira exibição em São Paulo, no dia 12 de março.
Acompanhado do filho, Augusto, Bituca sentou na primeira fileira para assistir ao filme, que chega às telas no dia 20 de março. O documentário mostra os bastidores da última turnê de Bituca e reúne depoimentos de grandes nomes da música brasileira e internacional, como Caetano Veloso, Chico Buarque, Criolo, Djonga e Esperanza Spalding, destacando o impacto global da obra de Milton. Entre os presentes na sessão do Rio, Fernanda Montenegro fez questão de prestigiar o amigo.
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A trajetória de Bituca
Nascido no Rio de Janeiro em 1942 e criado em Três Pontas, Minas Gerais, Milton Nascimento construiu uma das carreiras mais sólidas da música brasileira. Seu talento foi revelado ao mundo com “Travessia”, canção que lhe rendeu projeção internacional ao vencer o Festival Internacional da Canção em 1967.
Sua obra se entrelaça com o movimento Clube da Esquina, que revolucionou a música brasileira nos anos 1970 ao misturar MPB, jazz, rock progressivo e música folclórica mineira. O álbum “Clube da Esquina” (1972), feito em parceria com Lô Borges, é considerado um dos maiores discos da história do Brasil.
Ao longo das décadas, Milton consolidou sua influência global, colaborando com artistas como Wayne Shorter, Herbie Hancock, Paul Simon e Pat Metheny. Sua voz inconfundível e suas composições profundas renderam sucessos eternizados, como “Maria Maria”, “Canção da América”, “Cais” e “Nos Bailes da Vida”.
Ganhador do Grammy Latino e de diversos prêmios nacionais, Bituca anunciou sua despedida dos palcos em 2022, após uma turnê emocionante. Mesmo afastado dos shows, sua música segue atravessando gerações e inspirando novos artistas.
Em 2024, foi chamado de divindade musical brasileira pelo The New York Times, no lançamento do album com Esperanza Spalding. Jack Nicas, o autor, reverencia Bituca com o tamanho que ele tem.
Com uma trajetória como essa e sendo a voz de Deus, como já disse Elis Regina: “Se Deus cantasse, ele teria a voz de Milton Nascimento”, toda homenagem é pouca, felizmente realizada enquanto ainda há tempo para ele recebê-la pessoalmente.
Imagem Destacada: Divulgação/Gullane
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